“O MAL PRESENTE NA HISTÓRIA NÃO PODE
NOS DESANIMAR NO SEGUIMENTO DE JESUS”.
O mal
sempre estará presente na história da humanidade. Ele está associado ao
mistério da iniquidade do ser humano. Ele nasce quando a pessoa acredita ser
autora de sua própria realização sem a presença do Criador. O mal é uma possibilidade
criado pela nossa liberdade. Ele é consequência de nosso afastamento do
Criador. Com a presença do Espírito Santo em nossa vida, devemos evitar o mal
sem nos preocuparmos com ele. O imenso amor que Deus sente por nós é muito
maior que o gigante de areia que é fruto do egoísmo humano. O mal tem uma
aparência de grandeza que muitas vezes assusta as pessoas. Tem uma aparência de
vitória permanente. Por isto temos que olhar sempre para o resultado na vida
longe de Deus. Toda tristeza e sofrimento tem sua origem na indiferença da
pessoa em relação ao que realmente irá lhe fazer feliz.
EVANGELHO (Mt 13, 24-43):
Naquele tempo,
Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que
semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo,
semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas
começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o
dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio
então o joio?’ O dono respondeu: Foi algum inimigo que fez isto’. Os empregados
lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ O dono respondeu: ‘Não!
Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai
crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que
cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser
queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!” Jesus contou-lhes outra
parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e
semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando
cresce, fica maior do que as outras plantas. E
torna-se uma árvore, de modo que os pássaros Vêm e fazem ninhos em seus
ramos”. Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento
que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique
fermentado”. Tudo isto Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava
sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a
boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação
do mundo”. Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos
aproximaram-se dele e discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a
parábola do joio!” Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho
do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O
joio são os que pertencem ao maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A
colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. Como o joio é recolhido
e queimado, assim acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará os
seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os
que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e
ranger de dentes. Então os justos brilharão com o sol no Reino de seu Pai. Quem
tem ouvidos, ouça”.
“Aquele
que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O joio são os que pertencem ao
maligno”.
A parábola da boa semente e do
joio tem um grande significado para nós pois muitas vezes nos perdemos no que
não é essencial. A boa semente está presente em nossa vida através do imenso
amor que Deus sente por nós. Todos nós somos bons em nossa originalidade, mas
podemos perder esta bondade pela contaminação do egoísmo que o mundo nos
oferece. A criatura jamais poderá ser feliz longe do Criador. A pessoa humana
não é autora de sua própria felicidade, mas a recebe do princípio da verdadeira
felicidade.
Nesta parábola encontramos o grande problema
daqueles que estão extraviados em suas opções mal feitas. Quando semeamos amor,
colhemos amor. Se semearmos o mal estamos nos prejudicando e prejudicando aos
nossos semelhantes. É muito grave fazer que os outros pequem sermos uma semente
má dentro da plantação de boas sementes. Imaginem a responsabilidade dos
artistas e das pessoas popularizadas pela mídia.
Somos responsáveis pela palavra de Deus que
recebemos e dos grandes dons que Ele constantemente nos confere em nossa
peregrinação. Esta palavra tem de germinar no meio do mal e transformá-lo.
Somos chamados a uma constantemente conversão ou
retorno à fonte. A mudança radical de forma de ver a realidade que nos cerca.
Hoje estamos carentes de uma verdadeira disciplina que nos leve a experimentar
o essencial. Estamos abraçando tudo e acabamos ficando com nada. Deus já semeou
o trigo para nós quando deu o seu próprio Filho para nos salvar e para não nos
confundirmos em nossas opções. Este trigo é a boa semente do amor de Deus
presente na história da humanidade que tem a mania de se auto punir com seu
próprio egoísmo.
Quando estamos em um profundo processo de conversão
estamos sendo objeto de conversão de nossos irmãos. Não podemos dormir,
estarmos desatentos ao mal que está acontecendo mesmo dentro de nossas casas.
Estamos sobre a ditadura do relativismo. Não podemos mais escolher nada, temos
que fazer o que os “outros” nos dizem ser a felicidade.
O joio do individualismo pode fazer que a nossa
sociedade se torne intolerável. Já não temos mais espaço para outros seres
humanos. Muitos preferem ter um cachorro de estimação, que compromete menos e
sana a carência afetiva, do que dar uma boa educação para um filho.
É hora de nós cristãos tomarmos consciência de nossa
situação dentro da história e nos tornarmos boa semente no meio do mundo. A
semente para dar origem à outra planta precisa desaparecer. Necessitamos do
nosso esquecimento para sermos instrumentos de transformação do mundo.
“Senhor Jesus nos ajude a
implantarmos o Reino de Deus dentro da humanidade dividida em contínua
discórdia.”
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