segunda-feira, 31 de julho de 2017

A transfiguração de Jesus

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“A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS NOS REVELA O QUE SEREMOS NA VIDA ETERNA”.


Neste domingo o santo evangelho nos apresenta o grande fenômeno da transfiguração de Jesus. Este fenômeno faz parte do grande mistério da vinda de Jesus para nos salvar. Ele se mostra glorioso para os seus discípulos a fim de que eles criem coragem na missão. Um dia nós também seremos transfigurados (glorificados) se nos abrirmos ao amor de Deus e procurarmos praticar o bem superando, aos poucos, as nossas limitações. A liturgia deste domingo nos leva até o monte Tabor onde aconteceu um fato de grande importância para o cristianismo. Jesus se transfigura (muda de figura pelo poder que ele detém) diante de seus amigos prediletos mostrando a eles a grandiosidade de sua missão e ao mesmo tempo encorajando-os para as provações do futuro. Na transfiguração do Senhor percebemos a força do amor de Deus presente na história. Jesus se apresenta no meio de Moisés e Elias. Os dois grandes heróis do antigo testamento. O homem que recebeu a lei (Moisés) e o outro que soube aplicá-la (Elias) dentro do momento de crise do povo de Israel.

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EVANGELHO (Mt 17, 01-09):
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!” Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto por terra. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, e não tenhais medo.” Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém, esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.

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“Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!”

Jesus é o verbo encarnado, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Quando analisamos a sua vida, devemos ter em mente esta grande realidade. Percebemos neste fato da transfiguração a presença dos discípulos que terão uma missão primordial na divulgação da Boa Nova. Eles são escolhidos para verem o senhor transfigurado. Eles terão uma missão especial que sempre será motivada por este fato.
Ao lado de Jesus temos dois grandes personagens do Antigo Testamento. Moisés é o homem que recebeu a Lei de Deus.  Elias é o homem que recordou ao povo a essência da lei que se havia perdido. Jesus é o centro, está entre os dois. Une-se o passado e o presente. Para Deus não existe tempo nem espaço. Ele ama as suas criaturas. Todo seu projeto se resume na tentativa de fazer a pessoa participar de sua felicidade. Desta aparição destes dois personagens, podemos concluir que para que aconteça a nossa transfiguração precisamos “conhecer” e “praticar” o que o Senhor nos pede. Devemos tomar consciência de que estamos na presença de Deus e que a nossa vida tem um sentido profundo.

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Jesus nos convida a sairmos de nosso comodismo. Não podemos ter medo da realidade individualista que nos cerca. Ele ao se apresentar glorioso diante de seus discípulos quer motivá-los a terem coragem diante das dificuldades que iriam surgir na futura missão.
A transfiguração ocorre na nossa vida como um processo. Na mudança de valores essenciais que acontece quando vamos assumindo a característica do amor que brota do próprio Criador.
O que significa se transfigurar? Não poderíamos dizer que é mudar de figura, mudar de rosto, mudar os valores? Quando passamos a amar de verdade em nossa vida vemos a realidade de forma diferente. Olhamos com o olhar do coração. Não com o olhar materialista que encerra a pessoa numa visão de lucro material. Nós transbordamos aquilo que o nosso coração está cheio.
Quando nos aproximamos de Deus e de seus valores nos “divinizamos”. Passamos a amar do jeito que Deus ama. Esta realidade foi percebida na vida dos santos que pelo seu ser transmitiam algo de sobrenatural. Quando nos afastamos de nosso princípio vital, do projeto de realização e felicidade que Deus criou para nós, nos “animalizamos”. Passamos a nos satisfazer com prazeres momentâneos que o mundo e os nossos instintos nos apresentam.
A transfiguração é um processo permanente de conversão que todos nós devemos passar. É a passagem do egoísmo para o altruísmo. De um amor particularizado para um amor universal. A prática do bem faz que sejamos anunciadores de um Deus presente em nossa vida.

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 “Senhor Jesus, que possamos nos transfigurar buscando constantemente sua mensagem de amor”.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Parábolas do Reino

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“DEVEMOS PROCLAMAR A REALIDADE DO REINO DE DEUS PRESENTE NA HISTÓRIA”.


