segunda-feira, 15 de setembro de 2014

OPERÁRIOS DA VINHA


“DEUS AMA TODAS AS PESSOAS DA MESMA FORMA. A NOSSA SALVAÇÃO ACONTECE NA ABERTURA AO SEU AMOR”.


A nossa relação com Deus sempre será misteriosa acontecendo sempre no âmbito da fé. Esta passa a ser a divisora de águas em nossa vida. Quando aceitamos de coração o que Deus deseja de nós nos comprometemos com seu amor. Ele dá a mesma oportunidade a todas as pessoas. Alguns aceitam antes e outros depois o seu infinito amor. Diante de Deus somos iguais e Ele deseja que façamos parte de sua felicidade profunda. O direcionamento da nossa liberdade é que irá fazer a diferença. A luta contra nós mesmos se faz necessária para educarmos a nossa liberdade na busca pela verdade.



EVANGELHO (Mt 20, 01-16):
Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: “O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça desocupados, e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados? Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos começando pelos últimos até os primeiros!’ Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualastes a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’. Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.




“Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence?”
A bondade infinita de Deus continua nos questionando fortemente. Especialmente por estarmos inseridos num mundo onde os valores materiais estão acima dos espirituais. A pessoa humana está sendo encerrada dentro de um conceito de compra e de venda. Não se está dando importância ao que ela pode ter de mais precioso em seu interior. A moda externaliza as pessoas fazendo que vejam só para o transitório.
Esta bondade ou graça está à disposição de todos nós desde antes de nosso nascimento. Deus não faz distinção de pessoas. O seu coração ama profundamente a todas as suas criaturas. Todos fazem parte de seu projeto de amorização. Quando olhamos para a profundidade de nossa vida percebemos que somos amados. O amor de Deus por nós é concreto e forte em nossa vida.
No fato de sermos gerados, percebemos que Deus depositou em nós 1000% de seu amor (amor inefável, fora da nossa compreensão racional). Somos suas criaturas prediletas. Amadas por Ele antes mesmo de nosso nascimento.
Esta parábola tem muito a ver com a propagação ou generalização da Graça de Deus. Todos são beneficiados da mesma forma pelo desejo de promoção que o Senhor tem em relação as suas criaturas. Deus é justo com todos. Procura dar sua salvação a todos que se abrem ao seu amor. Os caminhos e os tempos podem ser diferentes. A estabilidade do amor, que caracteriza o Ser de Deus, é estável e acontece com a mesma intensidade. A falha acontece na forma de nós recebermos este amor.
Quando buscamos a santidade estamos em busca de uma estabilidade no amor na constante instabilidade da vida. Hoje somos envolvidos por um mundo de competição que visa o lucro e a prosperidade em um direcionamento errado. Até mesmo muitas religiões, que se consideram cristãs, pregam em seus discursos um negócio com Deus. O materialismo se infiltrou dentro do sentido religioso por ingenuidade das pessoas que estão carentes de uma verdadeira espiritualidade.
A verdadeira pregação cristã tem base na misericórdia e na solidariedade que terá como conseqüência a prática efetiva do bem. A pessoa fechada em si mesma jamais poderá encontrar as raízes da verdadeira felicidade. Devemos nos alegrar com a salvação que é dada de uma forma gratuita para todos. Alguns a recebem logo no início de suas vidas, através de suas famílias, outros irão se converter por outros meios. Vemos esta realidade no momento da morte de Jesus em relação ao bom ladrão que foi o primeiro santo canonizado pelo próprio Senhor. A fonte de misericórdia no coração de Jesus inundou a vida deste homem fazendo que toda sua existência fosse entregue nas mãos do Senhor.
Assim como Deus perdoa a todos da mesma forma Ele ama aos seus filhos e quer a salvação de todos sem exceção. Só poderemos entender o seu gesto se experimentarmos a verdadeira alegria que é fruto do altruísmo universal, ou seja, de nossa abertura de coração a todos que precisam de nosso auxílio.


“Senhor Jesus fazei que sempre nos reconheçamos amados por ti.”

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