“PELO AMOR SOMOS RECONHECIDOS COMO DISCÍPULOS DE CRISTO”.
O novo
mandamento apresentado pelo Senhor exige de nós uma vida de amor e
solidariedade. Ser cristão é viver o amor de forma incondicional. Não podemos
dizer que conhecemos a Deus se não vivemos o amor com os nossos semelhantes.
Somos reconhecidos pela vida concreta que testemunhamos. Jesus nos manda amar
uns aos outros para cumprirmos com a vontade de Deus que é Pai de todos. Somos
todos irmãos por sermos criados por Deus. Devemos promover a vida e o bem estar
de todos para vivermos o que o Senhor nos pede.
EVANGELHO (Jo 13,
31-35):
Depois
que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do
Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também o
glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo estou
ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu
vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.
“Eu vos dou
um novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Jesus
sentiu que estava próximo o momento em que iria dar sua vida por nós. Como se
estivesse com uma tremenda necessidade de transmitir o fundamental, chama seus
discípulos de filhinhos. É um termo próprio de São João, é uma intimidade muito
forte com o Senhor, uma certeza de que Deus não nos abandona. Logo ele diz: “Eu
vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros”. O mandamento que
Jesus nos coloca é muito difícil de ser concretizado. Ele continua afirmando
que devemos nos amar assim como Ele nos amou. De tudo isto nasce a identidade
dos que querem seguir Jesus. Quem afirmar se discípulo de Jesus deve viver o
amor incondicional. Os cristãos são reconhecidos pelo seu altruísmo. O
testemunho do amor desinteressado é um processo de toda vida que passa pela
nossa consagração batismal. Viver o amor onde não existe amor. Colocar amor
para colher amor.
O
verdadeiro amor exige saída, perda para a edificação do outro. Exige negação de
nosso pequeno plano em relação ao Plano de Deus. Precisamos sair de nosso
egoísmo para um altruísmo existencial. Quando amamos o próximo somos promotores
de sua vida. Não podemos viver na competição constante que nos é imposta pelas
relações comerciais. Hoje a grande mídia nos afasta do sentido da fraternidade
nos isolando uns dos outros.
O
amor sempre será uma novidade. Assim como não podemos explicar o grande amor
que as mães sentem por seus filhos, não podemos explicar o quanto Deus nos ama
e o quanto Ele sai de si mesmo para nos edificar. O ato de amor é uma perda
momentânea para se adquirir a plena realização.
A
prática do amor existencial exige uma atitude de Fé, de entrega ao plano de
Deus. Nós cristãos temos um grande exemplo desta realidade na pessoa de Maria
que soube concretizar perfeitamente a Vontade de Deus em sua vida. Ela é a mãe
do silêncio que soube ouvir o que Deus lhe ensinava. Sem oração nunca iremos
descobrir a realidade da presença de Deus em nossa vida. Maria é o grande
exemplo para todas as mulheres. Ela intercede pelas mulheres que estão
abandonadas ou que são enganadas com uma falsa visão da feminilidade. Como
seria importante que todas as mulheres vivessem a sua maternidade assim como
Maria viveu. Quanto mais “mães” tivermos no mundo, mais pessoas que amam de
verdade irão surgir. A maternidade de Maria é exemplo de amor para todas as
mulheres da face da terra, especialmente para aquelas que se iludem facilmente
com as vaidades do mundo.
O
nosso mundo precisa de afeto, precisa de doçura, precisa de alento. Vamos parar
um pouco e ver para dentro de nós mesmos. Vamos tentar perceber o quanto vale a
nossa vida e o quanto Deus espera de cada um de nós.
“Senhor Jesus, queremos viver
o amor com todas as pessoas conforme nos ensinastes”.
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