segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ESTAR PREPARADOS





“DEVEMOS ESTAR PREPARADOS PARA A VINDA DE JESUS NA TENTATIVA DE CONCRETIZAR NO MUNDO OS VALORES DE CRISTO”.

Estamos iniciando um novo ano litúrgico. O tempo do advento nos prepara para a grande finalidade do cristianismo: receber o Cristo Glorioso com as mãos cheias de bondade vividas em nossa breve existência. Neste tempo também nos preparamos para o Santo Natal onde recordamos o grande gesto de humildade de Jesus que vem habitar no meio de nós. Devemos estar sempre preparados. Esta preparação consiste na associação dos valores do Evangelho com o que vivemos em nosso dia a dia. Jesus neste primeiro Domingo do Advento nos convida a estarmos atentos. Prontos para recebê-lo com aquilo que construímos auxiliados pela graça de Deus. Devemos negar todo materialismo e assumir os valores de Cristo sendo seus verdadeiros discípulos. O mundo já está derrotado em suas próprias ilusões quando deixa de lado o Criador para se apegar as criaturas caindo no relativismo.



EVANGELHO (Mt 24, 37-44):

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. Pois nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E eles nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e outra será deixada. Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor. Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.



“Ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.

O que significa estar preparado? Podemos perceber no Evangelho que não são todos que irão participar do Reino de Deus. Na realidade, não é Ele que faz esta seleção, mas somos nós que podemos, através de nossa liberdade, direcionar a nossa vida no sentido errado. O amor de Deus tem a mesma intensidade para todos. O que faz a diferença é a maneira como o recebemos e cultivamos em nossa vida. Somos desafiados a termos uma sensibilidade profunda que é capaz de ler os sinais de Deus. Quando nos isolamos no materialismo passamos a amar mais a criatura do que o Criador. Começamos a viver de fábulas ilusórias. A pessoa quando foge do essencial começa a criar substitutivos alienantes para sua vida. Daí percebemos a cegueira que as pessoas vivem ao serem dominadas pela mídia.
Cristo quer de nós uma vida sadia, cheia de solidariedade no amor. Vivida na participação de todos os dons que recebemos de Deus. Muitas vezes vamos criando ídolos pessoais que nos afastam do objetivo de nossa vida. O ídolo é uma auto mentira que fazemos para nós mesmos. Adoramos quem não merece ser adorado. O pior é que quando vivemos neste estágio de vida queremos que outras pessoas também o vivam. Achamos que estamos totalmente certos.
Estamos em um processo de conversão. Devemos aceitar esta realidade se queremos ser felizes. Deus nos criou para Ele, não podemos nos afastar desta realidade. Estamos marcados por um grande relativismo que nos afasta do sentido mais profundo de nossa vida.
O cristão deve estar atento ao bem e ao mal. Através de sua vida vivida na prática do bem não se deve iludir com os bens imediatos. Não sabemos a hora que o Senhor irá vir. Não podemos nos preocupar com esta realidade, mas sim nos preocupar com o que fazermos em nossa vida concreta. A essência da mensagem de Cristo é o amor. Quem procurar permanecer neste amor estará isento do medo da verdade que vai nos libertando. A nossa luta deve ser no aumento da sensibilidade do amor imenso que Deus sente por nós.
Hoje existem muitas pessoas perdidas em uma busca de prazeres momentâneos que vão simplesmente esvaziando os seus corações. Cada um de nós deve tentar fazer a sua parte. Através do testemunho de sermos felizes por conhecermos a proposta de Jesus e procurarmos, dentro de nossas limitações, a sua concretização vamos mudando os corações endurecidos das pessoas que não se abrem a Deus.
A preparação para a vinda do Senhor deve ser diária. Cada passo deve ser assumido na prática do bem. Não podemos nos deter em nossa satisfação pessoal, mas sim no que Ele nos pede.



“Vem Senhor Jesus restaurar a nossa vida para podermos esperá-lo com muita alegria”.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

 


“JESUS CRISTO É O SOBERANO REI DE TODO UNIVERSO”.

