Não
existe ninguém que não tenha ouvido falar a palavra graça em algum momento de
sua vida. Até mesmo no sentido pejorativo se diz que uma pessoa não tem graça.
Esta palavra é confundida com uma alegria espontânea que alguém pode
apresentar.
No
sentido cristão graça significa o amor permanente que Deus sente por todas as
criaturas que Ele pensou antes que existissem e que se mantém até a eternidade.
Não podemos fugir do amor que Deus sente por nós. Somos “amaldiçoados” pelo
amor de Deus. Mesmo que a gente não queira estamos sobre o olhar amoroso de
Deus. Não poderia ser diferente, pois Ele é o nosso Criador e nos ama nesta
categoria.
Um
pai e uma mãe naturalmente são inclinados a amar seus filhos. Isto que eles só
participam da obra da criação. Imagine Deus que é o autor da vida o quanto Ele
nos ama? Não se pode explicar de forma quantitativa o quanto Deus nos ama e de
sua felicidade quando aceitamos fazer parte de sua vida. Nós seremos santos na
medida em que permitirmos que Deus entre em nossa vida. Ele respeita nossa
liberdade, deseja que nosso amor seja espontâneo.
Quando
fomos batizados recebemos uma “antena”, ou uma nova sensibilidade para
percebermos o amor que Deus sente por nós. Podemos afirmar que os cristãos,
pela ação contínua do Espírito Santo, se tornam mais sensíveis ao amor de Deus
que sempre exigirá sofrimento e renúncia.
Como
poderemos responder ao individualismo presente no mundo com a força da Graça de
Deus que recebemos? É o nosso testemunho de nos sentirmos amados por Deus que
irá transformar o mundo para o altruísmo cristão.
Quanto
tempo temos de existência nesta vida? O que faremos para sermos felizes já
neste mundo? Tanto São João da Cruz como Santa Teresa de Jesus nos ensinam a
entrarmos em nós mesmos e vermos a maravilha que somos. Vivemos ao redor de
nosso ser por isto não somos felizes. Não penetramos na profundidade de nosso
ser. A grande crise de relacionamento
que o mundo atravessa só será curada se utilizarmos a experiência dos místicos
cristãos. Está na hora de nos aprofundarmos na fé e percebermos como somos
importantes para Deus.
A
leitura da Palavra, a oração, a prática dos sacramentos nos levam a termos uma
sensibilidade para percebermos a graça de Deus atuando em nossa vida.
Precisamos sentir em nosso coração esta realidade para nos comprometermos com
Cristo de forma verdadeira, pois ele nos prometeu que seríamos livres.
Sentimos
o sofrimento e a morte rondando a história da humanidade. Não podemos ser
pessimistas, mas abrirmos nosso coração para vermos a realidade do amor de Deus
presente em nossa história. Somos muito mais do que imaginamos. Somos templos
do Espírito Santo e estamos preparados para mudar o mundo colocando amor aonde
não existe amor.
Que
a mãe de Jesus e todos os santos nos tornem mais sensíveis para percebermos o
quanto somos amados por Deus e nos transformarmos em instrumentos de
transformação do mundo.
Padre
Giribone - OMIVICAPE
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