“NÓS SOMOS PASTORES DE NOSSOS IRMÃOS À
MEDIDA QUE ACEITAMOS O PASTOREIO DE JESUS”.
O quarto domingo da Páscoa nos
apresenta a figura de Jesus como o bom pastor que defende e ampara as ovelhas
na peregrinação para a eternidade. Devemos assumir a grande responsabilidade de
nos ajudarmos mutuamente em nosso processo de salvação. Estamos correndo o
risco de sermos arrastados para longe de Deus pela ação nefasta dos falsos
pastores. Estes estão presentes especialmente na “Grande Mídia” que tenta
dispersar as ovelhas destruindo a família. Neste domingo vamos rezar também
pelas nossas vocações. Especialmente pelos sacerdotes para que vivam com
alegria seu ministério e tenham um grande amor por Jesus e Maria.
EVANGELHO (Jo 10, 27-30):
Naquele
tempo, disse Jesus: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e
elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém
vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu essas ovelhas, é maior que
todos, e ninguém pode arrebentá-las da mão do pai. Eu o Pai somos um.”
“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me
seguem”.
Deus
em seu infinito amor pelo ser humano deu o tinha de melhor para que ele
participasse de sua infinita alegria. A comparação com a tarefa do pastor tem
este sentido profundo. Deus está sempre “preocupado” com a nossa salvação. Jesus
se serve de uma atividade milenar que até hoje existe em alguns países. A
função do pastor é cuidar de forma incondicional do rebanho. Não podemos
calcular o amor que Deus sente pelas suas criaturas. Ele deseja que todos se
salvem. É nesta realidade que podemos entender o seu profundo esforço que se
assemelha ao pastor que procura o bem de suas ovelhas.
Quando
nos consagramos a Deus em nosso batismo, queremos seguir os passos de Jesus em
nossa vida. Procuramos configurar a nossa vida com Cristo. No momento em que
experimentamos o amor de Deus nos tornamos pastores de nossos irmãos.
Especialmente pelo nosso testemunho. Surge uma grande alegria em nosso coração
que começa a contagiar todas as pessoas especialmente as que perderam o sentido
de suas vidas. Buscar o bem universal é tarefa de todo cristão. Não é fácil a
concretização do que sentimos e experimentamos dentro da realidade em que
vivemos. O mundo moderno sofre as consequências do egoísmo e das rupturas. Há
uma grande crise afetiva que destrói o ser humano em suas raízes. Esta crise é
alimentada pelos falsos pastores que tentam destruir a verdadeira afetividade
humana.
O
pastor está sempre atento aos ataques do inimigo do rebanho. Hoje os lobos têm
várias formas de se apresentarem. O relativismo, especialmente com as coisas de
Deus, faz que as pessoas se afastem da verdade, ou assumirem outras verdades
que são só paliativos para os verdadeiros problemas que afligem o homem. Este
relativismo faz que o coração da pessoa fique enrijecido valorizando as coisas
materiais.
O
cristão deve ser ovelha de Jesus e pastor dos irmãos. Só a partir de uma
profunda experiência transformadora poderemos “falar” de Deus. A verdadeira
pregação envolve todo o ser da pessoa. Por esta razão o testemunho se torna um
complemento essencial para o que falamos. As palavras sem a vivência se tornam
vazias. É certo que todos estão em um processo de busca do essencial. Por esta
razão precisamos ser verdadeiros conosco mesmos. Deus exige de nós uma atitude
de amor e não de teoria.
A
ovelha é reconhecida pela sua humildade e mansidão. Para aceitarmos a verdade
de Cristo precisamos ser humildes. Somos desafiados a aceitar em nossa vida o
amor de Deus. Santa Teresa de Jesus nos afirma que quando andamos na verdade
somos humildes. Para que a Graça de Deus possa atuar em nossa vida, precisamos
abrir nossos corações. Retirar dele todo egoísmo e vaidade.
Se
andarmos juntos com o pastor e do rebanho não seremos mortos pelas feras que
estão em nosso redor. Seremos duplamente protegidos e livres do mal que nos
ronda.
“Senhor
Jesus, cuide sempre de nós para que possamos ser suas ovelhas dóceis a seu
chamado de amor”.
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