segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CELEBRAÇÃO DOS FIÉIS FALECIDOS


“ESTA VIDA NOS PREPARA PARA A VIDA DEFINITIVA”.

No dia dois de novembro celebramos a memória de todos os fiéis falecidos. São todos os irmãos que já foram para eternidade, que já cumpriram com sua trajetória limitada nesta vida. Ela é o maior dom que recebemos do Criador. Vamos rezar pelos nossos falecidos. Podemos aproveitar este dia para alcançarmos a graça da Indulgência Plenária em favor de algum falecido.
A nossa existência é um grande mistério de amor. Estamos neste mundo para amar e servir a Deus e aos nossos irmãos. Encontramos o sentido de nossa vida na prática do bem e no evitar o mal. A morte física é um filtro muito importante que sempre deve questionar nossas atitudes: o que estamos fazendo com o tempo mortal que Deus está nos dando? Ela nos ajuda a perceber que a maioria das pessoas se acostuma a mentir para elas mesmas se esquecendo que tudo passa. As vaidades do mundo caem por terra diante da realidade da morte. Para o que vale a fama? As honras e títulos do mundo se tudo passa e logo não estaremos mais neste mundo?
A maioria das pessoas que pensam sobre a morte sentem certa insegurança. O que aconteceu com esta pessoa íntima que conviveu várias vezes comigo? O que vem depois desta vida? Será que vamos continuar existindo depois desta existência terrena?
Durante a história o homem sempre tentou encontrar respostas para estes questionamentos. Alguns quiseram dizer que depois desta nossa existência reencarnamos. Outros afirmavam que os diversos deuses tomariam conta da pessoa enquanto o seu cadáver estivesse incorrupto etc. Foram surgindo muitas idéias sobre a vida após a morte. Até o dia em que um homem que foi crucificado (morreu certamente); aparece para os seus amigos depois de três dias de seu sepultamento. O curso da história mudou após a ressurreição de Jesus Cristo. A partir deste momento, através do testemunho de seus amigos (apóstolos), temos a certeza de que nós também iremos ressuscitar após esta vida.
O cristianismo não é uma idéia ou uma teoria, é um fato histórico que mudou o pensamento sobre a vida após a morte. Após o dia de Pentecostes, os apóstolos começaram a anunciar o grande conteúdo da fé cristã: Jesus está vivo e ressuscitado.
Cristo deixou uma fórmula para o nosso processo de ressurreição que é a prática do bem vivendo em profundidade o mandamento do amor que sempre será um grande desafio para quem vive neste mundo.
Esta existência que estamos vivendo é uma “segunda gestação” que nos prepara para a vida definitiva. Deus não nos criou para a morte, mas para a vida. Ele é que nos salva e nos santifica. Devemos fazer o possível para correspondermos à graça de Deus para progredirmos em nosso processo de ressurreição. Nesta vida devemos nos preocupar com a nossa conversão concretizando em nossa vida o que o Senhor nos pede.



É necessário que neste dia de finados rezemos pelos nossos falecidos. A Igreja nos concede o dom da indulgência plenária para quem vai ao cemitério ou a uma igreja rezar na intenção do Santo Padre o Papa uma oração que pode ser um Creio, um Pai Nosso e uma Ave Maria. Junto é necessária a Confissão e a Santa Missa com comunhão conforme a Igreja nos prescreve. Você poderá oferecer esta oração pela salvação de uma alma que esteja no purgatório e esta pessoa irá ter a salvação imediata. É evidente que para que isto aconteça se faz necessário que estejamos em estado de graça. Com confissão e celebração da eucaristia.
Recomendamos a leitura do capítulo 15 da primeira carta de São Paulo aos Coríntios. Todo ele fala sobre a ressurreição.



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O MAIOR DE TODOS OS MANDAMENTOS

 

“A VIDA DO CRISTÃO SE DEFINE PELO AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO”.

