“AQUELES
QUE PRATICAREM O BEM RESSUSCITARÃO NO ÚLTIMO DIA”.
Estamos nos
aproximando do final do Tempo Comum. A liturgia deste domingo nos fala do tema
da ressurreição. Hoje infelizmente muitos cristãos não têm bem clara a idéia do
que significa ressuscitar. Jesus ao se apresentar vivo para seus amigos nos
mostrou o que vai ocorrer conosco também. Após as provações desta vida iremos
viver para sempre com Deus. Esta é a grande verdade que deve ser o ponto de
referência em nossa vida. Uma idéia errada que se propaga hoje é a reencarnação.
Uma teoria que após nossa morte “retornamos” para o corpo de outra pessoa até
sermos purificados pelo nosso próprio esforço sem a participação da graça de
Deus. Esta idéia é muito difundida hoje por ser um grande anestésico em relação
a falta de espiritualidade e compromisso com a vivência evangélica. Crer na
ressurreição é viver uma vida de acordo com os valores do Evangelho. É passar
pela porta estreita da cruz de Cristo.
EVANGELHO (Lc 20, 27-38):
Naquele
tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e lhe
perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão
casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a
descendência para seu irmão. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu,
sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E
assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim morreu também a
mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram
casados com ela”. Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as
mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos
e participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e
já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus,
porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na
passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac
e o Deus de Jacó’. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem
para Ele”.
“Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para
Ele”.
Quando vemos em nossa sociedade tanta disputa, tanta
concorrência, uns querendo ser mais do que os outros e ao mesmo tempo nos
deparamos com a realidade da morte. Dela ninguém pode se esquivar. Por esta
razão o nosso ideal não pode estar nesta vida transitória. Percebemos que nada
tem valor neste mundo a não ser tentar descobrir o que o Senhor nos pede e
fazer sua vontade. Onde está o tesouro que procuramos? Se confiarmos nas honras
e riquezas deste mundo não iremos encontrar a paz definitiva que se encontra na
união com Deus.
A
resposta a todos estes questionamentos podemos encontrar através da Fé na
ressurreição de Cristo e na nossa futura ressurreição. A Fé ultrapassa a
barreira do egoísmo implantado no mundo pela ganância humana. O que vivemos no
tempo presente não é o paraíso. Esta vida momentânea é uma preparação para a
vida definitiva. Precisamos rechear a nossa existência de amor a Deus e ao
próximo como se fosse nós mesmos. Não podemos nos cansar de praticar o bem. A
morte para o cristão é a porta da vida. É o amadurecimento definitivo de sua
existência. Se todos nós nos direcionássemos a realidade da ressurreição a
nossa sociedade seria diferente. Os apegos as coisas do mundo fecham nosso
coração e tiram nossa sensibilidade para vermos o amor que o nosso Criador tem
por nós.
O
cristão vive pela Fé selecionando os valores que são de acordo com Cristo e
afastando de sua vida o que pode lhe transformar em um egoísta. A experiência
de ressurreição é uma experiência de amor universal que se partilha para todos.
Ela é um processo que não acontece de uma hora para outra. É um despojamento do
superficial para se assumir o real.
Na
vida de Santa Teresinha do Menino Jesus percebemos o quanto ela foi
amadurecendo na participação do mistério de Cristo que vai nos jogando
automaticamente para um amor universal despreocupado consigo e preocupado com Deus
e com os irmãos.
Temos
a certeza de que Deus não iria nos criar para tão pouco, pois esta vida é muito
rápida. Por esta razão não podemos perder tempo com “coisas pequenas”, pois
tudo isto passa muito rápido. O nosso coração deve se voltar para o Eterno e
permanente.
Os
saduceus não queriam acreditar na ressurreição, pois era um mau negócio para
eles que viviam uma vida de proveito da situação de opressão do povo de Israel.
Hoje muitas pessoas preferem se afastar desta realidade ou crer numa possível e
fantasiosa reencarnação. Algumas religiões vêm tentar preencher os vazios
interiores que só o Cristo ressuscitado poderá curar. A grande mídia procura
nos afastar da verdade e nos leva ao mundo da mentira fazendo que sejamos
materialistas e confiemos nas riquezas e nas vaidades do mundo. Sem a
experiência da cruz não passaremos pela experiência da ressurreição. Esta cruz
vai mudando no decorrer da nossa vida. Temos que ter muita força e alegria,
coragem e sermos pessoas de oração para vencermos a ilusão do mundo que tenta
nos corromper com falsas idéias.
“Senhor Jesus nos ajude a entender o sentido desta vida através de
sua ressurreição”.
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