segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

APRESENTAÇÃO DO SENHOR





“JESUS É APRESENTADO NO TEMPLO PARA CUMPRIR COM A LEI E NOS DAR EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA”.
                  
No próximo domingo celebramos o momento em que Jesus entra no Templo pela primeira vez e é apresentado. É a festa de sua consagração. Todos nós estamos comprometidos com o Senhor que nos ama e nos consagra para Ele. Esta festa acontece após quarenta dias da celebração do Santo Natal. Nela são abençoadas as velas sinal da luz de Cristo e de seu amor por todos nós que nos vem pela fé. Esta é um processo misterioso do plano de Deus em nossas vidas. Não estamos neste mundo caminhando “soltos”, sem origem e destino. Deus tem um plano maravilhoso para todos nós que é o eterno convívio com Ele.



EVANGELHO (Lc 02, 22-40):

Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresenta-lo ao Senhor. Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: “ Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.



“O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”.

Não podemos imaginar o fato que este evangelho nos apresenta. Maria e José vão concretizar o que a Lei de Moisés ordenava sobre as crianças. Levando ao templo elas se tornavam parte do mistério de Deus. Estavam participando de toda a história de salvação e do esforço que Deus realizou para conduzir o seu povo da antiga aliança. É neste ambiente que Jesus é apresentado. No momento acontece com Ele o que não era comum. Duas pessoas, Simeão e Ana, que vivem segundo a vontade de Deus profetizam sobre sua vida.
O sinal de contradição que será Jesus fará parte de sua vida e de todos que quiserem segui-lo de forma radical. Não basta crermos em Deus se não assumirmos o seu projeto. O crer é assumir o seu plano na história. Os cristãos também irão se tornar um sinal de contradição dentro do mundo. São intragáveis pelo mundo egoísta que não suporta a atitude altruísta vivida e pedida por Jesus Cristo.
Vemos muitos fatos que acontecem de forma extraordinária desde o começo da caminhada histórica de Jesus que vão indicando que não se trata de algo simples. Jesus é o Cristo, é o enviado do Pai para nossa salvação. As primeiras comunidades cristãs, após pentecostes irão refletir sobre as diversas realidades que irão levar a Igreja nascente a um comprometimento cada vez maior com o plano de Deus.
Quando fomos batizados nos consagramos a Deus dentro de uma comunidade dos que acreditam nas mesmas verdades e somos impelidos a praticar o bem evitando tudo o que nos desune. O pecado não pode fazer parte de nossa existência, pois ele é uma contradição com aquilo que cremos e professamos. É uma ausência de amor em nossa vida.
Vemos também neste fato da apresentação a unidade da família no exemplo de Maria e José. Como é importante na concretização da vontade de Deus a presença de nossos pais. Eles nos passam as raízes de nossa afetividade. Percebemos na sociedade moderna tantas pessoas perdidas por falta de valores que são transmitidos basicamente pelos pais que são o ponto de harmonia existencial e afetivo de toda pessoa humana.
Devemos estar sempre atentos ao que o Senhor nos pede nos afastando do que destrói as nossas raízes especialmente os valores fundamentais que se encontram no evangelho e que vão nos transformando em criaturas novas.

 


“Obrigado Senhor pelo seu exemplo que nos arrasta a vivermos o amor dentro das contradições de nossa vida”.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

CONVERSÃO E DISCIPULADO


 


“NOSSO PROCESSO DE CONVERSÃO NOS TORNA MISSIONÁRIOS E DISCÍPULOS DE JESUS CRISTO".

Estamos em um mundo cheio de competição e individualismo. Jesus vem nos mostrar que somos responsáveis pela transformação do mundo através de nosso testemunho de amor e solidariedade. Jesus pede a todos que aconteça a conversão e a aceitação do Evangelho: A “boa notícia” da presença amorosa de Deus em nosso meio. Conversão é retorno ao essencial. Reconhecimento do Criador que nos assiste como suas criaturas. Termos a capacidade de nos sentirmos amados por Deus transmitindo esta realidade aos nossos irmãos. Nós assumimos hoje o lugar dos discípulos de Jesus que estavam no mar da Galiléia. Devemos deixar as nossas redes, as nossas seguranças, para realizar o que o Senhor nos pede dentro da realidade que vivemos.




EVANGELHO (Mt 04, 12-23):

Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galiléia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galiléia, no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galiléia dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo”. Quando Jesus andava a beira do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Jesus andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.



“Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo”.

