segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A CURA DO SURDO MUDO




“A FÉ NOS CURA DOS MALES FÍSICOS E ESPIRITUAIS”.

Jesus conhece perfeitamente as necessidades das pessoas. Ele se dispõe a curar a todos que se sentem dependentes de Deus através da humildade. Somos convidados a abrir-nos a Palavra de Deus para sermos curados de nossas deficiências sendo que a pior delas é o nosso fechamento ao que Deus quer de nós. Este fechamento nos faz doentes em relação ao amor de Deus. O mês de setembro é dedicado a Palavra de Deus. A Bíblia é a herança que recebemos de Deus para podermos acertar na peregrinação desta vida. É o único livro que fala da origem e do destino do homem. Ela deve ser lida com o coração para que fermente em nós na luta pela concretização da vontade de Deus na batalha contra nosso próprio egoísmo.




EVANGELHO (Mc 07, 31-37):

Naquele tempo, Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galiléia, atravessando a região da Decápole. Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!” que quer dizer “abre-te!” Imediatamente seus ouvidos se abriram sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.



“Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.

O Reinado de Deus é um reinado de “libertação integral” da pessoa que nos prepara para a vida definitiva. Jesus é o Cristo, ungido, o Messias. A segunda pessoa da Trindade que veio nos ensinar o que é essencial para crescermos em nosso processo de aceitação do amor de Deus. Jesus Cristo é o centro do projeto de salvação de Deus para a pessoa aprisionada pelas consequências do pecado original. Cultivar a amizade com Jesus e obedecê-lo é a forma para um dia termos a mesma experiência que ele teve da ressurreição passando inevitavelmente pelo caminho da cruz e do despojamento.
A maior deficiência que podemos ter em nossa vida é o fechamento para Deus, para conosco mesmos e para nossos irmãos. Jesus cura o surdo fazendo que ele se abra para a vida. Quando ele começa a escutar, já tem condições de se comunicar melhor. Jesus cura o surdo-mudo em particular leva-o a um lugar separado. Deus nos ama em nossa particularidade. Nós seremos transformados pelo seu amor dentro de nossa realidade através da Fé, da entrega ao mistério de amor que Ele nos reserva. Cada um de nós tem um carisma para edificar o povo de Deus. Não somos curados para nós mesmos, mas em função da missão que o Senhor nos dá de sermos instrumentos de salvação para o mundo.
Os sinais do Reino são sinais de transformação: os surdos ouvem e os mudos falam. Quando a Palavra de Deus penetra em nossa vida somos novas criaturas. Estamos aptos para vivermos uma vida nova. Jesus não só cura o físico, mas restitui a dignidade perdida daquele que não podia mais se comunicar. Temos oportunidade de nos expressarmos e sermos livres em nosso pensamento. Percebemos grandes interesses de se manter a pessoa alienada de sua própria realidade. Hoje vemos uma falsa cultura que arrasta as pessoas a pensarem só em si mesmas vivendo no egoísmo. Esta falsa cultura transmite a mentira que anda de braços dados com a vaidade e o orgulho levando a pessoa a se “sentir bem” aparentemente sendo na realidade um agente de morte e não de vida.
Estamos num mundo cheio de contradições. Existem muitos “meios” de comunicações, mas nunca nos comunicamos com tanta imperfeição como agora. Jesus toca na língua do doente, coloca a sua saliva. Precisamos da saliva de Jesus para vivermos conformes a Palavra de Deus. Nossa palavra deve ser tomada pela Palavra de Deus para edificarmos a Igreja. Precisamos ser curados do pecado da língua ou da maledicência. Falamos o que não devemos e deixamos de falar o que deveríamos falar. Muitas vezes nos detemos nos aspectos negativos da vida das pessoas e nos esquecemos que também somos limitados. Devemos aprender a refrear a língua quando percebemos algo negativo em nossos irmãos. Isto poderá ser para nós uma grande fonte de santificação.
Como cristãos somos desfiados a vivermos uma vida de profunda santidade nos transformando desde dentro. O nosso coração deve só fermentar o bem para podermos ser felizes. Devemos também ajudar aos nossos irmãos no seu processo de cura e libertação. Em primeiro lugar com a nossa alegria e otimismo que são frutos de nossa oração e da consciência do porque estamos nesta vida. Depois com a vida em comunidade que continua sendo o grande desafio da vivência cristã.
Jesus quer que sejamos abertos ao amor e fechados ao nosso próprio egoísmo que é fonte de tristeza e infelicidade em nossa vida. Só o amor poderá construir algo. Devemos estar preparados com todas as nossas forças para darmos testemunho daquilo que cremos e pela vivência sermos um sinal de transformação no mundo.

