segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A HUMILDADE É A CHAVE DA SANTIDADE


 

“A HUMILDADE É A CHAVE PARA NOS ABRIRMOS AO AMOR DE DEUS”.

A humildade é uma virtude básica para os que querem fazer a vontade de Deus. Sem ela não temos condições de descobrir e nem de concretizar o que o Senhor nos pede. Ser humilde é ser verdadeiro. Viver na humildade não é viver na humilhação, mas conhecer os limites e qualidades que temos para oferecer a comunidade. A vaidade e o orgulho são dois erros que nos iludem, nos afastam do bem e nos causam cegueira. As pessoas hoje são manipuladas pelo inimigo porque pensam somente nas coisas deste mundo e se esquecem de que somos peregrinos em direção a casa definitiva do Pai. Iniciamos o mês da Bíblia. A Palavra de Deus juntamente com a Eucaristia são as duas fontes que nos levam a saborear as coisas de Deus já nesta vida.




EVANGELHO (Lc 14, 1.7-14): 

Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o teu lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se  eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”. E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.


“Quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.

Quando falamos em humildade podemos confundir facilmente com humilhação. A verdadeira humildade acontece com o encontro da nossa verdade com a Verdade de Deus. Somos criaturas d’Ele. Fomos criados à sua imagem e semelhança. Isto nos dá uma dignidade infinita. Como consequência desta afirmação, somos todos iguais perante Deus. O que irá nos diferenciar é a nossa sensibilidade ao seu infinito amor.
A pessoa que acredita poder tudo já está perdida. Fomos criados para sermos solidários vivendo em comunidade. Devemos partilhar os dons que recebemos de Deus com os nossos irmãos. A humildade está ligada diretamente a caridade. Quando nos fechamos em nosso próprio egoísmo nos distanciamos de nossa finalidade existencial caminhando automaticamente para a morte. Podemos até estar vivos fisicamente, mas estamos mortos para Deus, para nós mesmos e para nossos irmãos.
A afirmação que Jesus nos faz neste evangelho é de grande peso. Ele diz que seremos felizes se convidarmos os desconhecidos para participarem de nossa vida. Especialmente os mais necessitados.
“Então tu serás feliz”. Devemos refletir se estamos felizes com a vida que levamos muitas vezes voltada para o que os outros nos dizem sobre a felicidade. O mundo das relações comerciais não está preenchendo o coração vazio do homem contemporâneo. São criadas “falsas necessidades” que nos desviam a atenção do que realmente importa para nossa vida. Um grande número de pessoas está dependente de remédios para dormir porque muitos irmãos nossos não estão mais dormindo por falta de alimento e moradia. Cada um de nós é responsável pela partilha de seus bens. Os bens materiais têm a finalidade de nos fazer felizes quando utilizados de forma correta. Quanto mais temos mais devemos repartir.
“A caridade é a entrada na vida do outro para lhe promover sem buscar nenhuma compensação”. O ser humano, durante toda a história, busca a sua verdadeira realização. O problema está no método para alcançá-la de verdade. Somos, na maioria dos casos, manipulados nesta busca. Isto porque buscamos a realização longe do que o Criador projetou para nós. Devemos escutar com amor o conselho que Jesus nos faz. Não podemos buscar a felicidade sem a prática real da caridade. Para que a verdadeira caridade aconteça precisamos ser humildes. Precisamos ser realistas conosco mesmos, pois ninguém é mais ou menos amado por Deus.
Somos irmãos e não podemos nos fechar. Não iremos ser felizes buscando a nossa satisfação particular. Fomos criados por Deus para um amor universal. É o momento histórico de nos perguntarmos sobre o que buscamos em nossa vida. Como vamos nos realizar sem a prática da solidariedade. Da partilha do que temos material e espiritualmente com nossos irmãos?
Se Jesus nos afirma que com o método da caridade seremos felizes, esta é a hora de sairmos de nós mesmos e irmos de encontro do outro, mesmo sabendo que isto será sempre um grande desafio. Mesmo tendo a certeza que seremos criticados e muitas vezes postos em último lugar nos escalões da sociedade.
O que importa mesmo para nós é que depois desta vida cheia de lutas e contradições, se praticarmos o bem, teremos a ventura de ver a Deus face a face. Especialmente as pessoas que com a nossa colaboração com a Graça de Deus encontraram a salvação.

