segunda-feira, 24 de junho de 2013

FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO


“SÃO PEDRO E SÃO PAULO SÃO EXEMPLOS DE FIRMEZA NA FÉ”.


O exemplo de Pedro e Paulo, grandes expoentes do cristianismo, nos motivam a continuarmos firmes na fé. Até hoje a amizade destes dois homens com Jesus, embora em níveis diferentes, tem uma repercussão de grande vulto na história da humanidade. Percebemos em suas vidas duas formas distintas de seguimento de Jesus Cristo: Pedro foi discípulo direto de Jesus. Teve uma experiência de amizade e convivência com o Senhor. Paulo de “perseguidor” se torna anunciador da doutrina de Cristo através de sua experiência no caminho de Damasco. O Espírito Santo transformou sua vida. De grande conhecedor da lei judaica e de sua ortodoxia passa a ser um anunciador assíduo da verdade da presença de Jesus Ressuscitado. Os dois foram martirizados por se entregarem totalmente no seguimento do Senhor. Deus não escolhe os melhores, mas melhora os escolhidos. Vai modelando a vida daqueles que querem segui-lo com coragem e alegria.




EVANGELHO: (Mt 16, 13-19)

Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou alguns dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz é tu, Simão filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei a chave do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.


“Feliz é tu, Simão filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja”.

Esta afirmação do Senhor Jesus a Pedro nos dá uma grande alegria e segurança e ao mesmo tempo um grande comprometimento com a realidade do seguimento de Cristo. Pedro recebe uma missão impossível pela sua capacidade e fragilidade, mas possível pelo poder do Espírito Santo que faz nova todas as coisas. Sua afirmação: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” confirma sua unção e sua futura missão de chefe da Igreja. Ela não tem origem humana, mas sim divina. A partir deste momento Pedro é escolhido para dar continuidade ao anúncio do Evangelho de Cristo em sua missão. O cristianismo se caracteriza pela tomada de consciência da importância da vida comunitária com a presença do Senhor Ressuscitado que a fomenta no amor. É um mistério pessoal de encontro com Cristo que se estende a toda comunidade dos que professam a fé no Ressuscitado.
A Igreja é uma sociedade dos que acreditam no mistério da presença de Deus Trindade dentro da história. O processo de aceitação do mistério cristão acontece dentro de uma relação comunitária. Aí encontramos o fato de que a Igreja de Cristo sempre será “perseguida” especialmente pela grande mídia que tem como característica o individualismo anti comunitário querendo levar as pessoas ao relativismo para que se tornem consumidoras de produtos que levam à alegria superficial. Os valores cristãos não são aceitos pela sociedade de consumo porque levam a partilha e a solidariedade. A Igreja sempre será uma pedra no sapato daqueles que se deixam guiar pelas suas paixões.
Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. Já ouvimos muitas vezes este ditado e podemos perceber que é real tratando da vocação de Pedro. Era um pescador com pouca cultura, um homem simples. Sendo que possuía uma característica essencial para os que querem seguir a Cristo: era sensível ao plano de Deus, cultivava em profundidade a sua crença e sua amizade. Percebeu aos poucos e especialmente após a experiência de Pentecostes que somos realmente amados por Deus. A nossa vida não é uma mera coincidência. Há muitos intelectuais na Igreja e poucos que cultivam uma amizade profunda com Cristo que leva automaticamente até uma profunda conversão.
O mistério vocacional de Pedro se perde na história. Não sabemos o que motivou este homem a deixar tudo e seguir ao Senhor. Provavelmente, ele teve muitos momentos de dúvidas e sofrimentos sendo que jamais errou em suas decisões em relação à Igreja depois que recebeu o Espírito Santo a partir de Pentecostes. Ele soube deixar tudo para assumir o Tudo. Deixou o perecível para abraçar o imperecível.
Junto a Pedro celebramos a festa de Paulo. Um homem completamente diferente do primeiro, mas que soube acolher a vontade de Deus com a mesma sensibilidade. De perseguidor se torna anunciador de Cristo. Ele irá anunciar destemidamente a Boa Nova do Reino. É ele que dará corpo a toda à doutrina sobre o entendimento da pessoa de Jesus e sua missão. As pessoas que se fecham em suas ideologias materialistas jamais irão ler o que Paulo escreveu, pois ele nos apresenta a pura verdade em relação a nossa salvação. Jamais a grande mídia vai apresentar Paulo, porque sabe de sua importância e da verdade que escreve. Percebemos muitos escritos hoje que procuram desfazer a Igreja. Os individualistas jamais irão escrever algo sobre Paulo e sua conversão, pois ele atinge o cerne dos problemas da pessoa humana. Sua doutrina leva a verdadeira libertação dos apegos humanos para a valorização do essencial.
Quando buscamos humildemente a verdade somos tomados pela força de Deus nos tornando livres para anunciá-lo. A liberdade está unida a verdade juntamente com a Graça de Deus. Paulo também abandona seu “prestígio” para concretizar a vontade de Deus. Perde sua vida física pela coerência com a mensagem de Jesus. Hoje estamos carentes de pessoas que levam a sério a mensagem de Cristo em nível de experiência e não como mera teoria. O seguimento envolve toda vida da pessoa. Não é uma parte intelectual ou social, é um todo que absorve toda nossa ação.
O compromisso com a verdade pode nos levar a morte física, mas nos torna livres na eternidade. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo no monte Vaticano em Roma. Paulo foi decapitado fora dos muros de Roma. Tanto Pedro como Paulo foram pessoas limitadas, mas que levaram a sério o sentido de sua vocação. A humanidade precisa dos santos. De pessoas que levem até as últimas consequências a sua opção fundamental. Seu ideal de concretização da vontade de Deus em suas vidas.
Estamos numa grande crise de Fé que desemboca numa crise de relacionamento. O homem caminha para sua própria ruína quando pensa só em si mesmo sem partilhar sua vida com os demais. O “individualismo competitivo” pregado pela maioria dos meios de comunicação mina as bases do relacionamento humano. O exemplo destes dois homens deve nos arrastar a prática solidária do bem dentro da comunidade.
A busca da verdade e do bem faz que percebamos o quanto somos amados por Deus. Passamos a ter certeza que esta nossa existência é uma preparação para a vida definitiva. É o Divino Espírito Santo que nos dá o contato com esta realidade.


