segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Celebração dos fiéis falecidos e Santos e Santas de Deus...


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“ESTA VIDA NOS PREPARA PARA A VIDA DEFINITIVA”.

No dia dois de novembro celebramos a memória de todos os fiéis falecidos. São todos os irmãos que já foram para eternidade, que já cumpriram com sua trajetória limitada nesta vida. Ela é o maior dom que recebemos do Criador. Vamos rezar pelos nossos falecidos. Podemos aproveitar este dia para alcançarmos a graça da Indulgência Plenária em favor de algum falecido.
A nossa existência é um grande mistério de amor. Estamos neste mundo para amar e servir a Deus e aos nossos irmãos. Encontramos o sentido de nossa vida na prática do bem e no evitar o mal. A morte física é um filtro muito importante que sempre deve questionar nossas atitudes: o que estamos fazendo com o tempo mortal que Deus está nos dando? Ela nos ajuda a perceber que a maioria das pessoas se acostuma a mentir para elas mesmas se esquecendo que tudo passa. As vaidades do mundo caem por terra diante da realidade da morte. Para o que vale a fama? As honras e títulos do mundo se tudo passa e logo não estaremos mais neste mundo?

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A maioria das pessoas que pensam sobre a morte sentem certa insegurança. O que aconteceu com esta pessoa íntima que conviveu várias vezes comigo? O que vem depois desta vida? Será que vamos continuar existindo depois desta existência terrena?
Durante a história o homem sempre tentou encontrar respostas para estes questionamentos. Alguns quiseram dizer que depois desta nossa existência reencarnamos. Outros afirmavam que os diversos deuses tomariam conta da pessoa enquanto o seu cadáver estivesse incorrupto etc. Foram surgindo muitas idéias sobre a vida após a morte. Até o dia em que um homem que foi crucificado (morreu certamente); aparece para os seus amigos depois de três dias de seu sepultamento. O curso da história mudou após a ressurreição de Jesus Cristo. A partir deste momento, através do testemunho de seus amigos (apóstolos), temos a certeza de que nós também iremos ressuscitar após esta vida.
O cristianismo não é uma ideia ou uma teoria, é um fato histórico que mudou o pensamento sobre a vida após a morte. Após o dia de Pentecostes, os apóstolos começaram a anunciar o grande conteúdo da fé cristã: Jesus está vivo e ressuscitado.
Cristo deixou uma fórmula para o nosso processo de ressurreição que é a prática do bem vivendo em profundidade o mandamento do amor que sempre será um grande desafio para quem vive neste mundo.
Esta existência que estamos vivendo é uma “segunda gestação” que nos prepara para a vida definitiva. Deus não nos criou para a morte, mas para a vida. Ele é que nos salva e nos santifica. Devemos fazer o possível para correspondermos à graça de Deus para progredirmos em nosso processo de ressurreição. Nesta vida devemos nos preocupar com a nossa conversão concretizando em nossa vida o que o Senhor nos pede.
É necessário que neste dia de finados rezemos pelos nossos falecidos. A Igreja nos concede o dom da indulgência plenária para quem vai ao cemitério ou a uma igreja rezar na intenção do Santo Padre o Papa uma oração que pode ser um Creio, um Pai Nosso e uma Ave Maria. Junto é necessária a Confissão e a Santa Missa com comunhão conforme a Igreja nos prescreve. Você poderá oferecer esta oração pela salvação de uma alma que esteja no purgatório e esta pessoa irá ter a salvação imediata. É evidente que para que isto aconteça se faz necessário que estejamos em estado de graça. Com confissão e celebração da eucaristia.
Recomendamos a leitura do capítulo 15 da primeira carta de São Paulo aos Coríntios. Todo ele fala sobre a ressurreição.

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“OS SANTOS SÃO OS AMIGOS FORTES DE DEUS QUE INTERCEDEM POR NÓS”.

Neste próximo domingo celebramos a festa de todos os santos da Igreja. É a nossa festa antecipada. Pela graça de Deus estaremos todos um dia na Glória. Iremos viver a alegria permanente do eterno convívio com aqueles que procuraram ser fiéis ao que o Senhor lhes pediu. A santidade consiste na descoberta e na concretização da vontade de Deus em nossa vida. É uma busca constante de estabilidade no amor na constante instabilidade da vida. É o grande desafio de se obedecer a Deus na humildade da Fé.

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Estamos dentro de um mundo fortemente marcado pelo individualismo. Quem busca a santidade busca a fraternidade vivendo no altruísmo. Dividindo sua vida com a vida dos irmãos. Em meio a tudo isto: o que significa ser santo? Os santos podem interceder por nós que peregrinamos neste mundo em direção a eternidade?
Santo é toda pessoa que está no convívio com Deus na eternidade. Existe um grande número de santos que não foram canonizados. A Igreja canoniza somente 0,01% dos cristãos que faleceram. Considerando eles como modelo e intercessores para os cristãos que estão na Igreja Peregrina. Após um longo processo de beatificação e canonização, com a confirmação dos milagres de forma científica, determinado cristão é canonizado pelo Santo Padre o Papa. A partir deste momento podemos pedir graças por meio desta pessoa, pois são grandes amigos de Jesus. Há muita confusão em outras confissões religiosas que acham que nós católicos adoramos os santos. O que na realidade não é verdade. Temo-los como intercessores no Céu. Eles já foram provados definitivamente na Fé e hoje por estarem na Glória de Deus rezam por nós que ainda estamos nesta instabilidade da vida.
A Igreja tem uma visão comunitária da fé. Não nos salvamos e não nos condenamos sozinhos. Quando alguém, por meio da Graça de Deus, se santifica passa a ajudar aos seus irmãos a se santificarem. Isto se pode perceber claramente na Sagrada Escritura em seus grandes personagens, mesmo no Antigo Testamento.
A mãe de Jesus é a grande intercessora que foi-nos dada por Ele no momento crucial que dava a sua vida para nos salvar (Jo 19, 25-27). Maria quer que todos se salvem por saber da maravilha de se estar constantemente na presença de Deus.

