“SOMOS BEM-AVENTURADOS NO
MOMENTO EM QUE
VENCEMOS NOSSO EGOÍSMO E NOS PREOCUPAMOS COM A EDIFICAÇÃO DE
NOSSOS IRMÃOS”.
Estamos
dentro de uma realidade marcada pelo individualismo. A proposta de Jesus Cristo
é um verdadeiro antídoto ao fechamento em nós mesmos. Ele nos apresenta o
belíssimo ensinamento das bem-aventuranças. Nelas encontramos um resumo do bem
que iremos receber se formos contra nós mesmos e tentarmos concretizar a
doutrina do Reino dentro de nossa realidade. A princípio os cristãos serão
sempre perdedores. Quem faz o bem não é bem visto inicialmente pela sociedade.
A recompensa virá depois quando encerrarmos a nossa vida mortal e formos para a
eternidade. A visão do eterno não pode ser afastada de nossas vistas porque o
materialismo é extremamente perigoso. Ele pode fechar o nosso coração ao
essencial e fazermos caminhar longe de Deus.
EVANGELHO (Mt 05, 01-12):
Naquele tempo, vendo Jesus as multidões,
subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a
ensiná-los: “bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos
céus. bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os
mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que tem fome e sede de
justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a
Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de
Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles
é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e
perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de
mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
“Alegrai-vos
e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
Quando
lemos e refletimos sobre esta passagem bastante conhecida do Evangelho, podemos
colocar os nossos olhos mais no futuro do que no presente. Na realidade a
doutrina das bem-aventuranças é uma aplicação no momento presente de nossa vida
em vista de uma realização futura. Aqueles que praticarem o bem e a justiça
darão início a um processo de realização e felicidade que terá seu coroamento
na eternidade.
A idéia que a sociedade nos passa
é totalmente contrária ao que Cristo nos apresenta. Se invertermos as bem-aventuranças
vamos perceber qual é a idéia de felicidade que o mundo apresenta. A base da
dominação ideológica que enfrentamos hoje é o imediatismo. Uma casca frágil que
conduz o homem à sua própria ruína. Jesus exige de nós que ultrapassemos esta
casca e irmos ao encontro do essencial.
Através da oração estaremos
atentos ao que Deus planejou para nós. Poderemos vencer as dificuldades que
surgem em nossa vida e nos mantermos perseverantes na Fé. O surgimento de
tantas seitas que falam de Cristo, a maioria delas com uma interpretação
equivocada de sua doutrina, é um sinal de que queremos respostas imediatas e
que não entendemos o sentido da construção do reino de Deus. Para seguirmos a
Cristo precisamos viver um processo lento e progressivo de conversão ao amor.
Receber o amor de Deus e saber distribuí-lo aos mais empobrecidos por esta
realidade egoísta.
O sofrimento faz parte de nossa
vida e deve ser visto de uma forma diferente dentro de um plano maior de Deus
que se serve de nossas limitações para nos ensinar quem somos. Quando oferecido
a Deus pode se tornar um instrumento de salvação para nós e para nossos irmãos.
A alegria oferecida por Jesus não
é fruto do egoísmo. Vem de um projeto de vida que se reparte na comunidade.
Através da vivência do espírito comunitário poderemos vencer as más-aventuranças
que nos são oferecidas pela mágica do marketing que tem o poder de nos
apresentar o mal como bem e o bem como mal.
“Senhor Jesus fazei que possamos nos abrir
cada vez mais ao seu plano de amor”.
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