segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

CHAMADO E CONVERSÃO


“QUANDO ABRIMOS NOSSO CORAÇÃO AO CHAMADO DE DEUS ESTAMOS DISPOSTOS A NOS CONVERTER”.

A conversão faz parte dos que querem seguir a Cristo. Os primeiros discípulos ao abandonarem as redes para seguir a Cristo nos mostram como é importante sermos disponíveis ao Senhor para encontramos a verdadeira felicidade. O verbo deixar faz parte da vida dos que querem adquirir os bens permanentes. O chamado de Deus tem três dimensões: o chamado, a resposta e a perseverança. Todas estas dimensões fazem parte do plano misterioso de Deus em relação a nossa salvação particular e comunitária. Dar uma resposta positiva e perseverante ao plano de Deus é mais difícil do que seguir as ideias que o mundo valoriza.




EVANGELHO (Mc 01, 14-20):
Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho!” E, passando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.


“Deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus”.

Percebemos que a pregação de Jesus é semelhante à pregação de João Batista em relação ao Reino que se aproxima e sua exigência de conversão. Devemos crer na Boa Nova da Salvação para alcançarmos à verdadeira felicidade. 
Crer significa deixar. Aquele que crê em Deus fará o possível para ter atitudes que se assemelhem com Ele. Deus “sai” de sua comodidade para criar o homem com a finalidade de participar de sua felicidade. O início da pregação de Jesus já envolve o chamado dos primeiros discípulos. É um mistério para nós descobrir o que fez que estes homens com suas famílias e profissões abandonassem tudo para seguir a Jesus. A rede era o sustento de suas vidas. Junto a ela estava todo o mundo afetivo que envolvia suas vidas. Eles não hesitaram em deixar o que lhes sustentava para se entregarem totalmente ao projeto de Deus. No evangelho de João este chamado é diferente, tem como base o testemunho de João Batista que leva seus discípulos a seguir Jesus (Jo 1, 35-42). Quando Deus se revela sempre vem a missão como acréscimo. É o preço dos que encontram a felicidade em Deus.
Vivemos dentro de uma sociedade materialista que leva ao individualismo. Estamos dentro de uma “arena de competição”. Esta visão de ser humano faz que as pessoas se esqueçam do essencial e busquem as satisfações momentâneas para anseios profundos que só o relacionamento com Deus poderá preencher.
O que significa converter-se dentro da realidade que nos encontramos? O mundo criado por Deus e o ser humano feito conforme sua imagem não está nesta realidade por uma simples coincidência. Deus nos criou para Ele. A verdadeira conversão é o retorno ao projeto do Criador o que exige da nossa parte uma profunda entrega. Não fomos criados para vivermos um amor superficial. Podemos entrar em contato com nosso Criador na parte mais íntima de nosso ser.
Hoje somos convidados a deixar as redes de nosso próprio egoísmo e sermos solidários e fraternos nos tornando fonte de felicidade para nossos irmãos. O que seria de nós se os primeiros discípulos não tivessem aceitado o chamado de Deus? Somos todos chamados à santidade que é uma vida de doação na vocação que vamos assumindo em nossa vida.
O seguimento de Jesus Cristo sempre envolve toda a comunidade. Quando nos propomos de forma real e verdadeira no seguimento, outros se comovem com esta realidade que nos envolve e deixam tudo para também seguir ao Senhor. O testemunho da verdadeira alegria é capaz de mudar o mundo.


 


“Senhor Jesus, nos ajude a viver a vida nova proposta pelo seu ensinamento para nos tornarmos instrumentos de salvação para nossos irmãos”.


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