domingo, 25 de janeiro de 2015

AUTORIDADE DE JESUS

 


“AUTORIDADE NOS VEM PELA BUSCA DA VERDADE”.


Estamos dentro de uma sociedade que sofre terrivelmente pela falta de autoridades em diversos níveis. Fala-se demais e se vive pouco. Muitos planos e poucas realizações que beneficiem realmente a pessoa humana em todos os níveis. O plano de Deus é perfeito, Jesus é a verdadeira autoridade que nos mostra o caminho que nos conduz ao Pai. Ele é capaz de nos ensinar a verdade que nos tornará realmente livres. Só seremos livres quando ganharmos nossa autonomia diante de nossas fraquezas e limitações. Quando não formos dominados pela falsa idolatria do relativismo implantado no mundo pelas relações comerciais.




EVANGELHO (Mc 01, 21-28):
Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei. Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!” Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galiléia.




“Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade”.

Deus escolheu o povo de Israel para manter, após a vinda de Cristo, contato com toda a humanidade. Não existem dúvidas sobre esta revelação ou intervenção direta d’Ele na história. Com o passar do tempo o povo hebreu perdeu o sentido mais profundo dos ensinamentos de Deus. Jesus vem pregar com autoridade o Reinado de Deus. Esta autoridade vem pelo próprio fato dele ser o Filho de Deus que veio para modificar o curso da história. O  Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós. As pessoas de boa vontade irão aceitar em suas vidas esta Boa Nova se salvando e se tornando instrumento de salvação para os irmãos já que o fenômeno do cristianismo sempre acontece em cadeia, nunca de forma isolada ou particular.
Jesus vai à sinagoga para refletir sobre a Palavra de Deus e cura os que precisam ser curados ou os que se deixam curar por ele. Hoje temos muitas pessoas dominadas por vários espíritos maus que as afastam da verdade, que os fazem perder o verdadeiro sentido de suas vidas. Jesus vem nos libertar de toda falsidade ideológica pregada pelo consumismo. Não estamos neste mundo para competir, mas para partilhar nossa existência com a existência de nossos irmãos. Crescer em comunidade é a raiz da verdadeira felicidade.
Os mestres da Lei estavam perdidos porque lhes faltava a experiência de Deus. Não adianta só conhecermos a verdade se não temos capacidade de direcionar nossa vida para o que ela nos apresenta. Hoje somos carentes de cristãos que vivenciem a Palavra. Sejam um sinal de testemunho de seu efeito em suas vidas. O testemunho fala muito mais alto que a teoria. Ele é que nos dá autoridade muito mais do que o acúmulo de teorias que possamos ter sobre o que seja melhor para o ser humano.
A pessoa autônoma é a que tem autoridade. É aquela que pode se dominar. Não se deixa manipular pelo lado “mais fácil”. Os valores econômicos hoje, estão acima dos valores afetivos. Este é o grande desafio do cristianismo. Lutar por um mundo novo, fraterno sem injustiças e que todos tenham o mínimo para sobreviver.



“Senhor Jesus, fazei que abramos nosso coração ao que o Senhor nos apresenta para sermos testemunhas da verdadeira alegria”.



segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

CHAMADO E CONVERSÃO


“QUANDO ABRIMOS NOSSO CORAÇÃO AO CHAMADO DE DEUS ESTAMOS DISPOSTOS A NOS CONVERTER”.

A conversão faz parte dos que querem seguir a Cristo. Os primeiros discípulos ao abandonarem as redes para seguir a Cristo nos mostram como é importante sermos disponíveis ao Senhor para encontramos a verdadeira felicidade. O verbo deixar faz parte da vida dos que querem adquirir os bens permanentes. O chamado de Deus tem três dimensões: o chamado, a resposta e a perseverança. Todas estas dimensões fazem parte do plano misterioso de Deus em relação a nossa salvação particular e comunitária. Dar uma resposta positiva e perseverante ao plano de Deus é mais difícil do que seguir as ideias que o mundo valoriza.




EVANGELHO (Mc 01, 14-20):
Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho!” E, passando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.


“Deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus”.

