“O TESOURO MAIS IMPORTANTE É
IMPERECÍVEL”.
Embora
Deus nos fale sempre numa linguagem misteriosa. Ele não se cansa de oferecer
seu amor por nós. Nossa vida é cheia de escolhas e decisões. Devemos escolher
entre o bem e o mal. O bem nos leva a felicidade eterna e o mal nos leva ao mal
eterno. O mal se apresenta cheio de “facilidades” e o bem cheio de
“dificuldades”. As coisas de Deus, embora mais obscuras, sempre nos levam ao
bem e a perfeita alegria. O mundo se perde em suas próprias teias. Cria leis
que acabam prejudicando o crescimento integral da pessoa. Procura a felicidade
desviando-se da fonte da verdadeira alegria que se resume na concretização da
vontade de Deus em nossa vida. Descobrir o que Deus quer de nós e concretizar
sua vontade é a única fonte que nos faz feliz nesta vida em preparação para a
definitiva.
EVANGELHO (Mt 22, 15-21):
Naquele tempo, os fariseus fizeram um plano
para apanhar Jesus em alguma palavra. Então mandaram os seus discípulos, junto
com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és
verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar
pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. Dize-nos,
pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?” Jesus percebeu a
maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? Mostrai-me
a moeda do imposto!” Trouxeram-lhe então a moeda. E Jesus disse: “De quem é a
figura e a inscrição desta moeda?” Eles responderam: “De César”. Jesus então
lhes disse: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
“Dai, pois, a César o que é de César
e a Deus o que é de Deus”.
Somos
desafiados a selecionar os valores durante toda nossa vida. O problema da nossa
existência é um problema administrativo. O que vamos escolher? O que permanece
ou o é transitório? A Deus precisamos dar o que temos de melhor. Ele é o nosso
Criador que nos ama permanentemente. Estamos sobre o seu olhar em todos os
momentos de nossa vida. Corresponder ao seu amor é possível quando percebemos
sua presença em nossa vida.
O povo de Israel estava
sobre a dominação do Império Romano. Todos deveriam pagar impostos a César.
Desde este tempo e muito antes, o homem cria leis que muitas vezes favorecem um
pequeno grupo privilegiado. Jesus não se ausenta desta realidade e separa o
pensamento do homem, iludido pela ganância, do pensar de Deus que nunca cobra,
mas vive uma pura gratuidade em relação ao que criou para o benefício do homem.
Só entenderemos quem é Deus pela gratuidade unida a humildade.
A moeda de Deus é
totalmente diferente da moeda do Império. A medida de Deus é a medida do amor.
Ele se manifesta com um gesto de solidariedade que vai em busca do homem para
construí-lo. Deus não conhece imposto, pois se fosse cobrá-lo não teríamos com
o que pagar. O amor de Deus por nós é um amor de edificação e só no momento que
entendemos isto e passamos a vivê-lo em nossa vida encontraremos a paz interior
que tanto buscamos.
Os herodianos eram homens
que não queriam crer na ressurreição. Aproveitavam-se da dominação romana para
se beneficiarem. Tinham uma crença puramente material em busca de uma
prosperidade terrena. Hoje são muitas as religiões que se dizem seguidoras de
Cristo que estão mais preocupadas com as “ofertas dos fiéis” do que com sua
própria conversão. Esta é uma situação condenável, pois quem prega Cristo tem
que viver a pobreza solidária que é parte essencial do Evangelho.
Damos a César (hoje a sociedade materialista), o perecível e o
transitório e a Deus nós temos que dar o bem que realizamos nesta vida para
sermos semelhantes a Ele. Este é o grande desafio de nossa existência
brevíssima que vivemos neste mundo. Não podemos nos apegar aos bens materiais.
Eles devem nos ajudar na prática da justiça e da solidariedade.
Os missionários negam tudo
para levar Cristo a diversas nações que não conhecem sua mensagem. Quando
praticamos o bem sem ver resultados imediatos, mas só confiamos na Divina
Providência, nossa atitude é de verdadeira entrega ao Senhor que sempre nos
assiste em nossas necessidades.
“Fazei Senhor que saibamos
nos desprender das coisas transitórias e colocar todo nosso amor no que
deixastes para nós.”
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