“JESUS
CRISTO É O SOBERANO REI DE TODO UNIVERSO”.
Desde
crianças lemos algo sobre os reis e suas histórias fantásticas. Reis que eram
bons e maus. Os que se interessavam pelo bem comum e os que eram indiferentes.
Desinteressados com o bem do povo. Qual é a finalidade da verdadeira monarquia?
O rei era ungido para defender o povo, para estar ao lado dos mais fracos.
Deveria fazer o possível para que todos se sentissem bem. A celebração deste
domingo recorda Jesus Cristo, Rei do universo. Se Ele reinasse em nossas
famílias e em nossa vida, automaticamente teríamos um mundo bem melhor. Nesta
celebração se encerra o Tempo Comum e todo o ano litúrgico. Neste dia
celebramos também o dia do apóstolo leigo que com sua vida inserida no mundo
leva o Reino de Deus através de sua experiência com Cristo.
EVANGELHO (Lc 23, 35-43):
Naquele tempo, os
chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo,
se, de fato, é o Cristo de Deus, o escolhido!” Os soldados também caçoavam
dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre e diziam: “Se és o rei dos judeus,
salva-te a ti mesmo!” Acima dele havia um letreiro: “Este é o rei dos judeus”.
Um dos malfeitores crucificado o insultava dizendo: “Tu não és o Cristo?
Salva-te a ti mesmo e a nós!” Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer
temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós é justo, porque
estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou:
“Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. Jesus lhe respondeu:
“Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no paraíso”.
“Jesus,
lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
O povo de Israel viveu momentos de ouro em que com
humildade aceitava a vontade de Deus que estava no centro de sua vida. No
momento em que o povo se esqueceu do eixo que produzia a verdadeira realização
social e espiritual, se perdeu e foi dominado.
Jesus
Cristo veio renovar a aliança que o povo havia perdido com o mau exemplo das
nações vizinhas que impuseram a sua cultura ao povo fazendo que eles se
esquecessem dos benefícios recebidos anteriormente quando prestavam o
verdadeiro culto a Deus.
Eles imaginavam que o Messias seria um libertador mais político do que
alguém que apresentasse novos valores relacionados com a vida do povo que já
não vivia a fraternidade por estarem empedernidos no seu próprio
individualismo.
Ficamos muito emocionados quando vemos nesta passagem a cura e a
libertação do chamado “bom ladrão” (conhecido pela tradição da Igreja como São
Dimas), que reconhece em Jesus o verdadeiro Rei. É o mistério da infinita
misericórdia de Deus que deseja profundamente nosso retorno a Ele. A
misericórdia é a porta segura de acesso ao paraíso. Mesmo que tenhamos cometido
os piores pecados o Senhor não deixa de nos amar profundamente. Nesta passagem
também temos a certeza da vida eterna após a morte caso contrário Jesus não
teria falado estas palavras e muito menos sofrido o que ele sofreu para nos
salvar. Percebemos que não existe reencarnação, pois após esta vida vamos para
o eterno.
O projeto de Deus é um projeto familiar onde todos têm oportunidade de
serem felizes partilhando a sua felicidade com os demais. O povo de Israel teve
esta experiência quando vivia em tribos e todos partilhavam as suas
existências. Deus deseja isto de nós. O reinado de Cristo deve acontecer em
nossos valores. Na transformação de nossa vida.
Temos duas atitudes que percebemos no Evangelho proposto. Um dos ladrões
reconhece sua situação e percebe em Jesus o meio para se salvar. É a atitude do
homem humilde que sempre está aberto. Da pessoa que procura se renovar mesmo
dentro de suas limitações humanas. O outro homem está fechado em sua própria
vida e exige de Deus uma mudança sem a sua colaboração. Esta é a falsa
religiosidade que está implantada hoje. Queremos de Deus algo sem o nosso
desprendimento. Queremos o bem pela via do mal. Deus é objeto de nossas
realizações humanas.
O reino de Deus é um reino de humildade. Só os que reconhecem o imenso
amor que Deus sente por nós, poderão fazer parte desta nova vida. Em todos os
momentos de nossa vida, sejam eles bons ou maus, devemos nos recordar que
estamos na presença de Deus. Não temos que nos preocupar tanto com o que outros
pensam e falam de nós, mas sim de que estamos sobre o olhar amoroso de Deus.
Nossa existência tem uma finalidade: Amar e servir a Deus e aos irmãos.
“Senhor Jesus! Venha Reinar em nossa vida e em
nossos corações.”
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