Desde crianças lemos algo sobre os reis e suas histórias fantásticas. Reis que eram bons e maus. Os que se interessavam pelo bem comum e os que eram indiferentes. Desinteressados com o bem do povo. Qual é a finalidade da verdadeira monarquia? O rei era ungido para defender o povo, para estar ao lado dos mais fracos. Deveria fazer o possível para que todos se sentissem bem. A celebração deste domingo recorda Jesus Cristo, Rei do universo. Se Ele reinasse em nossas famílias e em nossa vida, automaticamente teríamos um mundo bem melhor. Nesta celebração se encerra o Tempo Comum e todo o ano litúrgico. Neste dia celebramos também o dia do apóstolo leigo que com sua vida inserida no mundo leva o Reino de Deus através de sua experiência com Cristo.



EVANGELHO (Lc 23, 35-43):

Naquele tempo, os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o escolhido!” Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” Acima dele havia um letreiro: “Este é o rei dos judeus”. Um dos malfeitores crucificado o insultava dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!” Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no paraíso”.

 

“Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.

O  povo de Israel viveu momentos de ouro em que com humildade aceitava a vontade de Deus que estava no centro de sua vida. No momento em que o povo se esqueceu do eixo que produzia a verdadeira realização social e espiritual, se perdeu e foi dominado.
Jesus Cristo veio renovar a aliança que o povo havia perdido com o mau exemplo das nações vizinhas que impuseram a sua cultura ao povo fazendo que eles se esquecessem dos benefícios recebidos anteriormente quando prestavam o verdadeiro culto a Deus.
Eles imaginavam que o Messias seria um libertador mais político do que alguém que apresentasse novos valores relacionados com a vida do povo que já não vivia a fraternidade por estarem empedernidos no seu próprio individualismo.
Ficamos muito emocionados quando vemos nesta passagem a cura e a libertação do chamado “bom ladrão” (conhecido pela tradição da Igreja como São Dimas), que reconhece em Jesus o verdadeiro Rei. É o mistério da infinita misericórdia de Deus que deseja profundamente nosso retorno a Ele. A misericórdia é a porta segura de acesso ao paraíso. Mesmo que tenhamos cometido os piores pecados o Senhor não deixa de nos amar profundamente. Nesta passagem também temos a certeza da vida eterna após a morte caso contrário Jesus não teria falado estas palavras e muito menos sofrido o que ele sofreu para nos salvar. Percebemos que não existe reencarnação, pois após esta vida vamos para o eterno.
O projeto de Deus é um projeto familiar onde todos têm oportunidade de serem felizes partilhando a sua felicidade com os demais. O povo de Israel teve esta experiência quando vivia em tribos e todos partilhavam as suas existências. Deus deseja isto de nós. O reinado de Cristo deve acontecer em nossos valores. Na transformação de nossa vida.
Temos duas atitudes que percebemos no Evangelho proposto. Um dos ladrões reconhece sua situação e percebe em Jesus o meio para se salvar. É a atitude do homem humilde que sempre está aberto. Da pessoa que procura se renovar mesmo dentro de suas limitações humanas. O outro homem está fechado em sua própria vida e exige de Deus uma mudança sem a sua colaboração. Esta é a falsa religiosidade que está implantada hoje. Queremos de Deus algo sem o nosso desprendimento. Queremos o bem pela via do mal. Deus é objeto de nossas realizações humanas.
O reino de Deus é um reino de humildade. Só os que reconhecem o imenso amor que Deus sente por nós, poderão fazer parte desta nova vida. Em todos os momentos de nossa vida, sejam eles bons ou maus, devemos nos recordar que estamos na presença de Deus. Não temos que nos preocupar tanto com o que outros pensam e falam de nós, mas sim de que estamos sobre o olhar amoroso de Deus. Nossa existência tem uma finalidade: Amar e servir a Deus e aos irmãos.

 

“Senhor Jesus! Venha Reinar em nossa vida e em nossos corações.”









domingo, 10 de novembro de 2013

PERSEVERAR NA FÉ



“DEVEMOS PERMANECER FIRMES NA FÉ EM MEIO AS TRIBULAÇÕES DECORRENTES DE NOSSA OPÇÃO POR JESUS CRISTO”.