Deus nos criou para participarmos de sua felicidade. Ele é o Sumo Bem. Aproximamo-nos de Deus a partir da prática do Bem. Esta prática nos define exatamente o que é o amor: saída de nós mesmos para a comunicação e construção do outro. Não seremos felizes se nos afastarmos do Criador. Se Deus é amor, seremos felizes se vivermos o amor, pois através dele nos identificamos com o nosso Criador. Infelizmente, percebemos que o ser humano pensa em ser autor de sua própria realização deixando de lado a fonte da vida. Fora de nossa origem não seremos felizes. O individualismo do mundo que vivemos nos arrasta a buscarmos vitórias sem nos importarmos com a vida dos irmãos. Tudo que temos pertence a Deus e só nele encontraremos respostas para nossas interrogações mais profundas.

 


EVANGELHO (Mt 22, 34-40):
Naquele tempo, os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: “Mestre, qual é o maior mandamento da lei?” Jesus respondeu: “ ‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. Toda a lei e os profetas dependem destes dois mandamentos.


“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração e teu próximo como a ti mesmo”.

Quando refletimos sobre a essência de qualquer coisa, buscamos encontrar o sentido de sua existência. Muitos objetos foram criados pelo homem através da história para suprir alguma necessidade fundamental. O questionamento feito pelo homem sábio desta passagem do evangelho nos mostra o porquê existimos. A resposta forte e decidida de Jesus nos indica que estamos neste mundo para amarmos e servirmos a Deus e a nossos irmãos.
Vivemos continuamente em um processo de amorização. Se estivermos amando estamos mais próximos do objetivo de nossa existência. Se estivermos cheios de egoísmo e nos afastamos do processo de amorização, estamos nos deteriorando. Vivemos como cadáveres ambulantes, só servindo as nossas paixões.
Todo cristão, ao ser batizado, procura levar em sua vida os valores de Cristo que se encerram na prática efetiva do amor. O nosso relacionamento com Deus deve transbordar para o relacionamento com o próximo. Hoje percebemos o caminho inverso. Muitas pessoas pensam em ser felizes numa realização egoísta sem perceber que no fundo fomos todos criados para um profundo relacionamento interpessoal. Estamos em uma grande crise de afeto onde as pessoas não conseguem se sentirem amadas e se tornam incompetentes em amar os semelhantes.
Muitas vezes em nossa vida escutamos e refletimos sobre o mandamento do amor. O que significa amar a Deus sobre todas as coisas? Nós seres humanos temos um centro afetivo onde colocamos uma “hierarquia de valores” que vamos assumindo durante nossa existência. Se desviarmos este centro afetivo para as coisas materiais, que na realidade são instrumentos para se alcançar o verdadeiro relacionamento com Deus; nos perdemos em busca de algo superficial que jamais irá preencher o nosso vazio interior.
Toda criatura humana nasce com uma profunda “fome” do Eterno. No fundo de seu ser quer se relacionar com o Criador. Esta fome pode ser facilmente desviada para coisas mais imediatas. Para bens que não levam à comunicação com Deus. Pode acontecer também que o homem queira “inventar” relacionamentos com o sobrenatural que não lhe levam a nada. Hoje há um falso misticismo que é como se fosse um pequeno curativo para uma imensa ferida. Muitos cristãos se afastam da Eucaristia que é fonte de paz e alegria para se apegar as modas espirituais da modernidade. Um católico que muda de religião põe em risco a sua salvação, pois nega a Jesus Cristo como um todo.
O pecado fez que o homem se afastasse de Deus, fugisse de sua face. Quando o homem pensou que poderia fazer tudo sem o Criador, se perdeu redondamente transmitindo a imperfeição para as gerações futuras. Infelizmente não falamos mais em pecado porque ele normalmente faz parte de nossa vida. Procuramos encontrar várias soluções para melhorar a vida do homem sobre a terra e nos esquecemos facilmente do fundamental.
A consequência deste primeiro mandamento é a concretização do amor dentro da comunidade. Não podemos amar a Deus se não nos amamos e amamos o próximo que é esta pessoa que está mais perto de nós em nossa vida.
Os dois elementos se complementam na verdadeira realização do homem. Não somos Criadores, mas participamos da criação. Somos protagonistas de um mundo mais fraterno e justo onde todas as pessoas tenham condições de sobrevivência. Ainda temos muitos seres humanos com fome em um mundo onde existe alta tecnologia.