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 “Senhor Jesus Cristo que sejamos sempre abertos ao seu infinito amor para sermos sinal de alegria e transformação para o mundo.”



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O IMPORTANTE É O QUE SAI DE DENTRO DE NOSSO CORAÇÃO




“DENTRO DE NOSSO CORAÇÃO É QUE SURGEM AS NOSSAS ATITUDES”.


É dentro do coração da pessoa humana que surgem tanto as coisas boas como as más. Com a graça de Deus devemos sempre procurar ter boas intenções. Somos desafiados constantemente como cristãos a transformar o egoísmo existente dentro do mundo em atitudes de solidariedade e amor através do cultivo da Graça de Deus. Jesus questiona a atitude daqueles que se preocupam com uma limpeza exterior formal se esquecendo da pureza interior na busca de uma verdadeira conversão.

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EVANGELHO (Mc 07, 01-08.14-15.21-23):
Naquele tempo, os fariseus e alguns mestres da lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. Os fariseus e os mestres da lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?” Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. Em seguida, Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai todos e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas estas coisas más saem de dentro e são elas que tornam impuro o homem”.


“O que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior”.
O fenômeno religioso sempre inclui algumas normas morais, ou formas de ser que variam conforme a reflexão religiosa. O judaísmo é uma expressão religiosa revelada por Deus a um povo simples e incapaz, de por suas próprias forças, chegar ao nível de reflexão que este pensamento religioso chegou. As culturas da época antiga foram incapazes de chegar à revelação que o povo judeu chegou. Não resta dúvida de que Deus se manifestou ao povo de Israel que infelizmente, aos poucos, foi se deteriorando na sua originalidade. Foram criadas muitas normas e rituais que aos poucos foram perdendo seu sentido. A Lei se resumia em 613 preceitos, 365 proibições e 248 mandamentos. Na realidade entraram muitos aspectos de higiene e comportamento que se afastaram do princípio de tentar ser como imagem de Deus no mundo.
Jesus vem trazer a Boa Nova da Salvação que não fica só dentro das fronteiras do judaísmo. Ele quer a pureza das nossas intenções que valem mais que nossos atos isolados. Se somos criados pelo amor e para o amor, toda a nossa originalidade se relaciona com nossas intenções mais profundas. Devemos amar a Deus, a nós mesmos e ao próximo com todas as nossas forças nos utilizando de todos os meios para que esta realidade seja concretizada em nossa vida.
Às vezes podemos cair no mesmo erro que os judeus da época de Jesus. Fixar-nos em valores morais externos a nossa pessoa. Podemos ser “puros” no sentido físico, mas impuros no sentido espiritual. Somos desafiados a ver os aspectos positivos de nossos irmãos especialmente dentro das nossas comunidades. As pessoas são profundamente limitadas. Não podemos ficar ancorados em nossas limitações e nas limitações de nossos irmãos. Muitas pessoas são impedidas de receber Jesus na Eucaristia por não estarem numa situação de legítima união matrimonial, no entanto há pessoas que perdem tempo falando “mal” dos irmãos. Estes na verdade jamais deveriam de receber Jesus na Eucaristia que é sinal de amor fraterno sem restrições.
Deus criou todas as coisas para a nossa felicidade. Se olharmos o mundo e os nossos irmãos com o mesmo olhar de Deus, iremos perceber tantas coisas boas que não são aproveitadas e tantas coisas más que fazem que as pessoas se arrastem sobre elas.
A verdadeira pureza de coração consiste em tentar olhar para o mundo como Deus olha. Ter um olhar de amor e passar pelo relativismo do mundo com a grande objetividade de fazer a vontade de Deus. Quando o amor de Deus passa por nós, somos novas criaturas e vemos a realidade de forma diferente.
Vamos rezar sempre ao Divino Espírito Santo para que possamos ser puros de coração e ver a pureza de nossos irmãos e sua capacidade de crescerem constantemente no amor de Deus. Que sejamos transformados pelo seu infinito amor.


“Senhor Jesus Cristo, ajudai-nos a viver uma vida de pureza percebendo sempre sua presença em nosso meio”.





segunda-feira, 17 de agosto de 2015

PALAVRA DE VIDA ETERNA





“SEGUIMOS A CRISTO TENDO A CERTEZA DE QUE VIVEREMOS COM ELE NA ETERNIDADE”.