Nossa preocupação como cristãos deve ser a vivência do amor dentro da realidade onde nos encontramos. Veremos muitos males provocados pela incompetência do homem na tentativa de fazer o mais correto. Devemos permanecer firmes na fé na prática do bem em meio a tudo o que acontece. Os cristãos devem ser agentes de transformação da sociedade através do anúncio da presença do Cristo Ressuscitado dentro do mundo. Quanto mais o homem se afasta de Deus, mais provoca desgraças destruindo a si mesmo, a natureza e seus semelhantes. Infelizmente são muitas as pessoas hoje iludidas com as mentiras da grande mídia que pinta um mundo longe do Criador. Um mundo da indiferença que leva a humanidade ao sofrimento. Onde está a felicidade prometida pelos que mantém as ideologias do mundo?


 

EVANGELHO (Lc 21, 05-19):
Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. Mas eles perguntaram: Mestre, quando acontecerá tudo isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais esta gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. Antes porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues as sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo de vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”



“É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”

Aderir ao projeto de Jesus Cristo significa atrair “complicações” para nós. Jesus não veio nos trazer uma teoria sobre a vida após a morte. Ele demonstrou com sua morte e ressurreição que a nossa vida não é uma mera coincidência. Estamos nos preparando para o eterno. Por esta razão precisamos assumir os valores que ele nos deixou que muitas vezes não coincidem com o que o mundo vive.

Quando a pessoa humana não sabe qual é o sentido de sua vida se deixa manipular pelo materialismo existencial, ou seja, a idéia de que o que importa é a nossa satisfação momentânea. Isto acarreta no individualismo que é totalmente contrário ao Reino de Deus que Jesus Cristo veio implantar. Por que será que só a Igreja Católica é perseguida? E por que será que só na Igreja católica sabemos da existência de Milagres (Sinais) que a ciência humana não pode explicar? Será tudo uma mera coincidência ou é porque ela age conforme a graça do Espírito Santo? A perseguição é um sinal positivo, porque se a Igreja não fosse de Jesus Cristo que morreu na cruz, foi desprezado e ressuscitou ela não estaria vivendo a sua missão contraditória no mundo.

O materialismo nunca irá coincidir com a realidade da ressurreição de Jesus porque a nossa confiança está no que há de vir e não nesta realidade momentânea que nunca irá nos satisfazer totalmente.

Jesus Cristo o Filho de Deus veio nos apresentar um projeto de vida que tem como finalidade nos dar a verdadeira realização e o reconhecimento que somos filhos muito amados de Deus. Seguimos a Cristo na alegria e na tristeza sendo que sentimos em nosso interior uma felicidade, uma paz que o mundo é incapaz de experimentar por se fechar em seu próprio egoísmo. Muitas pessoas tentaram e tentam alcançar esta felicidade, mas a fonte da verdadeira realização está em nosso contato íntimo com Deus através da descoberta constante da sua vontade em nossa vida.

Não existe como aceitar a Cristo sem aceitar as perseguições e dificuldades que a busca de uma vida nova produz. A perseverança é fundamental para podermos estar preparados para o momento final de nossa existência terrena.

Muitas pessoas hoje querem falar em nome de Jesus. Mais assustam, com seu subjetivismo, do que colaboram para um crescimento da comunidade. Não devemos buscar respostas no sobrenatural produzido por nossas motivações fantasiosas. Em primeiro lugar devemos amar aquilo que o Senhor deixou para nós em sua Santa Igreja. É na prática das virtudes da fé, esperança e caridade no dia a dia de nossa vida que iremos nos santificar.

A verdadeira alegria dos filhos de Deus só se poderá alcançar remando contra a correnteza de egoísmo implantada neste mundo pelo pecado. A perseguição é conseqüência da vida do que assume a Cristo na sua totalidade.

Hoje as pessoas estão tentando fugir do materialismo admitindo a necessidade de alguma religião. Infelizmente procuram “substitutivos alienantes” deixando de lado a prática de uma verdadeira espiritualidade. A luta do cristão nesta vida é perseverar nos “valores perenes” apresentados por Jesus Cristo. A concretização destes valores muitas vezes se volta contra nós mesmos nas perseguições que enfrentamos. Neste momento devemos olhar em primeiro lugar para o nosso interior não nos deixando levar pelo mais fácil.

As acusações humanas que possam nos fazer no seguimento de Cristo não podem nos abalar. Devemos temer os relativismos que podem nos levar a uma prática egocêntrica que se fecha à ação da Graça de Deus em nós.


