VII DOMINGO DO
TEMPO COMUM (B)
“NOS TORNAMOS PARALÍTICOS
QUANDO NOS ESCONDEMOS DA FACE DE DEUS”.
A Paz do Senhor Jesus Cristo
esteja sempre convosco!
Estamos sendo influenciados
pelo negativismo no mundo que nos torna paralíticos no crescimento do amor. No
evangelho deste próximo domingo Jesus cura um homem de boa vontade que é
transportado até ele de uma forma peculiar. Seus amigos levam até a presença de
Jesus através de uma fenda no telhado da casa. Eles queriam a cura de seu
amigo, sendo que ele também confiou na possibilidade de ser curado por Jesus.
Este lhe perdoa imediatamente os seus pecados que é o causador da pior
paralisia que a pessoa sofre nesta vida: se esconder da presença de Deus.
ORAÇÃO: Concedei
ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos
vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso
Filho na unidade do Espírito Santo. Amém.
EVANGELHO
(Mc 02, 01-12):
Alguns
dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele
estava em casa. E
reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da
porta. E Jesus anunciava-lhes a palavra. Trouxeram-lhe, então, um paralítico,
carregado por quatro homens. Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da
multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava.
Por esta abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. Quando
viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados
estão perdoados”. Ora, alguns mestres da lei, que estavam ali sentados,
refletiam em seus corações: “Como este homem pode falar assim? Ele está
blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus”. Jesus percebeu logo
o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: “Por que pensais assim em vossos
corações? O que é mais fácil: dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão
perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda’? Pois bem, para que
saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, - disse
ele ao paralítico: - eu te ordeno: levanta-te, pega a tua cama, e vai para tua
casa!” O paralítico em tão se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de
todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma
coisa assim”.
"Teus pecados estão perdoados. Levanta-te, pega a tua cama e
anda”.
A fé é essencial para nossa salvação. O
caso que nos é relatado no Evangelho é muito interessante. Percebemos a fé do
paralítico e dos homens que querem levá-lo de qualquer forma ao encontro de
Jesus na certeza de que ele seria curado. Jesus inicialmente perdoa os seus
pecados. Para Ele é mais importante a relação com Deus que o pecado destrói do
que um problema físico. Por esta razão é criticado pelos sábios da lei que
estavam presentes no local.
Quando nos entregamos totalmente
ao Senhor, vencendo todas as barreiras encontramos o sentido último de nossa
vida. O paralítico auxiliado pelos seus colegas consegue chegar até Jesus. Este
ato de fé é recompensado com sua cura física e espiritual. Somos convidados por
Jesus a vencer a grande barreira de nosso comodismo para irmos ao encontro do
Senhor vivendo os valores essenciais que Ele nos deixou. Para iniciarmos um
projeto de vida que nos faça feliz devemos ir pelo caminho do despojamento. Vencer
a barreiras de nossa vida de forma sistemática
É interessante que em um primeiro
momento Jesus não olha para a deficiência do homem, mas de sua fé e suas
limitações espirituais provocadas pela ação do pecado em sua vida. Quando a
pessoa sente em seu coração o efeito da misericórdia divina ela se torna uma
nova pessoa. Quando sentimos o amor maior que o Criador sente por nós nos
transformamos. Deixamos de amar o corruptível e passamos a amar o
incorruptível.
Jesus é condenado por afirmar o
poder de perdoar os pecados do paralítico. A relação entre pecado e castigo é
tão antiga quanto à história da humanidade. Ainda hoje encontramos pessoas que
pensam que sua enfermidade possa ser causada pelos erros que tenham cometido. A
dimensão da dor e do sofrimento em nossa existência é muito mais ampla. Estamos
dentro do mistério do amor de Deus que exerce uma “mistagogia”, quer nos
levar até Ele, de uma forma misteriosa. Muitas vezes o sofrimento e a angústia
são instrumentos utilizados por Deus para que aconteça em nossa vida uma
profunda transformação de valores. A doença e o sofrimento não são maldições,
mas podem ser transformadas em bênçãos conforme nosso oferecimento. Muitos
homens e mulheres se santificaram no leito de dor. Vemos na vida de Santa
Teresinha como ela soube oferecer sua enfermidade pelos missionários se
tornando, após sua morte, padroeira universal das missões sem nunca ter saído
do mosteiro.
Juntamente com os pecados, o
homem é curado do mal físico que possibilitará a sua autonomia. Uma nova vida.
Deus nos quer livres para praticar o bem. Quando utilizamos a nossa liberdade
na dimensão de relacionamento com Deus e com o próximo, somos realmente
curados, vivemos o amor que traz sentido a nossa vida.
Infelizmente preferimos muitas
vezes a crítica que não constrói. Facilmente vemos o lado negativo das pessoas
nos esquecendo de nossas próprias falhas. Na realidade somos todos amados por
Deus na mesma medida.
Como cristãos somos convidados a
participar do processo curativo de Jesus. Hoje precisamos oferecer as pessoas à
libertação do egoísmo e da auto-suficiência que leva o homem a sua própria
ruína.
“Ajuda-nos Senhor Jesus a sermos seus
instrumentos de cura e libertação no meio do mundo.”
Padre Giribone - OMIVICAPE
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