“Aumentai Senhor Jesus a nossa sensibilidade para percebermos claramente o sentido de nossa vida.”


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR


“O TESOURO MAIS IMPORTANTE É IMPERECÍVEL”.

Embora Deus nos fale sempre numa linguagem misteriosa. Ele não se cansa de oferecer seu amor por nós. Nossa vida é cheia de escolhas e decisões. Devemos escolher entre o bem e o mal. O bem nos leva a felicidade eterna e o mal nos leva ao mal eterno. O mal se apresenta cheio de “facilidades” e o bem cheio de “dificuldades”. As coisas de Deus, embora mais obscuras, sempre nos levam ao bem e a perfeita alegria. O mundo se perde em suas próprias teias. Cria leis que acabam prejudicando o crescimento integral da pessoa. Procura a felicidade desviando-se da fonte da verdadeira alegria que se resume na concretização da vontade de Deus em nossa vida. Descobrir o que Deus quer de nós e concretizar sua vontade é a única fonte que nos faz feliz nesta vida em preparação para a definitiva.




EVANGELHO (Mt 22, 15-21):

Naquele tempo, os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?” Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? Mostrai-me a moeda do imposto!” Trouxeram-lhe então a moeda. E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.


“Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Somos desafiados a selecionar os valores durante toda nossa vida. O problema da nossa existência é um problema administrativo. O que vamos escolher? O que permanece ou o é transitório? A Deus precisamos dar o que temos de melhor. Ele é o nosso Criador que nos ama permanentemente. Estamos sobre o seu olhar em todos os momentos de nossa vida. Corresponder ao seu amor é possível quando percebemos sua presença em nossa vida.
O povo de Israel estava sobre a dominação do Império Romano. Todos deveriam pagar impostos a César. Desde este tempo e muito antes, o homem cria leis que muitas vezes favorecem um pequeno grupo privilegiado. Jesus não se ausenta desta realidade e separa o pensamento do homem, iludido pela ganância, do pensar de Deus que nunca cobra, mas vive uma pura gratuidade em relação ao que criou para o benefício do homem. Só entenderemos quem é Deus pela gratuidade unida a humildade.
A moeda de Deus é totalmente diferente da moeda do Império. A medida de Deus é a medida do amor. Ele se manifesta com um gesto de solidariedade que vai em busca do homem para construí-lo. Deus não conhece imposto, pois se fosse cobrá-lo não teríamos com o que pagar. O amor de Deus por nós é um amor de edificação e só no momento que entendemos isto e passamos a vivê-lo em nossa vida encontraremos a paz interior que tanto buscamos.
Os herodianos eram homens que não queriam crer na ressurreição. Aproveitavam-se da dominação romana para se beneficiarem. Tinham uma crença puramente material em busca de uma prosperidade terrena. Hoje são muitas as religiões que se dizem seguidoras de Cristo que estão mais preocupadas com as “ofertas dos fiéis” do que com sua própria conversão. Esta é uma situação condenável, pois quem prega Cristo tem que viver a pobreza solidária que é parte essencial do Evangelho.
Damos a César (hoje a sociedade materialista), o perecível e o transitório e a Deus nós temos que dar o bem que realizamos nesta vida para sermos semelhantes a Ele. Este é o grande desafio de nossa existência brevíssima que vivemos neste mundo. Não podemos nos apegar aos bens materiais. Eles devem nos ajudar na prática da justiça e da solidariedade.
Os missionários negam tudo para levar Cristo a diversas nações que não conhecem sua mensagem. Quando praticamos o bem sem ver resultados imediatos, mas só confiamos na Divina Providência, nossa atitude é de verdadeira entrega ao Senhor que sempre nos assiste em nossas necessidades.