O reino de Deus está presente no meio de nós. Somos desafiados a anunciar este reino de paz, fraternidade, justiça e solidariedade. Buscamos o cultivo da presença de Deus em nós, na vida dos irmãos e dentro da realidade. Fomos batizados para anunciarmos o reino. O processo de conversão, que empreendemos em nossa vida, está associado ao anúncio do reinado de Deus. Quando reconhecemos a realidade de que somos profundamente amados por Deus anunciamos esta realidade dentro do estilo vocacional que vivemos. As parábolas do reino nos mostram que devemos sempre lutar pelo essencial em nossas vidas que é a prática do bem acima de tudo.


EVANGELHO (Mt 13,44-52):
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas.

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Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola. O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo o tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. 

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Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí, haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isto?” Eles responderam: “Sim”. Então Jesus acrescentou: Assim, pois, todo o mestre da lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”.

“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido”.

As diversas parábolas do reino apresentadas neste evangelho nos questionam profundamente, especialmente em relação ao que é essencial em nossa existência. Estamos sufocados pelo materialismo que conceitua a pessoa como consumo e objeto. Dentro da Palavra de Deus encontramos uma resposta bem mais profunda sobre o ser humano do que este conceito errôneo do mundo moderno: fomos criados por Deus e para Deus.
A busca do tesouro representa o que os santos fizeram. Eles não se detiveram no que aparecia no momento, mas buscavam o essencial. Deixaram tudo para seguir a Cristo. O que vale receber todas as honras e tesouros humanos se isto nada vale diante de Deus, se todos um dia iremos para a eternidade?  Ninguém pode escapar da fronteira da morte. O cristianismo nos explica o que nos espera na eternidade. Mesmo que sofrêssemos sem parar em toda a nossa existência mortal isto nada significaria em passar toda eternidade no gozo da presença de Deus.

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O materialismo já provou sua incompetência não oferecendo ao homem à verdadeira paz que vem do coração. Este tesouro escondido é a verdadeira felicidade que a comunicação com Deus nos oferece. O meio para que isto aconteça é a fé. A razão não é o fim de todas as coisas, porque ela não consegue chegar ao mistério da presença de Deus em nossas vidas. Ela é um instrumento que pode nos levar até a porta da realidade misteriosa de nossas vidas.
A vida do cristão é uma constante luta contra seu egoísmo e uma busca do tesouro escondido do amor de Deus que já faz parte essencial de nossa existência. A palavra tesouro tem a ver com algo de muito valor. Pode ter como referência o tesouro de muitos reinos que eram escondidos para evitar o roubo. Mas algo maior do que todos os grandes tesouros que a humanidade conheceu: a capacidade de comunicação íntima com o próprio Criador.
Quando descobrimos o essencial, lutamos com todas as nossas forças para encontrá-lo e jamais perdê-lo. Direcionamos toda nossa afetividade, todo nosso amor para o incorruptível que o Criador nos oferece.
Um pai de família quer o bem dos seus filhos, não quer deixar para eles aquilo que pode atrapalhá-los no futuro. Deus age assim conosco. Ele não se conforma com nossa incompetência administrativa e oferece novamente a sua graça para que o homem não se perca.
O campo onde está escondido o tesouro é o nosso próprio coração. Todos têm a mesma capacidade. A nossa tarefa é descobrir o tesouro através de nossa sensibilidade ao amor de Deus.
Não adianta adquirirmos todo o conhecimento ou ciência existente na face da terra se não encontramos o tesouro verdadeiro que Deus nos oferece dentro de nós mesmos e que nos joga para auxiliar os nossos irmãos a serem felizes também.
O amor faz parte da essência de todo ser humano. É nele que encontramos a razão do porque existimos e somos. A rede que vem em busca de todos também representa o interesse de Deus em que todos se salvem. Nem todos estão aptos ou não se deixam se tornarem aptos para receberem o projeto de Deus, por esta razão se excluem automaticamente.
Hoje vivemos uma grande crise de valores que coloca o Absoluto como sendo relativo e o relativo como se fosse o absoluto. É o momento que precisamos invocar constantemente o Espírito Santo de Deus para nos adentrarmos dentro de nós mesmos e vermos o tesouro inesgotável de misericórdia que o Senhor nos oferece constantemente. A partir deste momento não iremos mais errar em nossa escolha.