Percebemos que a pregação de Jesus é semelhante à pregação de João Batista em relação ao Reino que se aproxima e sua exigência de conversão. Devemos crer na Boa Nova da Salvação para alcançarmos à verdadeira felicidade. 
Crer significa deixar. Aquele que crê em Deus fará o possível para ter atitudes que se assemelhem com Ele. Deus “sai” de sua comodidade para criar o homem com a finalidade de participar de sua felicidade. O início da pregação de Jesus já envolve o chamado dos primeiros discípulos. É um mistério para nós descobrir o que fez que estes homens com suas famílias e profissões abandonassem tudo para seguir a Jesus. A rede era o sustento de suas vidas. Junto a ela estava todo o mundo afetivo que envolvia suas vidas. Eles não hesitaram em deixar o que lhes sustentava para se entregarem totalmente ao projeto de Deus. No evangelho de João este chamado é diferente, tem como base o testemunho de João Batista que leva seus discípulos a seguir Jesus (Jo 1, 35-42). Quando Deus se revela sempre vem a missão como acréscimo. É o preço dos que encontram a felicidade em Deus.
Vivemos dentro de uma sociedade materialista que leva ao individualismo. Estamos dentro de uma “arena de competição”. Esta visão de ser humano faz que as pessoas se esqueçam do essencial e busquem as satisfações momentâneas para anseios profundos que só o relacionamento com Deus poderá preencher.
O que significa converter-se dentro da realidade que nos encontramos? O mundo criado por Deus e o ser humano feito conforme sua imagem não está nesta realidade por uma simples coincidência. Deus nos criou para Ele. A verdadeira conversão é o retorno ao projeto do Criador o que exige da nossa parte uma profunda entrega. Não fomos criados para vivermos um amor superficial. Podemos entrar em contato com nosso Criador na parte mais íntima de nosso ser.
Hoje somos convidados a deixar as redes de nosso próprio egoísmo e sermos solidários e fraternos nos tornando fonte de felicidade para nossos irmãos. O que seria de nós se os primeiros discípulos não tivessem aceitado o chamado de Deus? Somos todos chamados à santidade que é uma vida de doação na vocação que vamos assumindo em nossa vida.
O seguimento de Jesus Cristo sempre envolve toda a comunidade. Quando nos propomos de forma real e verdadeira no seguimento, outros se comovem com esta realidade que nos envolve e deixam tudo para também seguir ao Senhor. O testemunho da verdadeira alegria é capaz de mudar o mundo.


 


“Senhor Jesus, nos ajude a viver a vida nova proposta pelo seu ensinamento para nos tornarmos instrumentos de salvação para nossos irmãos”.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

EIS O CORDEIRO DE DEUS


“O SEGUIMENTO DE JESUS EXIGE AMOR E DISPONIBILIDADE”.

Quando nos dispomos a seguir Jesus Cristo, precisamos nos despojar de nosso egoísmo e de nossos projetos particulares para assumirmos os valores do Reinado de Deus que tem como característica fundamental o amor solidário. O povo de Israel oferecia sacrifícios a Deus para remir seus pecados e se comunicar intimamente com Deus. Jesus irá substituir o cordeiro imolado, pois Jesus passa a ser o cordeiro que tira os pecados do mundo. Assume a função daquele que era sacrificado no templo para assumir toda nossa culpa a fim de nos redimir com o Pai. Não existe mais desculpa para o ser humano que deve reconhecer o amor de Deus que vem até nós para nos libertar do uso errado de nossa liberdade.




EVANGELHO (Jo 01, 35-42):
Naquele tempo, João estava de novo com dois de seus discípulos e, vendo Jesus passar disse: “Eis o cordeiro de Deus!” Ouvindo essas palavras, os dois discípulos seguiram Jesus. Voltando-se para eles e vendo que o estavam seguindo, Jesus perguntou: “O que estais procurando?” Eles disseram: “Rabi (que quer dizer mestre), onde moras?” Jesus respondeu: “Vinde ver”. Foram, pois ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele. Era por volta das quatro da tarde. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus. Ele foi encontrar primeiro seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o messias” (que quer dizer Cristo). Então André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer pedra).


“Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas”.
A vocação é um chamado misterioso de Deus, uma graça que não fica isolada em nós. Sempre vai em direção ao serviço dos irmãos. Deus se serve muitas vezes de mediadores para executar o seu chamado. Percebemos nesta passagem evangélica a forte influência de João Batista que anuncia a realidade da presença de Jesus como o enviado do Pai. Os seus discípulos mudam de estágio de seguimento. Vão à busca do messias para realizarem com mais perfeição a vontade de Deus. Ocorre uma influência no seguimento quando André vem anunciar a Simão quem havia encontrado. Percebemos neste caso o mistério da resposta de Pedro. Jesus irá lhe confiar à grande missão de ser seu sucessor na Igreja. A mudança de nome significa a mudança de missão. Simão de um simples pescador irá passar a ser a pedra fundamental na edificação da Igreja. Nesta passagem percebemos como Deus age dentro da comunidade. Procura os que estão inteiramente abertos ou disponíveis ao seu chamado. Sem humildade não podemos perceber o chamado de Deus.
Jesus é o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. O sacrifício antigo que havia no templo é substituído pelo sacrifício de Jesus por todos nós. Além deste sacrifício, fica a grande mensagem de Jesus e sua ação concreta através da Igreja com a sucessão apostólica. Não podemos separar a Igreja do Cristianismo, pois são realidades iguais. Seguir a Cristo exige o seguimento da Igreja e de seu magistério. Um Cristianismo sem Igreja é vazio, pois este é o plano de Deus manifestado em Pentecostes.
Para aceitarmos plenamente a figura de Jesus em nossa vida precisamos de um dado fundamental que é a vivência da fé. Crer na possibilidade de mudança através de Jesus é fundamental para nossa realização existencial. A sociedade pensa em elaboração de projetos vazios quando deixa Deus ausente do que planeja. Ela cai em um profundo esvaziamento do essencial quando se afasta do Criador.
Jesus quer morar dentro de nosso coração através de nossa aceitação. Quando estes primeiros homens fizeram o questionamento sobre sua moradia, Jesus manda que eles vejam a realidade do seguimento que exige despojamento. O seguimento de Cristo sempre será para todos os cristãos um grande desafio.

 

“Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo curai nosso egoísmo e vaidade para podermos fazer a vontade de Deus em nossas vidas”.