No seguimento de Jesus Cristo encontramos alegrias e tristezas. Momentos de solidão espiritual e de grande júbilo. Entre os altos e baixos temos a certeza que este caminho nos leva à eternidade. Pedro novamente professa esta realidade para Jesus quando acontece a crise da aceitação de Jesus como Pão da Vida. Dentro do mês vocacional celebramos a vocação dos leigos. Os leigos são pessoas comprometidas nos diversos trabalhos dentro das comunidades. Eles têm uma importância fundamental para a evangelização. Quando assumimos o nosso batismo, nos comprometemos com o todo do Cristo. Somos alimentados por Ele para levarmos sua mensagem a todos os ambientes onde nos encontrarmos.




EVANGELHO (Jo 06, 60-69):

Naquele tempo, muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do homem subindo para onde estava antes? O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. Mas entre vós há alguns que não crêem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. E acrescentou: É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vós quereis ir embora?” Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus.



“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

O texto do Evangelho de São João neste capítulo seis é um dos mais radicais da Sagrada Escritura. A aceitação de Jesus como “Pão da Vida” se faz necessária para a nossa salvação. Neste momento surge a “grande crise” em que os discípulos que seguiam a Jesus, uma parte deles, irão abandoná-lo por acharem suas palavras muito duras. Por que duras? Porque muitos queriam um Cristo que resolvesse seus problemas momentâneos. Um messias político que resolvesse o problema social que o povo estava enfrentando. Hoje estão sendo criadas muitas religiões que procuram satisfazer a pessoa e não levá-la a verdadeira conversão. O verdadeiro seguimento de Jesus Cristo se faz muitas vezes na dor da partilha e da solidariedade. Devemos ter como objetivo a vida eterna para passarmos pelos sofrimentos momentâneos que são inerentes ao seguimento de Jesus.
O crer em Jesus é aceitar todo o seu processo de salvação. Não podemos dividi-lo em partes conforme nossa vontade. Quando Jesus fala que é o espírito que dá a vida, ele nos afirma que já temos presente em nossa existência o essencial para a nossa salvação. A palavra de Jesus é que nos leva a verdadeira vida. Percebemos muita oposição a esta verdade presente no imediatismo que o mundo vive. Somos arrastados a ir de encontro ao mais cômodo deixando de lado, muitas vezes os sacrifícios da vida, que vão nos forjando para o essencial.
A resposta de Pedro é cheia de fé e esperança no Senhor. Mesmo que o mundo nos ofereça muitas vantagens, elas são ilusórias em relação aos valores eternos. Podemos associar esta resposta de Pedro ao momento em que ele professa a sua fé em Jesus como sendo o Cristo, o Filho de Deus (Mt 16, 16). O plano de Deus em relação à salvação da humanidade é claro e objetivo. Ele não muda sua palavra e suas atitudes como muitas vezes nós gostaríamos que fosse.
Muitos cristãos consagrados pelo batismo se afastam de Jesus para tentar encontrar outras respostas no relativismo que a sociedade oferece. Até mesmo o próprio nome de Jesus é usado para afastá-lo dele. Ele é o pão vivo que desceu do céu para nos salvar. Para nos alimentarmos dele precisamos nos despojar de nós mesmos para sermos realmente livres na verdade. O encontro com Jesus na Eucaristia vai mudando o coração do homem fechado em si mesmo para uma abertura ao amor universal.
Temos que ter a mesma coragem que Pedro teve de responder a nós mesmos que o seguimento de Jesus Cristo é o essencial em nossa vida para não nos perdermos nas coisas transitórias.
A presença de Jesus na Eucaristia é o maior tesouro que temos em nossa vida. Ele está no meio de nós. Devemos confiar nesta realidade e apresentar tudo o que somos nossas limitações e dificuldades para nos tornarmos novas criaturas em seu amor.




 “Senhor Jesus ajuda-nos a olhar sempre para o que não passa para passarmos sobre o que passa”.





segunda-feira, 10 de agosto de 2015

ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA

           


“A MÃE DE JESUS INTERCEDE POR NÓS NA GLÓRIA DOS CÉUS”.