 

"Senhor Jesus, fazei     que sejamos humildes para vivermos a caridade com todos os nossos irmãos”.



segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A PORTA ESTREITA




“ENTRAR PELA PORTA ESTREITA É O CAMINHO DIRETO PARA ALCANÇARMOS A DEUS”.

O grande desafio que enfrentamos na peregrinação desta vida consiste na assimilação dos valores do Evangelho. Para que isto aconteça precisamos ter a coragem de entrar na “porta estreita” das provações que se tornam essenciais para sermos felizes. Neste domingo rezamos e meditamos na vocação do leigo pedindo especialmente pelos catequistas que passam o essencial de nossa fé. São cristãos comprometidos com as diversas comunidades onde a Igreja está presente. Devemos estar sempre atentos ao que o Senhor nos solicita em meio às diversas contradições presentes dentro da sociedade.











EVANGELHO (Lc 13, 22-30):

Naquele tempo: Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”.


“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão”.

Quando olhamos para a doutrina de Jesus podemos ter certa desconfiança por ela se apresentar de um modo contraditório ao que nós adotamos no cotidiano de nossas vidas.  Deus se utiliza de uma linguagem paradoxal. São dois contrários que se unem para se chegar a uma verdade. É como a criança que por se baixa vê o bordado da mãe pelo avesso e se queixa para ela da falta de beleza no seu trabalho até que a mãe abaixa o bordado e mostra para a criança o lado contrário do avesso e a criança percebe a beleza do que a mãe está fazendo.
A linguagem evangélica é sempre contrária ao que a nossa natureza nos inspira no momento. Jesus fala em porta estreita. São as dificuldades, as provações que vamos assumindo em nossas vidas que vão nos purificando e mostrando o essencial. A porta larga são as facilidades e de uma falsa prosperidade que é na realidade um desvio do imenso desafio daqueles que querem seguir a Cristo. Nesta porta estão contidas as alegrias momentâneas que nos enganam nos arrastando ao superficial. As pessoas seduzidas pelo passageiro do mundo não conseguem encontrar a Paz do Ressuscitado porque vivem presas no emaranhado do ter do poder e do prazer.
Os verdadeiros discípulos de Jesus são reconhecidos pela prática da justiça unida a solidariedade. Não seguimos uma doutrina vazia em relação ao amor que devemos devotar aos nossos semelhantes. Não adianta termos uma prática religiosa só em nível pessoal esquecendo que o cristianismo é uma vivência comunitária. Talvez esta seja a porta mais estreita que teremos que passar, pois a comunidade sempre nos questiona e nos pede mais. A nossa santificação sempre tem uma dimensão eclesial. Buscamos a santidade com e para a Igreja.
Todo ser humano busca a felicidade. Gostaríamos de viver uma felicidade mais permanente. Desde a sua origem o homem deve fazer escolhas, ele é administrador de sua vida. Quando pensamos poder encontrar a felicidade sozinhos, nos enganamos profundamente. Começamos a nos satisfazer com pequenos momentos de alegria que depois podem se transformar numa grande angústia. Podemos perceber que esta é a radiografia do ser humano da atualidade: pensa em ser feliz sem um profundo relacionamento com seu Criador. Pensa em buscar a felicidade sem as raízes da própria felicidade que está na profunda comunicação com Aquele que pode nos dar uma verdadeira explicação do sentido de nossa existência.
A porta larga das facilidades é uma tentação constante na vida do cristão. Hoje poucos falam de ascese e penitência, até mesmos os consagrados a Deus pelos votos religiosos. Entrar pela porta estreita é auto superar-se na tentativa de praticar a justiça que sempre nos questiona. É buscar uma conversão sistemática sob a ação do Espírito Santo. A experiência da Noite Escura de São João da Cruz é de grande atualidade pois ela nos purifica para chegarmos ao essencial.
Jesus se afasta daqueles que praticam a injustiça. Todos aqueles que se perdem na falta de solidariedade. Deus é o Sumo Bem, Ele quer que todos vivam na prática do Bem. Deus não nos criou para atingirmos a felicidade no fechamento em nós mesmos. A paz interior é consequência da certeza do objetivo de nossa vida.
A porta estreita sempre será um grande desafio. Não sabemos bem onde ela se encontra se não formos pessoas de profunda oração. Ela é um trato de amizade que nos traz automaticamente discernimento sobre o sentido de nossa vida. Pela oração descobrimos o que o Senhor quer de nós e ao mesmo tempo encontramos força para concretizarmos o que Ele nos pede em nossa vida.
Quando amamos alguém buscamos as coisas da pessoa amada. Se amarmos realmente a Deus vamos buscar os seus valores, vamos procurar, com nossas limitações, viver o essencial. Jesus se nega a aceitar os injustos porque eles mesmos fizeram sua escolha de viverem longe do projeto de Deus.