“Nós te pedimos Senhor a coragem e a alegria dos Apóstolos para vos seguir com alegria dentro das trevas do individualismo moderno”.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A VITÓRIA DA RENÚNCIA DE NÓS MESMOS




“PARA SEGUIRMOS A CRISTO, PRECISAMOS SABER RENUNCIAR AO NOSSO EGOÍSMO”.

Jesus exige de seus seguidores a capacidade de deixarem tudo pelo Reino. Quando dizemos sim ao projeto de Deus, devemos saber dizer não ao nosso projeto particular. A nossa vida é um grande mistério, o conhecimento de Jesus irá definir em plenitude o que nós somos. O tema da renúncia sempre foi muito bem elaborado em toda a espiritualidade cristã. Ela, na realidade deve nos levar ao amor maior, a verdadeira prática do bem. A vida de Cristo foi um sacrifício pela nossa salvação e nós não alcançaremos a santidade sem oferecer a Deus as nossas dificuldades e provações que na realidade servem para crescermos no reconhecimento do que somos e de quem é Deus para nós.



EVANGELHO (Lc 09, 18-24):


Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isto a alguém. E acrescentou: “O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará".



“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me”.

O tema da renúncia faz parte integrante do cristianismo desde o seu princípio. O próprio Cristo nos dá o exemplo de renúncia quando oferece a sua vida para nos salvar. A pergunta que fica é sempre relacionada com a finalidade última da pessoa humana. Estamos em uma peregrinação. A fé cristã tem base no fato da ressurreição de Jesus e a nossa futura ressurreição onde viveremos em plenitude o que hoje vivemos limitados.
Jesus faz a pergunta aos seus discípulos para ver se eles teriam a coragem de deixar tudo pelo projeto de Deus. A linguagem usada por Ele sempre é misteriosa, não conseguimos ler de forma objetiva. Deus nos fala na nuvem. Por esta razão pela fé iremos entender qual é o sentido de renunciarmos as coisas que aparentemente são boas por um bem maior. É como ver um bordado do lado do avesso. Não tem graça, mas quando virado se vê a arte que foi bordada. As  vezes Deus não mostra o lado direito e quer ver nossa fé nos momentos mais difíceis.
Devemos analisar a consequência daquilo que iremos optar. Se fizermos o bem com sacrifício renunciando a nós mesmos, seremos mais felizes. Se obedecermos aos nossos instintos e formos levados pelas alegrias momentâneas que o mundo oferece, viveremos em uma constante angústia. É isto que tem experimentado a nossa sociedade cheia de sofrimento e depressão. Quer encher o vazio existencial com coisas que só aumentam o seu vazio.
O amor exige sofrimento. Quando amamos de verdade precisamos “deixar” muitas coisas por aquilo que temos preferência, não podemos abraçar tudo. São João da Cruz nos diz que se quisermos o Tudo, devemos ir pelo nada. A felicidade é um processo de amorização de nossa vida quando a vontade de Deus se coincide com a nossa vontade.
Deus nos ama porque “saiu” de si para construir o homem criando-o à sua imagem e semelhança. Este é o grande mistério que envolve toda a nova perspectiva cristã que se opõe ao relativismo de nosso mundo. Devemos ser corajosos em nossa opção lutando sempre pela estabilidade no amor dentro da instabilidade de nossa vida.