“Senhor Jesus! Fortalecei-nos em meio as tribulações que enfrentamos em nosso caminhar”.







segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A VERDADE DA RESSURREIÇÃO


 


“AQUELES QUE PRATICAREM O BEM RESSUSCITARÃO NO ÚLTIMO DIA”.

Estamos nos aproximando do final do Tempo Comum. A liturgia deste domingo nos fala do tema da ressurreição. Hoje infelizmente muitos cristãos não têm bem clara a idéia do que significa ressuscitar. Jesus ao se apresentar vivo para seus amigos nos mostrou o que vai ocorrer conosco também. Após as provações desta vida iremos viver para sempre com Deus. Esta é a grande verdade que deve ser o ponto de referência em nossa vida. Uma idéia errada que se propaga hoje é a reencarnação. Uma teoria que após nossa morte “retornamos” para o corpo de outra pessoa até sermos purificados pelo nosso próprio esforço sem a participação da graça de Deus. Esta idéia é muito difundida hoje por ser um grande anestésico em relação a falta de espiritualidade e compromisso com a vivência evangélica. Crer na ressurreição é viver uma vida de acordo com os valores do Evangelho. É passar pela porta estreita da cruz de Cristo.


EVANGELHO (Lc 20, 27-38):

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para seu irmão. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”. Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para Ele”.


“Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para Ele”.

Quando vemos em nossa sociedade tanta disputa, tanta concorrência, uns querendo ser mais do que os outros e ao mesmo tempo nos deparamos com a realidade da morte. Dela ninguém pode se esquivar. Por esta razão o nosso ideal não pode estar nesta vida transitória. Percebemos que nada tem valor neste mundo a não ser tentar descobrir o que o Senhor nos pede e fazer sua vontade. Onde está o tesouro que procuramos? Se confiarmos nas honras e riquezas deste mundo não iremos encontrar a paz definitiva que se encontra na união com Deus.
A resposta a todos estes questionamentos podemos encontrar através da Fé na ressurreição de Cristo e na nossa futura ressurreição. A Fé ultrapassa a barreira do egoísmo implantado no mundo pela ganância humana. O que vivemos no tempo presente não é o paraíso. Esta vida momentânea é uma preparação para a vida definitiva. Precisamos rechear a nossa existência de amor a Deus e ao próximo como se fosse nós mesmos. Não podemos nos cansar de praticar o bem. A morte para o cristão é a porta da vida. É o amadurecimento definitivo de sua existência. Se todos nós nos direcionássemos a realidade da ressurreição a nossa sociedade seria diferente. Os apegos as coisas do mundo fecham nosso coração e tiram nossa sensibilidade para vermos o amor que o nosso Criador tem por nós.
O cristão vive pela Fé selecionando os valores que são de acordo com Cristo e afastando de sua vida o que pode lhe transformar em um egoísta. A experiência de ressurreição é uma experiência de amor universal que se partilha para todos. Ela é um processo que não acontece de uma hora para outra. É um despojamento do superficial para se assumir o real.
Na vida de Santa Teresinha do Menino Jesus percebemos o quanto ela foi amadurecendo na participação do mistério de Cristo que vai nos jogando automaticamente para um amor universal despreocupado consigo e preocupado com Deus e com os irmãos.
Temos a certeza de que Deus não iria nos criar para tão pouco, pois esta vida é muito rápida. Por esta razão não podemos perder tempo com “coisas pequenas”, pois tudo isto passa muito rápido. O nosso coração deve se voltar para o Eterno e permanente.
Os saduceus não queriam acreditar na ressurreição, pois era um mau negócio para eles que viviam uma vida de proveito da situação de opressão do povo de Israel. Hoje muitas pessoas preferem se afastar desta realidade ou crer numa possível e fantasiosa reencarnação. Algumas religiões vêm tentar preencher os vazios interiores que só o Cristo ressuscitado poderá curar. A grande mídia procura nos afastar da verdade e nos leva ao mundo da mentira fazendo que sejamos materialistas e confiemos nas riquezas e nas vaidades do mundo. Sem a experiência da cruz não passaremos pela experiência da ressurreição. Esta cruz vai mudando no decorrer da nossa vida. Temos que ter muita força e alegria, coragem e sermos pessoas de oração para vencermos a ilusão do mundo que tenta nos corromper com falsas idéias.



“Senhor Jesus nos ajude a entender o sentido desta vida através de sua ressurreição”.