segunda-feira, 26 de maio de 2014

ASCENSÃO DO SENHOR


“JESUS SOBE AOS CÉUS MOSTRANDO QUAL É O SENTIDO DE NOSSA VIDA”.

Celebramos neste próximo domingo a festa da “Ascensão do Senhor”. Jesus sobe ao Pai para que o Espírito Santo venha completar a obra de salvação da humanidade. O mistério do cristianismo se resume nas constantes “baixadas de Deus” em direção ao ser humano para que ele encontre o sentido de sua existência e da tentativa deste subir ao eterno em meio as suas limitações. O mundo só poderá ser melhor quando colocarmos em prática os ensinamentos de Jesus. Estamos nos preparando para a grande celebração de Pentecostes que irá nos recordar da força de amor de Deus que permanece conosco para não errarmos em nossa opção.



EVANGELHO (Mt 28,16-20):

Naquele tempo, os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes havia indicado. Quando viram Jesus, prostaram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram.
Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.


“Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.

Mesmo Jesus tendo subindo aos céus diante de seus discípulos, nos promete sua permanência junto a nós. Muitas vezes somos levados por um grande pessimismo vendo toda realidade que nos cerca e nos esquecemos que Deus está presente em nossa vida. Quando reconhecemos que Ele está conosco, somos renovados e nos sentimos mais fortes para testemunhar o amor de Deus na história. O fato da presença amorosa de Deus nos ajuda a superar nossas limitações. Não estamos nunca órfãos porque o Senhor está sempre ao nosso lado. O mundo seria melhor se tomasse consciência desta realidade.
Jesus prepara a vinda do Espírito Santo que irá nos ajudar na escolha do essencial. Muitas são as atrações que o mundo nos oferece. Quando buscamos com sinceridade a felicidade que vem do centro de nosso ser somos obrigados a nos identificar com a grande característica de Deus que é o altruísmo. Deus é amor. Ele sai de si mesmo para nos edificar. Para sermos realmente felizes devemos seguir este método.
O centro da espiritualidade cristã é uma constante busca de unidade com Deus Trindade através da pessoa de Jesus Cristo. O cultivo da presença de Deus é fundamental para tomarmos consciência da importância que temos para Ele. Muitas vezes vivemos ao redor desta grande realidade e por esta razão erramos em nossa opção. Temos um grande tesouro escondido dentro da parte mais íntima de nosso ser. O consumismo que nos consome faz que não olhemos para esta realidade, mas fiquemos só no materialismo, nas coisas que não irão permanecer. Somos desafiados através da oração sistemática a vermos o centro de nossa vida. Não nos perdermos na superficialidade.
Quando a experiência de Deus é transformante de nossa vida no sentido existencial, somos levados a chamar outras pessoas a terem a mesma experiência. Aí percebemos o nascimento do ardor missionário. Esta realidade sentimos fortemente presente na forma de vida dos santos da Igreja. Muitas vezes acabavam fundando ordens e congregações religiosas para ressaltar um aspecto do carisma deste amor presente na história através do Espírito Santo.
É interessante o fato de que mesmo Jesus tento aparecido depois de ressuscitado, alguns ainda duvidavam. Podemos perceber como a Fé é uma adesão pessoal que passa pelo testemunho da comunidade. Devemos aceitar o projeto de Deus para sermos felizes nos utilizando da razão. Não podemos nos deter nela exclusivamente. Necessitamos do conhecimento místico de Deus através da experiência do seu amor em nós.
A aceitação da Trindade sempre será um desafio para nós. Deus quer sempre nos transformar. Ele não se conforma com nossa mediocridade. O amor exige presença. Jesus subiu aos céus, mas Ele está sempre em nosso meio especialmente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Nós jamais estaremos órfãos, porque o Criador nunca abandona a sua criatura por mais que ela pense em ser feliz sozinha.



 “Obrigado Senhor pela sua permanência no meio de nós”.

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