"Senhor Jesus, fazei que saibamos renunciar a nós mesmos para vivermos os seus valores e sermos mais felizes junto com nossos irmãos”.

domingo, 9 de junho de 2013

JESUS E A MULHER PECADORA


 

“A EXPERIÊNCIA DE DEUS NOS LEVA À EXPERIÊNCIA DE PERDÃO”.

Neste XI domingo do tempo comum somos convidados a refletir sobre o tema da aceitação do próximo na vivência do mandamento do amor. Quanto mais amamos, mais perdoamos e nos sentimos perdoados e capazes de ter uma visão nova da realidade. O mundo está sofrendo a dura consequência de seu fechamento sobre si mesmo sem descobrir as raízes da verdadeira felicidade proposta por Jesus no anúncio da Boa Nova da Salvação. Quando somos envolvidos pelo amor misericordioso de Deus não olhamos para o mundo e as pessoas com um olhar de maldade, mas de compaixão e misericórdia. Estamos em um processo de retorno ao nosso criador que nos ama infinitamente.



EVANGELHO (Lc 07, 36-08, 3):

Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é pecadora”. Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre!” “Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de parta, o outro cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”. Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação; ela porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela porém, ungiu meus pés com perfume. Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco, mostra pouco amor”. E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!” Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a boa nova do reino de Deus. Os doze iam com ele; e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.



“Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor”.


O projeto de Deus está relacionado com a salvação da pessoa. Na passagem do evangelho deste domingo percebemos que Jesus não olha as aparências, nem os títulos, nem as honras, mas sim o desejo de uma profunda conversão que começa pelo amor que nos incita à experiência de perdão. Tudo é resumido no amor. Nunca poderemos entender Deus sem penetrarmos na órbita do amor.
O fato da mulher adúltera que vai ao encontro de Jesus é muito impressionante pela atitude humilde e corajosa desta pessoa marcada pelos erros que havia cometido em sua vida e pela acolhida restauradora do Senhor em sua vida. O grande número de pecados que ela havia cometido, tendo consciência de seus atos, não lhe impediram a ir até o encontro do Senhor que iria modificar definitivamente a sua vida. Percebemos como o Senhor é infinitamente misericordioso.
A atitude de acolhida da parte de Jesus não é bem vista por um homem que se considerava justo, mas que não tinha capacidade para entender que Deus é infinitamente misericordioso. Quando nos voltamos para Deus nossa vida passa por uma profunda transformação. Somos criaturas novas. O passado deixa de imperar em nossa vida e só nos importamos pelo fato de sermos profundamente amados por Deus. Nós necessitamos de um ideal mais profundo que oriente a nossa vida. Muitas vezes nos perdemos no superficial e nos esquecemos que nosso coração só encontrará paz em Deus. Vivemos em um mundo pluralista que nos arrasta a relativizarmos os valores que são fundamentais para a nossa verdadeira realização. A ditadura do relativismo comanda as pessoas iludidas pelo poder econômico que corrompe todas as camadas da sociedade. Não é fácil viver dentro desta realidade e colocarmos os valores de solidariedade cristão dentro deste ambiente.
Os cristãos não devem julgar ninguém. Não podemos, com nossa visão limitada, conhecer as intenções mais profundas das pessoas. Por esta razão devemos ver o lado bom de cada indivíduo e procurar promovê-lo no sentido de uma profunda transformação que só acontece no reconhecimento do amor que Deus sente por nós todos.
Quando estamos dentro do processo de amorização (aceitação do amor de Deus em nós e em nossos irmãos) passamos a aceitar a todos dentro de sua realidade. Começamos a fazer o possível para promover a pessoa em seu nível original. O tema do perdão e do amor é importantíssimo para entendermos que Deus quer que todos participem de sua felicidade. Só o amor poderá construir algo em nossa vida.

