“ESTA VIDA NOS
PREPARA PARA A VIDA DEFINITIVA”.
No dia dois de novembro celebramos a memória de todos os fiéis falecidos.
São todos os irmãos que já foram para eternidade, que já cumpriram com sua
trajetória limitada nesta vida. Ela é o maior dom que recebemos do Criador.
Vamos rezar pelos nossos falecidos. Podemos aproveitar este dia para
alcançarmos a graça da Indulgência Plenária em favor de algum falecido.
A nossa existência é
um grande mistério de amor. Estamos neste mundo para amar e servir a Deus e aos
nossos irmãos. Encontramos o sentido de nossa vida na prática do bem e no
evitar o mal. A morte física é um filtro muito importante que sempre deve
questionar nossas atitudes: o que estamos fazendo com o tempo mortal que Deus
está nos dando? Ela nos ajuda a perceber que a maioria das pessoas se acostuma
a mentir para elas mesmas se esquecendo que tudo passa. As vaidades do mundo
caem por terra diante da realidade da morte. Para o que vale a fama? As honras
e títulos do mundo se tudo passa e logo não estaremos mais neste mundo?
A maioria das pessoas que pensam sobre a morte sentem certa insegurança.
O que aconteceu com esta pessoa íntima que conviveu várias vezes comigo? O que
vem depois desta vida? Será que vamos continuar existindo depois desta
existência terrena?
Durante a história o homem sempre tentou encontrar respostas para
estes questionamentos. Alguns quiseram dizer que depois desta nossa existência
reencarnamos. Outros afirmavam que os diversos deuses tomariam conta da pessoa
enquanto o seu cadáver estivesse incorrupto etc. Foram surgindo muitas idéias
sobre a vida após a morte. Até o dia em que um homem que foi crucificado
(morreu certamente); aparece para os seus amigos depois de três dias de seu
sepultamento. O curso da história mudou após a ressurreição de Jesus Cristo. A
partir deste momento, através do testemunho de seus amigos (apóstolos), temos a
certeza de que nós também iremos ressuscitar após esta vida.
O cristianismo não é uma idéia ou uma teoria, é um fato histórico que
mudou o pensamento sobre a vida após a morte. Após o dia de Pentecostes, os
apóstolos começaram a anunciar o grande conteúdo da fé cristã: Jesus está vivo
e ressuscitado.
Cristo deixou uma fórmula para o nosso processo de ressurreição que é
a prática do bem vivendo em profundidade o mandamento do amor que sempre será
um grande desafio para quem vive neste mundo.
Esta existência que estamos vivendo é uma “segunda gestação” que nos
prepara para a vida definitiva. Deus não nos criou para a morte, mas para a
vida. Ele é que nos salva e nos santifica. Devemos fazer o possível para
correspondermos à graça de Deus para progredirmos em nosso processo de
ressurreição. Nesta vida devemos nos preocupar com a nossa conversão
concretizando em nossa vida o que o Senhor nos pede.
É necessário que neste dia de finados rezemos pelos nossos falecidos.
A Igreja nos concede o dom da indulgência plenária para quem vai ao cemitério
ou a uma igreja rezar na intenção do Santo Padre o Papa uma oração que pode ser
um Creio, um Pai Nosso e uma Ave Maria. Junto é necessária a Confissão e a
Santa Missa com comunhão conforme a Igreja nos prescreve. Você poderá oferecer
esta oração pela salvação de uma alma que esteja no purgatório e esta pessoa
irá ter a salvação imediata. É evidente que para que isto aconteça se faz
necessário que estejamos em estado de graça. Com confissão e celebração da
eucaristia.
Recomendamos a leitura do capítulo 15 da primeira carta de São Paulo
aos Coríntios. Todo ele fala sobre a ressurreição.