"Senhor Jesus, com a vossa graça nos ajude a termos a coragem de sempre escolher a porta estreita de seu amor”.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA


 

“A MÃE DE JESUS INTERCEDE POR NÓS NA GLÓRIA DOS CÉUS”.

A Igreja sempre alimentou uma grande devoção a mãe de Jesus. Por Jesus ser o Filho de Deus nós passamos a ser filhos de Maria. A devoção a Nossa Senhora nos traz uma grande alegria e segurança em nossa caminhada cristã. No próximo domingo celebramos a festa da Assunção de Maria. O Papa Pio XII (01 de novembro de 1950) declarou oficialmente que Maria foi glorificada por Deus, está no paraíso e intercede por todos nós. Ela foi “elevada” ao céu por Deus pelo imenso merecimento que teve em aceitar a grande missão de ser a mãe do Salvador.
A devoção a Nossa Senhora é parte integrante da vida dos cristãos desde o início da sua história pela importância do fenômeno da Encarnação do Verbo. Ela aceitou livremente em ser a “mãe do Salvador”.
Maria recebeu e recebe muitos títulos no decorrer da história da humanidade. Eles nascem conforme as necessidades concretas que surgem na caminhada rumo ao Pai. Se recorremos às nossas mães em nossas dificuldades, é justo recorrermos a mãe de Jesus que é nossa mãe comum que intercede junto a Deus por nós. Ela é muito atenciosa as nossas necessidades.
Dentro do mês vocacional celebramos também o dia dos consagrados (religiosos). O religioso procura dar testemunho de Jesus através de seu carisma e de sua entrega a Deus pela alegria que brota de seu gesto de solidariedade na sua consagração.



EVANGELHO (Lc 01, 39-56):

Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre! Como posso merecer que a mãe de meu Senhor me venha visitar? Logo que a saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus, meu salvador, porque olhou para a humanidade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem aventurada, porque o todo poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.


“Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre!”