"Senhor Jesus, fazei que saibamos aceitar com amor os nossos irmãos superando as suas e as nossas limitações”.

domingo, 2 de junho de 2013

CURA DO FILHO DA VIÚVA DE NAIM



“A PRESENÇA DE CRISTO RENOVA TODAS AS COISAS”.

A presença do Senhor muda todas as coisas. No evangelho deste domingo (X do tempo comum), temos um momento da manifestação da grande misericórdia do Senhor que traz novamente a vida o filho de uma pobre viúva que sem sua presença ficaria totalmente desamparada. O mundo precisa ver na presença de Jesus a verdade que liberta e faz nova todas as coisas. Onde Jesus está presente há vida e salvação. Devemos cultivar uma amizade íntima com Jesus, pois ele está no meio de nós. Precisamos anunciar ao mundo esta verdade e vivermos alegres e felizes em meio às dificuldades da vida, pois este testemunho será capaz de mudar o mundo iludido com as alegrias momentâneas.



EVANGELHO (Lc 07, 11-17):

Naquele tempo, Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chore!” Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. E a notícia do fato espalhou-se pela Judéia inteira e por toda a redondeza.



“Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” O que estava morto sentou-se e começou a falar.


A presença de Jesus transforma a realidade de morte em realidade de vida. Deus cuida de nós como seus filhos. Vemos nesta atitude de Jesus a sua sensibilidade em relação a viúva que perdeu seu filho. O toque de Jesus fez que o jovem se levantasse. Podemos deduzir desta atitude que quando o Senhor está perto existe vida e alegria. Precisamos ser tocados por Jesus seguindo seus valores. O toque dele produz vida e alegria, mas é um toque exigente que nos transforma de uma vida de fechamento para uma vida de abertura.
A sociedade moderna não entende nada sobre a verdadeira qualidade de vida e da fonte de felicidade que é estar junto de Deus. Ela tenta se esconder de si mesma vivendo na mentira. Hoje temos muitas pessoas mortas espiritualmente porque não descobriram a alegria que o Divino Espírito Santo provoca em nós. As pessoas querem alcançar a felicidade sem deixar de lado aquilo que não lhes faz bem em suas raízes. Deus nos tira do fundo do poço para nos levar até Ele para sermos realmente felizes.

Para sermos “levantados” por Jesus devemos deixar de lado o que não nos faz bem. Nunca vamos poder abraçar o bem com o mal. São duas realidades totalmente opostas. Ou assumimos a vida nova no Espírito Santo assumindo o Senhorio de Jesus ou vivemos conforme o mundo e ficaremos sempre como “cadáveres ambulantes” dominados pela grande mídia. Jesus transmite vida para aqueles que se abrem livremente para a vida nova. Nós sempre teremos tentações, provações e consolações nesta vida. Mas devemos confiar na presença de Jesus para vencermos o mundo. Sempre seremos tentados pelo velho homem que cultiva nossas fraquezas, mas o grande antídoto para esta força é a grande confiança que devemos cultivar na infinita misericórdia do Senhor. Nenhum pecado pode ser maior do que o amor que Deus sente por nós e este amor deve ser o ponto de referência em nossa vida e não as nossas limitações.
Quando perseveramos com Cristo passamos por todas as tribulações momentâneas para depois alcançarmos a alegria permanente de estar sempre com o Senhor. Aos poucos vamos criando uma nova sensibilidade semelhante à de Jesus que percebeu a angústia desta mãe aflita pela perda de seu filho. Nós cristãos devemos ser especialistas no amor e na sensibilidade para com as dores de nosso próximo. Quando saímos de nós mesmos para irmos ao encontro do próximo na humildade crescemos na verdade da presença de Jesus que vai aos poucos nos transformando.



“Senhor venha nos tocar com teu amor para nos tirar da morte do pecado”.