segunda-feira, 9 de junho de 2014

SANTÍSSIMA TRINDADE



“FOMOS CRIADOS PARA O ETERNO CONVÍVIO COM A SANTÍSSIMA TRINDADE”.

O  Criador sempre tem uma relação profunda com a criatura. No fundo da criatura existe uma grande atração pelo Criador. Deus é infinitamente perfeito e com seu infinito amor quer que façamos parte de sua felicidade. A compreensão do sentido profundo do mistério da Santíssima Trindade é desconhecido por nós. Somos limitados para conhecermos a Deus em sua totalidade. A nossa experiência acontece pelo efeito que sentimos de sua presença em nossa vida. O grande sinal de Deus é a paz que sentimos no fundo de nosso coração. Deus é um só em três pessoas. Ele é Criador (Pai), Salvador (Filho) e Santificador (Espírito Santo). Nos criou para participarmos de sua felicidade. Poderíamos fazer uma comparação com a história de Pinóquio. O construtor de bonecos queria que um deles fosse um menino para que ele pudesse partilhar sua vida. Deus não tinha necessidade de nos criar, mas desejou que participássemos de sua felicidade. Nesta realidade encontramos o sentido profundo da existência humana. Deus é amor e só no amor iremos entender quem é Deus e qual a nossa missão neste mundo.




EVANGELHO (Jo 03,16-18):

Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.


“Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna”.

O pré-requisito para tratarmos qualquer assunto sobre Deus e sua relação com a pessoa é o dado da Fé. Ela é um processo de aceitação do mistério da presença de Deus em nossa vida. Não podemos falar nada sobre Deus se não vermos numa perspectiva do mistério. As coisas de Deus não são palpáveis por nós. Para conhecermos a relação do Criador com a criatura usamos a razão como instrumento, mas não como um fim em si, ou seja, nas coisas de Deus perdemos a base para entrarmos em um mundo que só se explica por aqueles que entendem o que é o amor.
O cristianismo se fundamenta no mistério da Santíssima Trindade. Se aceitarmos a Deus através da fé seremos salvos, ou seja, iremos participar definitivamente da felicidade que Ele nos preparou.
O Pai nos Cria, o Filho nos Salva e o Espírito Santo nos Santifica. Deus age diretamente em nossa vida. Fomos criados à sua imagem e semelhança. É o amor que nos une com Deus e nos faz criaturas novas. O pecado, que é mal uso de nossa liberdade, é uma tentativa frustrada de o homem pensar ser feliz sem Deus. Ele nos desligou do sentido de nossa existência. Jesus, o Filho, vem ao nosso encontro para nos salvar, pois não poderíamos salvar a nós mesmos. Com Jesus experimentamos a misericórdia do Senhor que vem para nos ensinar o essencial que o pecado dispersou. Para nos ajudar na tarefa de assimilação do amor de Deus vem o Divino Espírito Santo. Vem nos dar a força necessária para nos abrirmos e reconhecermos o amor estável de Deus.
Muitas pessoas na história da humanidade tentaram definir o amor. Dentro do cristianismo o amor é uma força de doação altruísta. É saída de si mesmo para completar o outro.  Deus dá seu próprio Filho para nos salvar. Se não sairmos de nós mesmos não iremos conhecer a verdade. O mundo não poderá ser feliz buscando a si mesmo. O individualismo já provou de per si, que não é fonte de realização para ninguém. Já estamos colhendo os frutos do individualismo na sociedade com tantos sinais de morte presente na busca de satisfações momentâneas. Vemos o mundo dos entorpecentes matando crianças, jovens e velhos com a grande mídia totalmente indiferente e desunindo cada vez mais as famílias.
Festejar a Trindade é celebrar a nossa felicidade eterna, pois Deus não nos criou para a morte, Ele nos fez para vivermos junto a Ele. Esta vida é uma preparação para a vida definitiva. Hoje ainda somos limitados por nossas fraquezas e vícios. Na convivência definitiva com Deus não sentiremos mais o peso de nossas imperfeições. Quando nossa oração sistemática é mais profunda vamos nos comunicando com a Trindade. Começamos a perceber sua presença constante em nossa vida. A alegria verdadeira invade nossa alma e somos extremamente felizes.
Precisamos fortalecer nossa fé através da oração e da prática da caridade. Somos profundamente limitados. Devemos praticar o bem para irmos nos configurando com Deus que é puro amor. Quando oramos estamos nos conscientizando da “presença de Deus” em nossa vida e vamos buscando os verdadeiros valores que mudam a nossa mentalidade e a dos que convivem conosco.


“Ajuda-nos a reconhecer Senhor que sempre estás no meio de nós”.



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