quinta-feira, 16 de junho de 2016

SEGUIMENTO E RENÚNCIA

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“PARA SEGUIRMOS A CRISTO, PRECISAMOS SABER RENUNCIAR AO NOSSO EGOÍSMO”.

Jesus exige de seus seguidores a capacidade de deixarem tudo pelo Reino. Quando dizemos sim ao projeto de Deus, devemos saber dizer não ao nosso projeto particular. A nossa vida é um grande mistério, o conhecimento de Jesus irá definir em plenitude o que nós somos. O tema da renúncia sempre foi muito bem elaborado em toda a espiritualidade cristã. Ela, na realidade deve nos levar ao amor maior, a verdadeira prática do bem. A vida de Cristo foi um sacrifício pela nossa salvação e nós não alcançaremos a santidade sem oferecer a Deus as nossas dificuldades e provações que na realidade servem para crescermos no reconhecimento do que somos e de quem é Deus para nós.


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EVANGELHO (Lc 09, 18-24):
Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isto a alguém. E acrescentou: “O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará".

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“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me”.
O tema da renúncia faz parte integrante do cristianismo desde o seu princípio. O próprio Cristo nos dá o exemplo de renúncia quando oferece a sua vida para nos salvar. A pergunta que fica é sempre relacionada com a finalidade última da pessoa humana. Estamos em uma peregrinação. A fé cristã tem base no fato da ressurreição de Jesus e a nossa futura ressurreição onde viveremos em plenitude o que hoje vivemos limitados.
Jesus faz a pergunta aos seus discípulos para ver se eles teriam a coragem de deixar tudo pelo projeto de Deus. A linguagem usada por Ele sempre é misteriosa, não conseguimos ler de forma objetiva. Deus nos fala na nuvem. Por esta razão pela fé iremos entender qual é o sentido de renunciarmos as coisas que aparentemente são boas por um bem maior. É como ver um bordado do lado do avesso. Não tem graça, mas quando virado se vê a arte que foi bordada. As  vezes Deus não mostra o lado direito e quer ver nossa fé nos momentos mais difíceis.
Devemos analisar a consequência daquilo que iremos optar. Se fazemos o bem com sacrifício renunciando a nós mesmos, seremos mais felizes. Se obedecemos aos nossos instintos e somos levados pelas alegrias momentâneas que o mundo oferece, viveremos em uma constante angústia. É isto que tem experimentado a nossa sociedade cheia de sofrimento e depressão. Quer encher o vazio existencial com coisas que só aumentam o seu vazio.
O amor exige sofrimento. Quando amamos de verdade precisamos “deixar” muitas coisas por aquilo que temos preferência, não podemos abraçar tudo. São João da Cruz nos diz que se quisermos o Tudo, devemos ir pelo nada. A felicidade é um processo de amorização de nossa vida quando a vontade de Deus se coincide com a nossa vontade.
Deus nos ama porque “saiu” de si para construir o homem criando-o à sua imagem e semelhança. Este é o grande mistério que envolve toda a nova perspectiva cristã que se opõe ao relativismo de nosso mundo. Devemos ser corajosos em nossa opção lutando sempre pela estabilidade no amor dentro da instabilidade de nossa vida.

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"Senhor Jesus, fazei que saibamos renunciar a nós mesmos para vivermos os seus valores e sermos mais felizes junto com nossos irmãos”.


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