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Buscar a santidade é buscar a concretização dos valores do Evangelho em nossa vida numa constante tentativa de se fazer o bem e evitar o mal. O mundo individualista precisa ser recheado com o amor de Deus que é passado pelas pessoas virtuosas que procuram amar a todos sem exceção.
Santidade é a busca constante da estabilidade no amor na constante instabilidade da vida. Não temos nesta existência uma vida plana, somos limitados. Temos a certeza que Deus nos ama acima de nossas limitações. Devemos nos empenhar em direcionar nossa liberdade na aceitação da vontade de Deus. Sermos seus amigos fortes. Estamos todos em um processo de conversão. O imediatismo presente em nossa sociedade é prejudicial para a vivência cristã porque faz que valorizemos os bens temporais acima dos bens eternos.
Nenhum santo foi reconhecido pela sociedade quando estava neste mundo, mas isto não nos deve desanimar na prática do bem. Devemos nos animar e lutar para que este mundo seja melhor através do amor, da justiça e da solidariedade que são a essência do Evangelho.




segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Cura do cego Bartimeu


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“PARA SERMOS CURADOS POR JESUS PRECISAMOS PERSEVERAR NA FÉ”.

O ato de fé exige que superemos nosso próprio egoísmo. O cego de Jericó é curado por Jesus. Soube superar-se para receber a graça de ser curado. Nós somos peregrinos nesta vida e a fé nos ajuda a descobrir o que Deus quer de nós. Somos convidados a sairmos de nossa cegueira para concretizarmos a vontade de Deus em nossa vida. O amor verdadeiro é provado na superação de nossa pequena vontade em favor da verdadeira realização para a qual fomos criados. A pior cegueira é aquela que nos faz ver as coisas do mundo acima das coisas de Deus.


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EVANGELHO (Mc 10, 46-52):

Naquele tempo, Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. Quando ouvir dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

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“O que queres que eu te faça? O cego respondeu: Mestre, que eu veja! Jesus disse: Vai, a tua fé te curou”.

Esta passagem do evangelho é cheia de significado para nós. Percebemos, em primeiro lugar, a auto superação do cego. Mesmo diante das críticas das pessoas que estavam ao seu lado, ele é movido por uma força interior que lhe diz que Jesus é capaz de lhe curar de sua cegueira interior e exterior. Aí percebemos que precisamos criar uma forte motivação para sermos salvos. Lutar contra nossas limitações para vivermos o que o Senhor nos pede. Ele quer a nossa verdadeira realização. Não só nos bens temporais, mas em primeiro lugar nos bens eternos. Por esta razão percebemos que a preocupação de Jesus está ligada mais a fé do cego do que de sua deficiência física.
A situação do cego é muito semelhante a situação que vivemos hoje. Precisamos dar o primeiro passo para nossa conversão em favor da Graça de Deus que sempre quer nos levar ao encontro do eterno. Não podemos ouvir as falas que dos que estão ao nosso lado que muitas vezes nos impedem de darmos o passo decisivo para nossa santificação.

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A confiança na cura, a fé como aceitação real do amor de Deus nos faz superar nossas limitações. O cego pede para Jesus a graça de “ver”. A visão não só física, mas a visão do amor que Deus tem pelas suas criaturas. Nós até podemos ter boa visão exterior, mas podemos estar cegos na visão interior da realidade sobrenatural de nossa existência. Quando nos entregamos a Deus sem nenhuma restrição somos curados de todos os males. A nossa parte física até não é tão importante como a nossa consciência de que somos amados pelo nosso Criador, a grande realidade de que Deus não se esquece de suas criaturas.
A fé está associada a nossa entrega e ao nosso processo de perdão. Muitas vezes nos acusamos de nossas próprias faltas. Somos nossos próprios acusadores e nos esquecemos que Deus nos ama como somos e que devemos nos recuperar a partir de seu amor. A maioria das pessoas é doente por não se reconhecerem amadas.
A cegueira pode ser o estar de acordo com a maioria que se afasta dos princípios fundamentais da vida. Hoje estamos sendo dominados pelas imagens e pelas vozes que nos jogam para trás do objetivo de nossa vida. Estamos sendo seduzidos pelo transitório. Quando somos movidos pela fé somos capazes de vencer todos os obstáculos que surgem em nossa vida para irmos ao essencial. Quando amamos de verdade somos uma bomba de força que jamais poderá ser detida.
O ato de fé do cego fez que Jesus parasse e realizasse o milagre. Podemos perceber que Deus está sempre a nossa disposição se formos conscientes em relação ao essencial. O comodismo não nos leva a nada. Precisamos fazer sempre o que o Senhor nos pede, sairmos de nós mesmos para nos superarmos. O desafio de nossa vida consiste em não nos conformarmos com nossa condição. Devemos sempre lutar pelo melhor e pela prática do bem dentro da comunidade.

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“Senhor Jesus aumentai a nossa fé para sermos curados da cegueira de nosso egoísmo”.