segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A oração do publicano e do fariseu

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 “A HUMILDADE É ANDAR NA VERDADE”.

Santa Teresa de Jesus nos diz esta frase depois de sua longa experiência de vida no Carmelo. A virtude da humildade passa a ser a chave de nosso relacionamento com Deus. Por meio dela nos abrimos a Fé e passamos a desconfiar de nossas forças para confiarmos na força da Graça de Deus. Nós somos sujeitos a falhas como pessoas humanas, mas devemos sempre seguir em frente com nossa missão sem nunca desanimar. Quando somos humildes diante de Deus, estamos colocando a nossa confiança só em sua pessoa e deixamos nosso egoísmo em segundo lugar. Deixamos de lado nossos planos pessoais para absorvermos o que Ele quer de nós.





EVANGELHO (Lc 18, 09-14):

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: “Dois homens subiram ao templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.

“Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”

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O reconhecimento das suas limitações da parte do pecador, nesta passagem do evangelho, faz com que ele saia mais justificado da oração do que aquele que se considerava justo diante de Deus. Na realidade Deus não quer uma perfeição infértil de amor em nossa vida. Mesmo que tenhamos cometido muitas vezes grandes falhas. Se formos humildes iremos nos levantar e ver o bem que podemos fazer. Deus nos ama acima de nossas limitações. Ele sabe o quanto somos frágeis, mas deseja que todos participem de sua eterna felicidade.
A passagem do evangelho é muito semelhante a parábola do filho pródigo. Aquele que mais ama é o mais feliz. Deus quer ver a nossa motivação em fazer o bem e não as falhas que acontecem nos percalços de nossa vida. O que conta é a fonte das nossas intenções que está no fundo de nosso ser. Podemos até fazer boas coisas de forma aparente, mas elas podem não ser para nosso bem. São ações isoladas de nossa vida.
Reconhecer o que somos diante de Deus é fruto da verdadeira oração que deve fazer que nós cresçamos nas virtudes. A nossa vida não pode estar alienada da realidade do que somos. Quanto mais rezamos mais percebemos a presença amorosa de Deus que é infinitamente misericordioso.
A oração do fariseu estava recheada de orgulho e soberba. Ela nos transparece a independência de Deus Criador de todas as coisas que ama o justo e o pecador e quer que todos, sem exceção, façam parte de sua felicidade.
Não podemos nos culpar e nem nos exaltar, mas devemos entregar nossa vida a Deus. Devemos ter certeza de que Ele é o mais interessado pela nossa salvação. Na realidade quando nos comunicamos com Deus nos abrimos ao amor do próximo. A falta de oração no mundo é causadora de tantos males, porque o homem se afasta de seu princípio vital e segue seu caminho independente do que dá sentido a sua vida.
Quem se eleva será humilhado, porque jamais abrirá espaço para o fundamental. O orgulho nos afasta e nos impede a comunicação com Deus. A pessoa que procura praticar a humildade favorece a ação de Deus em sua vida. Irá procurar uma comunicação de amizade. A partir deste momento acontece a transformação da pessoa.
Se a oração do fariseu fosse verdadeira, ele se voltaria para o pecador e faria o possível para que ele mudasse de vida. Ele tentaria promover e ser solidário com o irmão. Tudo o que o Senhor nos dá não nos pertence, mas deve ser colocado na promoção solidária do outro. 

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“Senhor, fazei que sejamos sempre humildes para aceitarmos o seu plano de amor em nossa vida”.

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