segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O VALOR DA OBEDIÊNCIA


“OBEDECER A DEUS É NOSSO GRANDE DESAFIO”.


A vida cristã é cheia de desafios e lutas. Quanto mais forte nossa adesão ao projeto de Jesus mais desafios surgem. Vivemos numa constante batalha contra o nosso egoísmo e contra as “ideologias individualistas” enraizadas no mundo. A Palavra de Deus nos orienta no que devemos fazer em meio a estes fortes desafios. Ela nos mostra o que Deus espera de nós em meio aos desafios que o mundo nos apresenta. A proposta da Palavra é altruísta enquanto a filosofia do mundo é consumista. Estamos dentro de um processo de conversão. Devemos descobrir o que Deus quer de nós e procurarmos concretizar sua vontade em nossa vida e no meio em que vivemos.




 EVANGELHO (Mt 21, 28-32):

Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: “Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.



“Em verdade vos digo, que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus”.

Esta frase, em uma primeira análise, pode nos causar certa estranheza pela forma rude como Jesus nos apresenta. Podemos pensar que não vale a pena ser justos se os que são considerados pecadores estarão a nossa frente no paraíso. O que está sendo posto em relevo nesta situação é a vontade de Deus. Quem é capaz de concretizá-la em meio as suas limitações? Devemos saber o que o Senhor deseja de nós. A vontade de Deus deve ser descoberta e colocada em prática em nossa vida o quanto antes possível.
Não é o que aparece externamente que marca a nossa existência, mas é o bem que fazemos em nossa vida que muitas vezes não é observado por ninguém. Uma pessoa que talvez seja tida por má ou injusta na realidade, dentro de suas limitações, procura fazer a vontade de Deus e isto é que importa.
Jesus nos apresenta duas situações concretas. Os que dizem obedecer a Deus só nas aparências e os que procuram, embora suas limitações, concretizar a sua vontade na realidade de suas vidas. A resposta concreta na experiência vale mais que a teoria. A Igreja carece de pessoas que experimentem o amor de Deus e levem este amor ao mundo.
Quando cremos realmente em Deus lutamos para concretizar sua vontade passando muitas vezes por cima de nós mesmos e de nossas pequenas vontades. O filho que realmente obedece é o que efetivamente faz a vontade do pai. As nossas inclinações podem nos arrastar a dizermos não a Deus em uma primeira instância, mas quando percebemos a nossa realidade passamos a obedecer e seremos mais felizes. A obediência a Deus é fonte de verdadeira felicidade.
O mudar de opinião do sentido egoísta para o altruísta, proposto por Cristo, é converter-se. Quando entramos em nós mesmos descobrimos que somos amados e que o Pai só quer o bem de seus filhos. Este bem não é o aparente e transitório apresentado muitas vezes pelo consumismo. É o bem definitivo que nos faz muito mais felizes. Devemos inverter a mentira apresentada pela grande mídia com a alegria de sermos mártires da vontade de Deus no mundo. Estar de acordo com o Criador é a maior realização da criatura.
Jesus coloca os pecadores em frente dos que se dizem mais puros, porque pode acontecer que estas pessoas, devido ao sofrimento de suas vidas, se tornem mais dóceis ao pedido do Senhor. O sofrimento das imperfeições podem nos levar a uma sensibilidade maior a misericórdia de Deus. As pessoas que amam mais são mais perdoadas.
As coisas de Deus são muito misteriosas para nós. Ele sempre nos surpreende com sua bondade inefável. Nós somos movidos pelo espírito comercial e de competição. Deus se move pelo amor que deposita em cada criatura. A lógica de Deus é a lógica da partilha. Vivemos no mundo a lógica da competição que tem como conseqüência a depressão e o sofrimento.
Quando fomos batizados fizemos uma profissão de fé de tentarmos concretizar a vontade de Deus em nossas vidas. Somos sempre “desafiados” a uma verdadeira conversão de atitudes e forma de ser. O Criador procura a realização completa de suas criaturas que devem saber administrar suas vidas a partir da liberdade que cada um tem de buscar os verdadeiros valores que trazem como consequência a prática do bem.


Nenhum comentário:

Postar um comentário