“COM
ALEGRIA DEVEMOS ANUNCIAR A VERDADE DE JESUS CRISTO NO MEIO DO MUNDO”.
Estamos
dentro de uma sociedade que quer descobrir tudo, mas infelizmente ainda não
cultiva o essencial: reconhecer a presença amorosa de Deus. Ele está sempre presente
em nossa vida, embora a maioria das pessoas não queira reconhecer que só nele
encontraremos Paz. Aceitar Jesus como um todo em nossa vida é o caminho da
verdadeira felicidade. A vida do cristão sempre será um sinal de contradição
dentro do mundo. Este tempo de Advento é um tempo de espera e alegria no Senhor
que nos ama sempre em todos os momentos de nossa existência. Através da oração
e da prática do bem estejamos sempre prontos para a vinda definitiva de Jesus.
EVANGELHO (Lc 03, 01-06):
No
décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era
governador da Judéia, Herodes administrava a Galiléia, seu irmão Filipe, as
regiões da Ituréia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; quando Anás e Caifás
eram sumos sacerdotes, foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o
filho de Zacarias, no deserto. E ele percorreu toda a região do Jordão,
pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como está escrito
no livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no
deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será
aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas
ficarão retas e os caminhos serão aplainados. E todas as pessoas verão a
salvação de Deus’”.
“Esta é a voz
daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas
veredas’”.
A
pregação
de João Batista era voltada para a conversão do povo de Israel que havia
perdido o sentido básico da Revelação de Deus a Moisés. João vem com uma missão
semelhante ao profeta Elias: mostrar o essencial para o povo. Deus é fiel a sua
aliança e jamais se esquece de seu povo. João é a voz que clama no deserto. É
um sinal forte de contradição para a deteriorização do sentido religioso do
povo de Israel. Reconhecer a presença de Deus é a grande verdade que havia sido
colocada em segundo plano pelo povo.
A nossa situação
como cristãos hoje é bastante semelhante à situação de João Batista. Estamos em
um deserto onde o egoísmo prevalece em relação à fraternidade. Diversas divisões
se percebe nos mais variados níveis da nossa sociedade. Somos cristãos dentro
deste deserto. Devemos anunciar a solidariedade no meio da desigualdade.
Preparar o
caminho do Senhor é anunciar a verdade no meio da falsidade. É procurar unir as
pessoas em torno de um ideal mais sólido: a busca do cultivo da presença de
Deus que nos ama infinitamente. Quando o ser humano se afasta de seu princípio
vital ele busca em si mesmo a sua satisfação caindo na sua própria ruína. Não
podemos ser autores de nossa felicidade nos afastando daquele que realmente
pode nos fazer felizes.
Nós ansiamos
pela salvação de Deus. Queremos ver a manifestação de sua glória em meio a
tantos sofrimentos que a humanidade atravessa por sua própria culpa. Este tempo
é um tempo de confiança, de esperança da manifestação de Deus que já acontece
nos sinais simples que Ele nos dá em vários momentos de nossa vida.
A maior função
dos cristãos hoje é testemunhar a alegria de serem consagrados a Deus através
de seu batismo e da vocação que escolhem para vivê-lo. Não é uma alegria
momentânea fruto do egoísmo, mas sim uma alegria permanente fruto do amor que
foi plantado em nossos corações desde o momento que o Senhor nos chamou para a
vida.
Não podemos
mudar os caminhos do mundo se nos dividimos uns com os outros. Os cristãos
devem ser pessoas da unidade e da solidariedade entre todos. Só o amor pode
mudar o mundo. Só a fraternidade e a solidariedade podem fazer que o ser humano
pense mais sobre si mesmo. E volte-se para o essencial.
“Obrigado Senhor
pelo deserto de nossa vida, pois nele podemos perceber o essencial.”