segunda-feira, 17 de junho de 2013

A VITÓRIA DA RENÚNCIA DE NÓS MESMOS




“PARA SEGUIRMOS A CRISTO, PRECISAMOS SABER RENUNCIAR AO NOSSO EGOÍSMO”.

Jesus exige de seus seguidores a capacidade de deixarem tudo pelo Reino. Quando dizemos sim ao projeto de Deus, devemos saber dizer não ao nosso projeto particular. A nossa vida é um grande mistério, o conhecimento de Jesus irá definir em plenitude o que nós somos. O tema da renúncia sempre foi muito bem elaborado em toda a espiritualidade cristã. Ela, na realidade deve nos levar ao amor maior, a verdadeira prática do bem. A vida de Cristo foi um sacrifício pela nossa salvação e nós não alcançaremos a santidade sem oferecer a Deus as nossas dificuldades e provações que na realidade servem para crescermos no reconhecimento do que somos e de quem é Deus para nós.



EVANGELHO (Lc 09, 18-24):


Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isto a alguém. E acrescentou: “O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará".



“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me”.

O tema da renúncia faz parte integrante do cristianismo desde o seu princípio. O próprio Cristo nos dá o exemplo de renúncia quando oferece a sua vida para nos salvar. A pergunta que fica é sempre relacionada com a finalidade última da pessoa humana. Estamos em uma peregrinação. A fé cristã tem base no fato da ressurreição de Jesus e a nossa futura ressurreição onde viveremos em plenitude o que hoje vivemos limitados.
Jesus faz a pergunta aos seus discípulos para ver se eles teriam a coragem de deixar tudo pelo projeto de Deus. A linguagem usada por Ele sempre é misteriosa, não conseguimos ler de forma objetiva. Deus nos fala na nuvem. Por esta razão pela fé iremos entender qual é o sentido de renunciarmos as coisas que aparentemente são boas por um bem maior. É como ver um bordado do lado do avesso. Não tem graça, mas quando virado se vê a arte que foi bordada. As  vezes Deus não mostra o lado direito e quer ver nossa fé nos momentos mais difíceis.
Devemos analisar a consequência daquilo que iremos optar. Se fizermos o bem com sacrifício renunciando a nós mesmos, seremos mais felizes. Se obedecermos aos nossos instintos e formos levados pelas alegrias momentâneas que o mundo oferece, viveremos em uma constante angústia. É isto que tem experimentado a nossa sociedade cheia de sofrimento e depressão. Quer encher o vazio existencial com coisas que só aumentam o seu vazio.
O amor exige sofrimento. Quando amamos de verdade precisamos “deixar” muitas coisas por aquilo que temos preferência, não podemos abraçar tudo. São João da Cruz nos diz que se quisermos o Tudo, devemos ir pelo nada. A felicidade é um processo de amorização de nossa vida quando a vontade de Deus se coincide com a nossa vontade.
Deus nos ama porque “saiu” de si para construir o homem criando-o à sua imagem e semelhança. Este é o grande mistério que envolve toda a nova perspectiva cristã que se opõe ao relativismo de nosso mundo. Devemos ser corajosos em nossa opção lutando sempre pela estabilidade no amor dentro da instabilidade de nossa vida.



"Senhor Jesus, fazei que saibamos renunciar a nós mesmos para vivermos os seus valores e sermos mais felizes junto com nossos irmãos”.

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