 “Fazei Senhor que saibamos nos desprender das coisas transitórias e colocar todo nosso amor no que deixastes para nós.”



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

NOSSA SENHORA APARECIDA


“NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA PROTEGEI O NOSSO BRASIL”.

O verdadeiro devoto de Maria jamais se perderá. Este ditado popular é muito importante para nós cristãos. Quando seguimos o exemplo de oração, humildade e obediência de Maria abrimos  o nosso coração para Deus nos tornando também cheios de graça. No próximo dia 12 de outubro celebramos com muita alegria a festa de Nossa Senhora Aparecida. Com o título de padroeira do Brasil. É um dia de muita alegria para nós que rezamos pela nossa nação e pelas nossas crianças. Ela nos ensina a sermos sensíveis ao projeto de amor que Deus tem para com cada pessoa.
Jesus nos deu Maria como mãe ao final de sua missão. Quando estava prestes a dar o que tinha de melhor para nós: a sua própria vida. Ele não se esqueceu da sua mãe que daquele momento em diante se tornaria a mãe de todos os que iriam assumir a doutrina do Reino de Deus (Jo 19, 25-27). Desde este mandato do próprio Senhor, Maria não se cansa de tentar nos levar à perfeição. Percebemos muitos milagres e aparições no mundo para levar as pessoas até a verdade. Uma destas tentativas é o fato dela se servir de uma simples imagem de barro para conceder tantas graças às pessoas simples que querem fazer a vontade de Deus. No livro do Gênesis vemos que Deus usou o barro, colocou seu sopro vital e o homem for formado (02, 07).  Interessante a coincidência da imagem de Aparecida ser feita de argila. A humildade de Maria nos leva a uma renovação. As coisas de Deus são simples, mas de grande significado. A humanidade fica fechada em seu próprio egoísmo e se perde em falsas ilusões. Através do racionalismo, uso da razão acima de qualquer coisa, a criatura se ilude pensando em ser criador perdendo o sentido de ser criatura.
Nossa Senhora sempre aparece nos momentos de dificuldades e perigos em nossa vida. Ela é a grande intercessora que nos ajuda a concretizarmos o Evangelho em nossa existência e a tomarmos consciência de que somos missionários. A Virgem Maria é modelo de virtude na aceitação da vontade de Deus.




"NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA”


Poucos brasileiros conhecem a história do início da devoção a Nossa Senhora Aparecida e o motivo de ser chamada por este nome. Vamos inicialmente apresentar alguns fatos históricos importantes.
O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do Conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá. Eles subiram o rio e lançaram as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.
Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada “Basílica Velha”. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.
A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40 m e a cúpula com 70 m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.
Existem muitos milagres comprovados que aconteceram e acontecem pela intercessão da Mãe de Jesus. Não podemos como cristãos nos afastar da devoção a Mãe de Deus. Hoje existem tantas divisões porque nos afastamos do amor da Mãe.
Na vinda do Espírito Santo em Pentecostes, Maria estava presente. Também  foi pela ação d’Ele que ela concebeu, de forma extraordinária, o Filho de Deus. Toda esta realidade é comprovada pela Sagrada Escritura. Maria é a nova Eva que nos traz a Salvação pela sua fidelidade a Deus. Quando amamos o Filho, amamos a Mãe deste Filho que nos salvou pela sua gloriosa Paixão, Morte e Ressurreição.
A devoção a Nossa Senhora é totalmente ligada ao seguimento de Jesus Cristo. Ela nos ensina a concretizar a Palavra de Deus em nossas vidas.




“Senhora Aparecida ajudai o povo brasileiro a nunca se afastar da verdade e da busca do Reino de Deus”.