A Igreja sempre alimentou uma grande devoção a mãe de Jesus. Por Jesus ser o Filho de Deus nós passamos a ser filhos de Maria. A devoção a Nossa Senhora nos traz uma grande alegria e segurança em nossa caminhada cristã. No próximo domingo celebramos a festa da Assunção de Maria. O Papa Pio XII (01 de novembro de 1950) declarou oficialmente que Maria foi glorificada por Deus, está no paraíso e intercede por todos nós. Ela foi “elevada” ao céu por Deus pelo imenso merecimento que teve em aceitar a grande missão de ser a mãe do Salvador.
A devoção a Nossa Senhora é parte integrante da vida dos cristãos desde o início da sua história pela importância do fenômeno da Encarnação do Verbo. Ela aceitou livremente em ser a “mãe do Salvador”.
Maria recebeu e recebe muitos títulos no decorrer da história da humanidade. Eles nascem conforme as necessidades concretas que surgem na caminhada rumo ao Pai. Se recorrermos às nossas mães em nossas dificuldades, é justo recorrermos a mãe de Jesus que é nossa mãe comum que intercede junto a Deus por nós. Ela é muito atenciosa as nossas necessidades.
Dentro do mês vocacional celebramos também o dia dos consagrados (religiosos). O religioso procura dar testemunho de Jesus através de seu carisma e de sua entrega a Deus pela alegria que brota de seu gesto de solidariedade na sua consagração.

 


EVANGELHO (Lc 01, 39-56):
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre! Como posso merecer que a mãe de meu Senhor me venha visitar? Logo que a saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus, meu salvador, porque olhou para a humanidade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem aventurada, porque o todo poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.



“Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre!”

A devoção a nossa Senhora inicia no fato misterioso da Anunciação do anjo e da Encarnação do Verbo no momento em que ela aceita ser a mãe do Salvador. Temos dois grandes mistérios: a escolha de Deus feita a ela e sua aceitação. Deus faz a Maria uma proposta de envergadura gigantesca. Maria é convidada a ser a mãe do Messias, do Cristo, enviado do Pai para salvar a humanidade. É muito difícil saber exatamente o que se passou no coração de Maria neste momento. É um mistério que vai acompanhar a história do cristianismo até o final dos tempos. Quando Maria aceitou ser a mãe de Jesus, ela aceitou a tarefa árdua de auxiliar Deus no plano de salvação de toda a humanidade.
A “Anunciação” e a “Encarnação” só foram possíveis pela grande humildade e obediência de Maria. Ela abandonou seu plano pessoal para aceitar o plano de Deus. Este fato só poderia ter acontecido em um ambiente de profunda comunicação (oração) com o Senhor. Como aconteceu várias vezes com os grandes heróis do Antigo Testamento, poderíamos tirar de Maria estes dois grandes exemplos: quem reza obedece e se esquece de si mesmo para realizar em sua vida o que Deus determina. A oração está ligada a capacidade de despojamento. A paz que almejamos em nossa vida só é possível quando obedecemos a Deus.
O dogma da Assunção dá uma qualidade especial à missão de Maria. Poderíamos dizer que é consequência da Anunciação e Encarnação. Por seus imensos merecimentos Maria é elevada ao Céu. Ela não irá passar pelo processo de glorificação comum como nós. Ela recebe, de imediato, a graça da ressurreição como merecimento por ter aceitado ser a mãe do Salvador.
Deus “deseja” profundamente que as pessoas participem de sua felicidade. Ele não se conforma com a incapacidade de correspondência ao seu amor da parte da pessoa e por isto vai de encontro a sua fraqueza para salvá-lo. Maria faz parte deste desejo através do mistério da Encarnação do Verbo. Ela se torna instrumento essencial no plano de Deus. Na recuperação do homem perdido pelo pecado. Por Eva a humanidade cai na divisão do pecado e pelo sim solidário e livre de Maria o homem se une novamente ao seu Criador. Pelo sim de Maria nos é restituída à capacidade de dizermos sim a Deus.
Na atitude de Maria ir ao encontro de sua prima Isabel, percebemos uma forte disponibilidade e solidariedade na alegria. Esta é a característica dos que servem a Deus. Quando procuramos à concretização da vontade de nosso Criador somos “desacomodados”. Saímos de nós mesmos e vamos ao encontro de Deus, de nós mesmos e de nossos irmãos. Este é o segredo da verdadeira felicidade: vencer nosso egoísmo e sermos solidários.
A maioria das pessoas de hoje são infelizes porque não se conhecem em profundidade. Erram em suas opções. A competição econômica reinante em nosso mundo é como o aguilhão do escorpião que se volta contra ele mesmo quando se sente encurralado. Estamos sofrendo os efeitos do egoísmo, mas infelizmente não queremos sair desta situação. O tempo não é bem administrado em relação ao que faz a pessoa realmente feliz. Somos manipulados a ficarmos na mesmice do relativismo implantado pela grande mídia.
A graça de Deus é capaz de fazer que nos valorizemos no sentido pleno da palavra. O canto do “magnificat” de Maria não é um canto de auto-suficiência de sua pessoa. É a realidade que cobre aqueles que se sentem verdadeiros servos de Deus. Através da humildade vamos nos transformando no que o Senhor projetou para nós.
Maria está no céu gloriosa. Certamente muito preocupada com a nossa salvação. Ela realmente se considera nossa mãe pelo próprio mandato de Cristo nos últimos momentos em que estava na cruz entregando sua vida para nos salvar. Vamos sempre recorrer a Maria em todos os momentos de nossa vida e sempre estaremos fazendo o que seu Filho nos pede.