Jesus inicia sua pregação pública após a prisão de João Batista. Ele assume o posto dele no anúncio da Boa Nova da Salvação. Nos fala da necessidade de buscarmos a conversão porque o reino dos céus está próximo.
O tema sobre a conversão é apresentado várias vezes na história do povo de Israel e também dentro do cristianismo. É uma atitude de “retorno ao objetivo de nossa existência”. É ter consciência de nossa origem e de nosso destino. Deus nos criou para Ele. Quando percebemos esta realidade, iremos selecionar os valores de nossa vida. Vamos escolher o bem e nos afastar do mal. As pessoas hoje se afastam de Deus e se tornam infelizes sendo que só nele encontraremos o único motivo da nossa verdadeira realização. A pessoa vivendo na iniquidade ou indiferença ao Criador se fecha sobre si mesma iniciando já nesta vida um processo de deteriorização de sua vida.
É interessante perceber que Jesus vai à busca de outros discípulos que irão se associar em sua obra. Eles são homens simples que estão na atividade da pesca. Eles, ao serem convidados por Jesus, deixam tudo imediatamente. Vemos uma grande disponibilidade ao que o Senhor lhes pede. O chamado de Jesus é um grande mistério que exige de nossa parte muita humildade, fé e despojamento. O que estes homens viram em Jesus para tomarem uma atitude tão radical em suas vidas? Será que hoje nós, sabendo de tudo o que se passou, somos capazes de abandonar as redes de nossas seguranças pessoais para seguirmos a Jesus com amor? O que está nos faltando para iniciarmos já nesta vida a vivermos a ressurreição? Ser cristão é ser um agente do bem no meio do mal instalado no mundo pelo egoísmo.
Quando nos decidimos seguir a Cristo, estamos decidindo a renúncia de tantas coisas que achamos que sejam essenciais em nossa vida. Não há lugar para o egoísmo quando abraçamos a causa do reino de Deus. O apego ao desnecessário nos torna frios ao amor de Deus. Ele nos quer mais felizes do que somos. Quer que façamos parte integrante de sua felicidade. Percebemos que Deus não se conforma com nosso jeito de ser, pois Ele sabe exatamente o que nos espera na eternidade.
Jesus está presente em nossa vida nos convidando continuamente a lhe seguir. Precisamos iniciar o quanto antes nosso processo de conversão através da oração sistemática que vence o imediatismo de nossas más inclinações. Não existe verdadeira conversão sem uma oração assídua que procura entender o projeto de Deus e ao mesmo tempo se coloca ao seu serviço.
Seremos mais felizes se deixarmos tudo e reconhecermos que somos profundamente amados por Deus.


 


“Senhor Jesus, queremos segui-lo com amor e alegria em todos momentos de nossa vida.”


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

EIS O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO

 


“JESUS CRISTO É O CORDEIRO QUE TIRA O PECADO DO MUNDO”.

Estamos no segundo Domingo do tempo Comum. Na liturgia João Batista apresenta Jesus como o cordeiro de Deus que tira o pecado, ou seja, consome com o mal existente na terra. Hoje devemos apontar para Jesus, como fez João Batista, e tê-lo presente em nossa vida para podermos vencer as dificuldades que vão surgindo naturalmente em nossa caminhada cristã. Jesus é o centro de nossas vidas. Ele é o ponto de referência que devemos seguir. Se seguirmos a Cristo como caminho, verdade e vida seremos felizes nas maiores tribulações.


 

EVANGELHO (Jo 01, 29-34):

Naquele tempo, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim’. Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”. E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: Àquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”




"Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

Quando falamos na palavra testemunho, estamos nos referindo ao que aparece de imediato na pessoa. Testemunho vem da palavra testa que logo apresenta a feição que temos. Quando nos mostramos aparece inicialmente o nosso semblante e o que temos por de trás dele. Uma pessoa que cultiva permanentemente a presença de Deus terá um semblante de amor e alegria. Vemos esta realidade quando Moisés desce do monte Sinai ao trazer as tábuas da Lei (Ex 34, 29-30). Assim era a face de todos os mártires da Igreja que surpreendiam os seus algozes com a certeza da ressurreição. O testemunho é algo que aparece automaticamente.
Quem segue as receitas do mundo terá um semblante marcado pela tristeza e pelo sofrimento de estar longe de Deus. Ninguém poderá ser feliz longe dos olhos amorosos do Criador. Nisto percebemos o grande número de remédios que são fabricados para diminuírem a depressão das pessoas.
Há uma grande diferença entre o batismo de João e o batismo de Cristo, pois neste temos a ação direta do Espírito Santo que vem renovar todas as coisas. O batismo de João era penitencial. Tinha um caráter de fé no plano de Deus que seria concluído com a vinda do Messias. Jesus Cristo é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Nele se manifesta o grande desejo que Deus tem de nos salvar da ação do pecado em nossa vida. O batismo de Cristo é um sacramento que leva à salvação recordando no interior da pessoa a realidade do amor de Deus. Devemos renovar constantemente nosso batismo clamando ao Espírito Santo uma nova efusão de sua graça sobre nossa vida para nos tornarmos novas criaturas.
Hoje somos convidados a termos a mesma atitude de João Batista. Devemos colocar em nossa vida o grande ideal que é o Cristo vivo, presente e amigo no meio de nós. A nossa vivência religiosa não consiste só na prática de ritos, mas sim na busca do amor de Deus.
Somos convidados a praticar o bem em todas as categorias de nossa vida. Precisamos aproveitar todas as oportunidades para promovermos o bem. O mistério de um Deus presente deve fazer parte de nossa vida se queremos ser felizes. “Ele está no meio de nós” – esta afirmação deve ser a mola propulsora de nossa vida na prática e na descoberta do que o Senhor deseja de nós.
João Batista apresenta o “Cordeiro de Deus”. É a luz em meio às trevas do pecado. Crendo na presença do Cristo como luz que dissipa as trevas, nos transformamos em agentes de renovação do mundo a partir de nossa fé. Seremos perseguidos automaticamente porque passamos a amar o que o mundo odeia e a odiar o que o mundo ama. A humanidade caminha com velocidade para sua própria autodestruição, pois se torna cada vez mais indiferente ao projeto de amor que Deus tem em relação as suas criaturas.
Os cristãos são responsáveis pela melhoria da humanidade a partir de seu testemunho. Devem se tornar células boas que praticam o bem no meio da injustiça. Não importa os nossos títulos e cargos se eles não estiverem em vista do amor que Deus transmite para nós. Vamos seguir com coragem, alegria e perseverança dentro deste mundo transitório nos preparando para o mundo definitivo.


“Queremos Senhor Jesus a força que vem do Espírito Santo para vivermos constantemente o amor que nos transforma”.