segunda-feira, 14 de julho de 2014

O TRIGO E O JOIO


“O MAL PRESENTE NA HISTÓRIA NÃO PODE NOS DESANIMAR NO SEGUIMENTO DE JESUS”.

O mal sempre estará presente na história da humanidade. Ele está associado ao mistério da iniquidade do ser humano. Ele nasce quando a pessoa acredita ser autora de sua própria realização sem a presença do Criador. O mal é uma possibilidade criado pela nossa liberdade. Ele é consequência de nosso afastamento do Criador. Com a presença do Espírito Santo em nossa vida, devemos evitar o mal sem nos preocuparmos com ele. O imenso amor que Deus sente por nós é muito maior que o gigante de areia que é fruto do egoísmo humano. O mal tem uma aparência de grandeza que muitas vezes assusta as pessoas. Tem uma aparência de vitória permanente. Por isto temos que olhar sempre para o resultado na vida longe de Deus. Toda tristeza e sofrimento tem sua origem na indiferença da pessoa em relação ao que realmente irá lhe fazer feliz.



EVANGELHO (Mt 13, 24-43):

Naquele tempo, Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ O dono respondeu: Foi algum inimigo que fez isto’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!” Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E  torna-se uma árvore, de modo que os pássaros Vêm e fazem ninhos em seus ramos”. Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. Tudo isto Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”. Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado, assim acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão com o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.


“Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O joio são os que pertencem ao maligno”.
A parábola da boa semente e do joio tem um grande significado para nós pois muitas vezes nos perdemos no que não é essencial. A boa semente está presente em nossa vida através do imenso amor que Deus sente por nós. Todos nós somos bons em nossa originalidade, mas podemos perder esta bondade pela contaminação do egoísmo que o mundo nos oferece. A criatura jamais poderá ser feliz longe do Criador. A pessoa humana não é autora de sua própria felicidade, mas a recebe do princípio da verdadeira felicidade.
Nesta parábola encontramos o grande problema daqueles que estão extraviados em suas opções mal feitas. Quando semeamos amor, colhemos amor. Se semearmos o mal estamos nos prejudicando e prejudicando aos nossos semelhantes. É muito grave fazer que os outros pequem sermos uma semente má dentro da plantação de boas sementes. Imaginem a responsabilidade dos artistas e das pessoas popularizadas pela mídia.
Somos responsáveis pela palavra de Deus que recebemos e dos grandes dons que Ele constantemente nos confere em nossa peregrinação. Esta palavra tem de germinar no meio do mal e transformá-lo.
Somos chamados a uma constantemente conversão ou retorno à fonte. A mudança radical de forma de ver a realidade que nos cerca. Hoje estamos carentes de uma verdadeira disciplina que nos leve a experimentar o essencial. Estamos abraçando tudo e acabamos ficando com nada. Deus já semeou o trigo para nós quando deu o seu próprio Filho para nos salvar e para não nos confundirmos em nossas opções. Este trigo é a boa semente do amor de Deus presente na história da humanidade que tem a mania de se auto punir com seu próprio egoísmo.
Quando estamos em um profundo processo de conversão estamos sendo objeto de conversão de nossos irmãos. Não podemos dormir, estarmos desatentos ao mal que está acontecendo mesmo dentro de nossas casas. Estamos sobre a ditadura do relativismo. Não podemos mais escolher nada, temos que fazer o que os “outros” nos dizem ser a felicidade.
O joio do individualismo pode fazer que a nossa sociedade se torne intolerável. Já não temos mais espaço para outros seres humanos. Muitos preferem ter um cachorro de estimação, que compromete menos e sana a carência afetiva, do que dar uma boa educação para um filho.
É hora de nós cristãos tomarmos consciência de nossa situação dentro da história e nos tornarmos boa semente no meio do mundo. A semente para dar origem à outra planta precisa desaparecer. Necessitamos do nosso esquecimento para sermos instrumentos de transformação do mundo.
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 “Senhor Jesus nos ajude a implantarmos o Reino de Deus dentro da humanidade dividida em contínua discórdia.”


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