“Querida mãe do Céu. Olhe para vossos filhos que caminham na instabilidade desta vida rumo ao Pai”.



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

JESUS O PÃO DA VIDA

 


“JESUS É O PÃO DA VIDA. RECEBÊ-LO NA SANTÍSSIMA EUCARISTIA É GARANTIA DE VIDA ETERNA”.


Receber Jesus na Eucaristia não é algo relativo em relação a nossa salvação. O capítulo seis do evangelho de São João é um divisor de águas. Jesus se dá no pão. Ele é o alimento eterno. Infelizmente os cristãos separados não entenderam esta realidade. Nós católicos devemos viver constantemente em adoração para recebermos do Senhor o que Ele deseja de nós e aplicarmos em nossa vida a sua vontade. O maior desafio de nossa vida é alcançarmos uma vivência eucarística que é a prática efetiva do bem na realidade de nossa vida. Neste final de semana rezamos pelos nossos pais que tem uma grande responsabilidade de manter a família e ser um exemplo de fé em primeiro lugar para seus filhos.




EVANGELHO (Jo 06, 41-51):
Naquele tempo, os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. Eles comentavam: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?” Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é minha carne dada para a vida do mundo”.



“Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é minha carne dada para a vida do mundo”.

Todos nós buscamos algo mais profundo para nossas vidas. Algo que vá além das aparências. Temos fome do eterno. Deus sabe perfeitamente desta nossa necessidade e por esta razão Jesus se fez pão e vinho para que possamos recebê-lo em nossa vida e sermos saciados pela transformação ocasionada pelo seu infinito amor.
O alimentar-se com a vida divina, que nos é dada através da Eucaristia, nos faz novas criaturas dando-nos a capacidade de, pelo poder de Deus, iniciarmos nosso processo de ressurreição.
O mistério da comunicação de Deus com suas criaturas passa automaticamente pela presença dele no meio de nós. Se a Igreja perdura todos estes séculos sem sofrer tantas divisões, como acontecem com outras religiões, ou sociedades, é graças a presença real de Jesus no mistério eucarístico. Jesus está junto com todos nós com sua infinita misericórdia.
É uma alegria para nós cristãos termos a certeza, de que mesmo vivendo dentro de nossas limitações, Jesus está sempre presente. A presença de Jesus é transformante e renovadora. Precisamos nos transformar na eucaristia que celebramos e recebemos. O processo de ressurreição ou de eternização de nossa vida começa com a comunhão de nossa existência com a divina. Para recebermos Jesus devemos configurar a nossa vida com a dele. Colocar em prática os seus valores.
A fome do eterno continua ativa dentro de nosso coração. Não podemos criar substitutivos alienantes da nossa própria realidade. A pessoa humana só será feliz com uma relação profunda com o Eterno. Mesmo tendo todos os bens deste mundo, sem esta relação, a vida se torna vazia e superficial.
Deus vem até nós. Baixa para que nós possamos subir. Quem souber perder saberá ganhar. O cristão deve aprender constantemente que na derrota aparente da cruz, está à vitória final. O sofrimento momentâneo do seguimento não se compara com a alegria e a felicidade permanente dos que se comunicam com Deus. A Santíssima Eucaristia nos dá a força necessária para enfrentarmos a cruz de nossa caminhada rumo ao Pai.
Comungar é aceitar o Cristo por completo com sua vida paradoxal e contraditória. É receber seus valores expressos na sua Palavra junto com a cruz que faz parte obrigatória do seguimento. Procuramos o Tudo através do Nada como nos ensina São João da Cruz. Nunca seremos elogiados e valorizados pelo mundo que se deixa manipular pelas relações comerciais. Podemos perceber as “fábulas” criadas pela grande mídia para nos afastar da verdade e nos tornar simples consumidores de seus produtos.
O ser humano está muito distante de sua verdadeira realização. É através da Eucaristia que seremos imunes do mal presente na humanidade e iremos nos aproximar mais do sentido de nossa existência.
Quando fazemos a experiência de perdão e de comunhão  nossa vida se transforma em fonte de realização e amor.

 

 “Senhor Jesus venha sempre nos saciar na Santíssima Eucaristia”.