segunda-feira, 3 de novembro de 2014

SOLENIDADE DA CÁTEDRA DE LATRÃO


“FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DO LATRÃO”.

Celebramos neste próximo domingo a festa da dedicação da Basílica do Latrão. Catedral da Igreja de Roma. Esta igreja tem uma grande história sendo construída no século III (314-335). Foi uma propriedade doada pelo imperador Constantino fundada pelo papa Melquíades ao lado do palácio lateranense. Através desta comemoração se revigora a presidência da Caridade que a Igreja procura viver congregando todas as igrejas do mundo. A Basílica de São João de Latrão (em italiano: San Giovanni in Laterano), localizada na Praça Giovanni Paolo II em Roma, é a Catedral do Bispo de Roma: o Papa . Seu nome oficial é Archibasilica Sanctissimi Salvatoris (Arquibasílica do Santíssimo Salvador) e é considerada a "mãe" de todas as igrejas do mundo.
A Igreja católica decidiu dedicar-lhe todos os anos o dia santo de 9 de Novembro, como forma de celebrar a unidade e o respeito para com a Sé Romana.
Como catedral da Diocese de Roma, contém o trono papal (Cathedra Romana), o que a coloca acima de todas as igrejas do mundo, inclusive da Basílica de São Pedro. Tem o título honorífico de Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput (Mãe e Cabeça de todas as Igrejas de Roma e do Mundo) * Fonte wikipedia.org


EVANGELHO (Jo 02, 13-22):

Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. No templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” Ele respondeu: “Destruí este templo, e em três dias o levantarei”. Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” Mas Jesus estava falando do templo do seu corpo. Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.




“Destruí este templo, e em três dias o levantarei”.

Jesus não despreza a longa tradição do povo de Israel. O templo era o lugar mais sagrado onde Deus habitava. Onde os sacrifícios eram oferecidos em favor do povo. Com o passar do tempo tornou-se um lugar de exploração comercial e política. Os partidos político-religiosos se aproveitavam da situação. Podemos afirmar que a relativização do templo foi um dos motivos principais da pena de morte que Jesus recebeu. Ele afirmou a ressurreição de seu corpo em três dias mostrando a importância de cada pessoa para o Criador. Jesus é o Cristo, enviado do Pai que está acima do templo material. Cada pessoa humana tem um valor infinito para o Criador. Se somos templo não iremos morrer, mas sim transformados.
Não temos nem idéia de quanto somos amados por Deus por sermos suas criaturas. Somos um templo vivo da graça do nosso Criador, Redentor e Santificador. Quando nos voltamos para o essencial em nossa vida percebemos que temos um grande valor. Toda a realidade de nossa existência se transforma. Nós, seres humanos sentimos uma necessidade profunda de amarmos e nos sentirmos amados.
Somos templo do Espírito Santo. Deus com seu amor habita em nosso ser. O mundo seria bem melhor se as pessoas tomassem consciência de que são amadas e que este amor provoca em nós um dinamismo extraordinário. Santa Teresa de Jesus compara a pessoa a um castelo que na sala mais central está presente o grande diamante do amor de Deus. Devemos fazer a longa viagem do mais externo para o mais interno de nosso ser para descobrirmos realmente o que somos.
O templo material é importante na medida em que faz que entremos em nós mesmos e percebamos o quanto somos um tesouro infinito, produto do amor da Santíssima Trindade. O espaço sagrado nos eleva e nos abre ao mistério da presença de Deus. Quando entramos em uma igreja sentimos algo que nos torna mais leves. Muitas pessoas fazem questão de entrar nas igrejas para sentirem paz. Mesmo aquelas que não têm uma prática religiosa sistemática.
Hoje há falta de unidade entre os cristãos. Existem muitas denominações religiosas que adotam o nome de Cristo. A pergunta que fica é se estamos respondendo ao apelo do Senhor de que no final dos tempos haverá um só rebanho e um só pastor. Somos convidados a buscar o essencial neste momento doloroso da nossa história. Há separações em todos os lados. Crise na proposta de comunidade solidária que é o eixo central da mensagem evangélica.
Jesus relativiza o templo não pela sua importância no sentido do culto, mas a importância absurda que se dava no comércio religioso que ele estava favorecendo. Muitas seitas hoje se aproveitam da miséria das pessoas para lucrar grande soma de dinheiro. O nome de Deus está sendo pronunciado em vão por muitos fundadores de igrejas. A pregação sobre a prosperidade material é o ponto chave destes nossos irmãos.
Precisamos nos conscientizar do essencial. Estudar muito a doutrina. Saber que a Igreja tem mais de dois mil anos de história que precisam ser analisados com calma. O que está por de trás da Igreja? Os homens com suas limitações ou o próprio Espírito Santo que passa por cima destas limitações e permanece na história.
A festa da Basílica do Latrão deve nos tornar ainda mais conscientes sobre o amor que temos que dar a nossa Igreja e ao reconhecimento de que somos também parte itinerante desta Igreja viva.


“Venha habitar em nossa vida Senhor Jesus”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário