segunda-feira, 4 de abril de 2016

A PESCA MILAGROSA

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“A EXPERIÊNCIA DE AMIZADE COM O RESSUSCITADO NOS COMPROMETE EM SERMOS SEUS DISCÍPULOS EM MEIO AS CONTRADIÇÕES DA NOSSA VIDA E DA SOCIEDADE”.

O terceiro domingo da Páscoa nos apresenta mais um momento com o Ressuscitado. A “pesca milagrosa” nos mostra como não estamos mais sozinhos. Jesus se manifesta glorioso para preparar a grande missão dos discípulos após Pentecostes. Eles serão as testemunhas do plano de salvação de Deus para toda criatura humana. Deus quer salvar a todos. Os discípulos serão os primeiros anunciadores da verdade que aceita por nós inicia um processo de libertação que vai culminar na vida eterna. O Senhor realiza sinais de sua presença hoje no meio de nós. Precisamos escutá-lo em nosso interior. O materialismo é extremamente prejudicial porque nos afasta de nosso eixo. O apego as coisas transitórias nos desviam do essencial. Jesus está presente em nosso meio da mesma forma que esteve na vida dos seus discípulos. Quando cultivamos uma amizade aberta e sincera com Jesus seremos transformados em novas criaturas.

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EVANGELHO (Jo 21, 01-14):
Naquele tempo, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?”  Responderam: “Não”’. Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram, pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. Logo que pisaram a terra, viram brasas acessas, com peixe em cima, e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.

“É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.

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A afirmação de João sobre a certeza da presença de Jesus ressuscitado é um testemunho que movimenta logo Pedro que foi escolhido por Jesus para ser o chefe da Igreja. Pedro não quer perder tempo, deseja profundamente seu encontro com o Mestre que agora é Senhor.
A pesca milagrosa comprova a presença de Jesus como todos os milagres, sinais e prodígios que ele realizou. Ela foi consequência de um fato novo. Os sinais da presença do Mestre comprovam uma nova época, uma nova história. Os discípulos não estão mais sós. Jesus estará sempre presente em suas vidas de agora em diante. Os cristãos são anunciadores da presença real de Jesus Vivo no meio de nós.
É extraordinário pensar na alegria e na surpresa que invadiu a vida destes homens que estavam tristes e decepcionados com os fatos que haviam acontecido. Acreditavam que Jesus iria fazer uma restauração somente política, mas a sua restauração era muito maior. É uma restauração em nível mais profundo, dos valores, da busca do essencial tendo como prêmio a vida eterna. O centro da doutrina cristã é fazer o bem em qualquer ambiente.
Deus muitas vezes tem uma lógica misteriosa, uma linguagem que nos deixa sem ação. Toda humanidade foi transformada pelo novo acontecimento. Dentro de seus corações os discípulos experimentaram a felicidade que antecede a alegria eterna. A certeza de que esta vida é uma passagem para o eterno, é uma preparação para o definitivo. Deus nos ama muito e nos preparou para Ele. Somos peregrinos nesta vida. Não levaremos nada conosco a não ser o bem que promovemos nesta vida.
Os discípulos ainda não tinham recebido o Espírito Santo. Estavam incapacitados para entenderem o que significava a ressurreição para suas vidas e para o futuro da humanidade. Todos estes fatos seriam recordados e ganhariam uma nova interpretação após Pentecostes com a vinda do Espírito Santo. Talvez por esta razão que eles ainda estavam confusos.
O materialismo perde sua alternativa a partir da ressurreição de Jesus. A fascinação da sensualidade é uma folha frágil em relação ao fato da ressurreição.  A vida venceu a morte. O pecado perdeu sua autoridade sobre a pessoa humana. A sensualidade perde seu sentido frente ao amor de Deus. O mundo hedonista dos prazeres se torna limitado na busca da felicidade eterna que é certa a partir da Ressurreição do Senhor.
Pedro sempre toma iniciativa. Tanto para ir pescar como para se jogar no mar e ir imediatamente ao encontro do Senhor. Imaginamos a alegria que invadiu seu coração ao perceber que era Jesus que estava na margem? Além do amigo, o próprio Cristo, o ungido para restaurar todas as coisas. Deus que lhe deu a vida e a grande missão de iniciar e governar a Igreja.
Sempre que nos encontramos verdadeiramente com Jesus somos enviados para a missão. Devemos sofrer também as consequências da sua amizade e de seu amor. O sofrimento faz parte da vida dos que querem amar de verdade. O despojamento é fonte de verdadeira alegria. Não podemos seguir a Cristo sem passarmos pela ponte da cruz. Ela é necessária para se descobrir o caminho da vida. Não podemos temer as dificuldades e nossas limitações, mas termos a certeza da presença do Ressuscitado em nossa vida.
Falta pouco para Pedro deixar de ser um simples pescador, para cumprir com a grande missão que o Senhor irá lhe confiar de pregar a Boa Nova da Salvação a todos os povos. A experiência de Jesus irá se transformar em Palavra e Sacramento para que todo ser humano tenha oportunidade para se salvar.  

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 “Senhor Jesus, nós queremos viver nossa vida conforme o vosso projeto”.



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