segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Desafio do seguimento de Jesus

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“PARA SEGUIR A CRISTO É PRECISO SABER RENUNCIAR AS COISAS QUE NÃO SÃO DELE”.

O mês de setembro é dedicado a Palavra de Deus. A Bíblia é uma herança de Deus para nossa salvação. Ela unida ao magistério da Igreja nos fala exatamente o que Deus planejou para nossa felicidade real. Não é um livro de ciência ou de história. É a revelação de Deus Trindade que nos ama acima de tudo e quer que façamos parte de sua felicidade. Quando nos dispomos a seguir a Cristo devemos nos desapegar de tudo que nos impede de viver a nossa profunda relação com Ele, conosco mesmos e com nossos irmãos. Seguir Jesus é empreender uma grande batalha contra si mesmo para se reconhecer a verdade última de nossa existência.


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EVANGELHO (Lc 14, 25-33):

Naquele tempo, grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ Ou ainda, qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”


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“Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”
Falar em cruz nos dias de hoje parece ser algo fora de cogitação. O homem da era atômica, informatizado, se considera estar muito além da cruz. Quer buscar soluções imediatas para seus problemas. O que importa é a satisfação do momento. Até mesmos falsos cristianismos renunciam a Cruz para pregarem uma prosperidade nesta vida em nome de Jesus. A vida eterna fica em segundo plano. O fato é que somos peregrinos e a nossa meta é um dia habitarmos a casa do Pai.
A cruz sempre será um sinal de contradição que vai passar por todas as fases da história como algo incompreensível. Foi um método de tortura romano importado da África para servir de propaganda ao poder “perpétuo” do grande império romano. Este objeto de morte e tortura só foi alterado no momento em que Jesus foi crucificado. Ele morreu fisicamente, e após três dias aparece ressuscitado. A cruz passa a ser na história o sinal sagrado de maior importância, ela é vista em todos os continentes. Os cristãos passam a se identificar com ela. Os que desejam a vida eterna terão que passar pelo caminho da cruz.
Através da interpretação mística dos primeiros discípulos de Jesus, ela passou a ser considerada como método de redenção. Não é mais a cruz material, mas sim a somatória de todos os enfrentamentos que os cristãos terão com a sua realidade pessoal, social e comunitária. Ela se torna uma condição para aqueles que querem seguir a Cristo de forma real em suas vidas.
Quando assumimos os valores de Cristo, somos crucificados pela maioria esmagadora. O problema é que esta maioria não consegue definir o sentido profundo de sua própria existência. Nós morremos para viver. Nascemos para a morte física, mas pela fé, através da prática do bem, iremos ressuscitar. Fica o questionamento ao mundo: se sua auto suficiência é capaz de torná-lo feliz. Vemos muitas pessoas depressivas fazendo exatamente o que o mundo prega.
Somos desafiados no seguimento de Cristo a deixar tudo o que possa impedir a plena adesão ao seu projeto de amor. Jesus no Evangelho percebe uma grande multidão que o seguia. Talvez um tipo de seguimento que buscava compensação e honras humanas. Quem vier a Ele deve desapegar-se de tudo que parece ser natural na vida humana até mesmo de sua própria vida para abraçar a causa do Reino. Ser discípulo de Cristo é sofrer as consequências do seguimento. Não podemos amar o nosso interesse ao mesmo tempo em que procuramos concretizar o Plano de Santificação de Deus.
O grande desafio de nossa vida é sabermos administrar os dons que Deus nos dá. O alicerce de nossa vida é o amor de Deus. O cristão é sempre chamado a deixar algo para concretizar a Vontade de Deus em sua vida.
Deus não nos criou para vivermos uma auto satisfação. Somos criados para transmitir o seu amor aos nossos irmãos. Quando o homem se fecha em si mesmo cai em um grande engano. Não seremos felizes enquanto não nos desapegarmos de nós mesmos para nos apegarmos a grande verdade dos valores apresentados no Evangelho. A pergunta que fica é sobre a felicidade apresentada hoje pela maioria das pessoas.
O homem quer o tudo para si e esquece que depende do seu Criador que é o seu Tudo. Fomos criados para uma comunicação profunda com Ele que nos dá a razão de nossa vida. Quanto mais nos apegarmos aos nossos princípios, pensando que somos autores de tudo, mais iremos nos afastar da felicidade.
Não é fácil seguir a Cristo, pois Ele sempre vem acompanhado da Cruz. Podemos pensar que isto seja algo radical ou que tenha uma tendência de obrigação, de busca do sofrimento, mas na realidade, para praticarmos o bem precisamos renunciar a nós mesmos. Devemos redimensionar a nossa vida colocando-a em um amor universal.


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"Senhor Jesus, nós queremos assumir em nossa vida os sofrimentos que fazem parte do seu seguimento”.




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