“DEUS NOS AMA INDEPENDENTE
DE NOSSA ORIGEM OU CONDIÇÃO SOCIAL”.
A Palavra de Deus exige de nossa parte uma aceitação plena. O plano de
Deus sempre será um grande mistério para nossa vida enquanto estivermos neste
mundo. Jesus não é valorizado em sua terra porque as pessoas não estavam
olhando para o bem que realizava, mas sim para sua origem e condição social.
Ele está presente nas nossas comunidades e em nossa vida. Precisamos
reconhecê-lo para fazermos a sua vontade que é fonte da verdadeira felicidade
para nós.
EVANGELHO (Mc 06, 01-06):
Naquele tempo,
Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou
o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam
admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta
sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? Este
homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas
e Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa
dele. Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus
parentes e familiares”. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns
doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus
percorria os povoados das redondezas, ensinando.
“Um
profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”.
A pregação
da Boa Nova de Cristo é um grande desafio para nós em todos os ambientes,
especialmente entre aqueles de maior convivência conosco. Somos desafiados mais
em nível de “ser” do que “fazer”. Devemos dar um verdadeiro testemunho do que
acreditamos a partir de nossa vida, da forma como vivemos aceitando o que Deus
nos pede. O cristão muda a realidade através da alegria de ser consagrado pelo
santo batismo sentindo-se profundamente amado por Deus.
A
afirmação de Jesus pode nos parecer inicialmente dura demais considerando a
força e o poder que ele tinha por ser o Filho de Deus. Dentro do contexto do
cristianismo é mais fácil de entendermos sua missão. Mas no judaísmo não é
fácil compreender que Jesus seja o verbo encarnado, a segunda pessoa da
Santíssima Trindade com a missão salvífica universal. Ele é verdadeiramente
Deus e homem. Seremos felizes convivendo com ele como nosso verdadeiro amigo.
Precisamos de um encontro pessoal com o Senhor. A partir daí irá nascer um
cristianismo autêntico.
Deus se serve da
simplicidade para se manifestar. Não deseja o luxo e as aparências externas que
infelizmente muitas vezes arrastam a humanidade a sua própria destruição. Jesus
trabalhou antes de sua vida pública. Foi uma pessoa comum dentro de sua cidade.
Sua fama cresceu com os milagres que realizava e sua infinita sabedoria que era
capaz de confundir as pessoas mais preparadas intelectualmente da época.
Os irmãos e irmãs de Jesus eram os seus
parentes, que conviveram com sua vida simples e alegre em meio a sua família.
Não podiam compreender os seus concidadãos que este jovem simples fosse
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Este é o centro de nossa fé cristã. Aceitar
Jesus como sendo o Cristo (Ungido), é fundamental para a doutrina cristã.
Através de sua aceitação descobrimos o Pai e vivemos a vida nova no Espírito
Santo.
Somos desafiados hoje e sempre a trazer
Jesus para a realidade em que vivemos. Cremos verdadeiramente na sua presença
no meio de nós, nos Sacramentos, na Palavra e na comunidade dos que acreditam
na Boa Nova? Será que a nossa atitude não é semelhante à atitude dos que
rejeitaram a Cristo? Aceitá-lo de verdade é estarmos atentos a nossa conversão.
Abertos ao que ele nos ensina através de sua Igreja.
Só poderemos “conhecer” a Cristo através
da dimensão transformante do amor. Deus se revela aos humildes de coração. Aos
que desejam a verdadeira felicidade que se encontra na coincidência da Vontade
de Deus com a nossa vontade.
“Senhor Jesus que possamos aceitá-lo em nossa vida e em nosso
coração.”