“Senhor Jesus continue nos ajudando a buscar o essencial em nossas vidas”.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

O trigo e o joio

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“O MAL PRESENTE NA HISTÓRIA   NÃO     PODE 
NOS DESANIMAR NO SEGUIMENTO DE JESUS”.

O mal sempre estará presente na história da humanidade. Ele está associado ao mistério da iniquidade do ser humano. Ele nasce quando a pessoa acredita ser autora de sua própria realização sem a presença do Criador. O mal é uma possibilidade criado pela nossa liberdade. Ele é consequência de nosso afastamento do Criador. Com a presença do Espírito Santo em nossa vida, devemos evitar o mal sem nos preocuparmos com ele. O imenso amor que Deus sente por nós é muito maior que o gigante de areia que é fruto do egoísmo humano. O mal tem uma aparência de grandeza que muitas vezes assusta as pessoas. Tem uma aparência de vitória permanente. Por isto temos que olhar sempre para o resultado na vida longe de Deus. Toda tristeza e sofrimento tem sua origem na indiferença da pessoa em relação ao que realmente irá lhe fazer feliz.

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EVANGELHO (Mt 13, 24-43):
Naquele tempo, Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ O dono respondeu: Foi algum inimigo que fez isto’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!” Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E  torna-se uma árvore, de modo que os pássaros Vêm e fazem ninhos em seus ramos”. Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. Tudo isto Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”. Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado, assim acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão com o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.

“Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O joio são os que pertencem ao maligno”.

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A parábola da boa semente e do joio tem um grande significado para nós pois muitas vezes nos perdemos no que não é essencial. A boa semente está presente em nossa vida através do imenso amor que Deus sente por nós. Todos nós somos bons em nossa originalidade, mas podemos perder esta bondade pela contaminação do egoísmo que o mundo nos oferece. A criatura jamais poderá ser feliz longe do Criador. A pessoa humana não é autora de sua própria felicidade, mas a recebe do princípio da verdadeira felicidade.
Nesta parábola encontramos o grande problema daqueles que estão extraviados em suas opções mal feitas. Quando semeamos amor, colhemos amor. Se semearmos o mal estamos nos prejudicando e prejudicando aos nossos semelhantes. É muito grave fazer que os outros pequem sermos uma semente má dentro da plantação de boas sementes. Imaginem a responsabilidade dos artistas e das pessoas popularizadas pela mídia.

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Somos responsáveis pela palavra de Deus que recebemos e dos grandes dons que Ele constantemente nos confere em nossa peregrinação. Esta palavra tem de germinar no meio do mal e transformá-lo.
Somos chamados a uma constantemente conversão ou retorno à fonte. A mudança radical de forma de ver a realidade que nos cerca. Hoje estamos carentes de uma verdadeira disciplina que nos leve a experimentar o essencial. Estamos abraçando tudo e acabamos ficando com nada. Deus já semeou o trigo para nós quando deu o seu próprio Filho para nos salvar e para não nos confundirmos em nossas opções. Este trigo é a boa semente do amor de Deus presente na história da humanidade que tem a mania de se auto punir com seu próprio egoísmo.
Quando estamos em um profundo processo de conversão estamos sendo objeto de conversão de nossos irmãos. Não podemos dormir, estarmos desatentos ao mal que está acontecendo mesmo dentro de nossas casas. Estamos sobre a ditadura do relativismo. Não podemos mais escolher nada, temos que fazer o que os “outros” nos dizem ser a felicidade.
O joio do individualismo pode fazer que a nossa sociedade se torne intolerável. Já não temos mais espaço para outros seres humanos. Muitos preferem ter um cachorro de estimação, que compromete menos e sana a carência afetiva, do que dar uma boa educação para um filho.
É hora de nós cristãos tomarmos consciência de nossa situação dentro da história e nos tornarmos boa semente no meio do mundo. A semente para dar origem à outra planta precisa desaparecer. Necessitamos do nosso esquecimento para sermos instrumentos de transformação do mundo.


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 “Senhor Jesus nos ajude a implantarmos o Reino de Deus dentro da humanidade dividida em contínua discórdia.”