A devoção a nossa Senhora inicia no fato misterioso da Anunciação do anjo e da Encarnação do Verbo no momento em que ela aceita ser a mãe do Salvador. Temos dois grandes mistérios: a escolha de Deus feita a ela e sua aceitação. Deus faz a Maria uma proposta de envergadura gigantesca. Maria é convidada a ser a mãe do Messias, do Cristo, enviado do Pai para salvar a humanidade. É muito difícil saber exatamente o que se passou no coração de Maria neste momento. É um mistério que vai acompanhar a história do cristianismo até o final dos tempos. Quando Maria aceitou ser a mãe de Jesus, ela aceitou a tarefa árdua de auxiliar Deus no plano de salvação de toda a humanidade.
A “Anunciação” e a “Encarnação” só foram possíveis pela grande humildade e obediência de Maria. Ela abandonou seu plano pessoal para aceitar o plano de Deus. Este fato só poderia ter acontecido em um ambiente de profunda comunicação (oração) com o Senhor. Como aconteceu várias vezes com os grandes heróis do Antigo Testamento, poderíamos tirar de Maria estes dois grandes exemplos: quem reza obedece e se esquece de si mesmo para realizar em sua vida o que Deus determina. A oração está ligada a capacidade de despojamento. A paz que almejamos em nossa vida só é possível quando obedecemos a Deus.
O dogma da Assunção dá uma qualidade especial à missão de Maria. Poderíamos dizer que é consequência da Anunciação e Encarnação. Por seus imensos merecimentos Maria é elevada ao Céu. Ela não irá passar pelo processo de glorificação comum como nós. Ela recebe, de imediato, a graça da ressurreição como merecimento por ter aceitado ser a mãe do Salvador.
Deus “deseja” profundamente que as pessoas participem de sua felicidade. Ele não se conforma com a incapacidade de correspondência ao seu amor da parte da pessoa e por isto vai de encontro a sua fraqueza para salvá-lo. Maria faz parte deste desejo através do mistério da Encarnação do Verbo. Ela se torna instrumento essencial no plano de Deus. Na recuperação do homem perdido pelo pecado. Por Eva a humanidade cai na divisão do pecado e pelo sim solidário e livre de Maria o homem se une novamente ao seu Criador. Pelo sim de Maria nos é restituída à capacidade de dizermos sim a Deus.
Na atitude de Maria ir ao encontro de sua prima Isabel, percebemos uma forte disponibilidade e solidariedade na alegria. Esta é a característica dos que servem a Deus. Quando procuramos à concretização da vontade de nosso Criador somos “desacomodados”. Saímos de nós mesmos e vamos ao encontro de Deus, de nós mesmos e de nossos irmãos. Este é o segredo da verdadeira felicidade: vencer nosso egoísmo e sermos solidários.
A maioria das pessoas de hoje são infelizes porque não se conhecem em profundidade. Erram em suas opções. A competição econômica reinante em nosso mundo é como o aguilhão do escorpião que se volta contra ele mesmo quando se sente encurralado. Estamos sofrendo os efeitos do egoísmo, mas infelizmente não queremos sair desta situação. O tempo não é bem administrado em relação ao que faz a pessoa realmente feliz. Somos manipulados a ficarmos na mesmice do relativismo implantado pela grande mídia.
A graça de Deus é capaz de fazer que nos valorizemos no sentido pleno da palavra. O canto do “magnificat” de Maria não é um canto de auto-suficiência de sua pessoa. É a realidade que cobre aqueles que se sentem verdadeiros servos de Deus. Através da humildade vamos nos transformando no que o Senhor projetou para nós.
Maria está no céu gloriosa. Certamente muito preocupada com a nossa salvação. Ela realmente se considera nossa mãe pelo próprio mandato de Cristo nos últimos momentos em que estava na cruz entregando sua vida para nos salvar. Vamos sempre recorrer a Maria em todos os momentos de nossa vida e sempre estaremos fazendo o que seu Filho nos pede.

 

“Querida mãe do Céu. Olhe para vossos filhos que caminham na instabilidade desta vida rumo ao Pai”.





segunda-feira, 5 de agosto de 2013

ONDE ESTÁ O TEU TESOURO AÍ ESTÁ O TEU CORAÇÃO


“ESTAR PREPARADOS É VIVER NA GRAÇA DE DEUS PRATICANDO O BEM E EVITANDO O MAL”.

Dentro deste mês de agosto, dedicado às vocações, nos lembramos neste próximo domingo da vocação do matrimônio e rezamos especialmente pelos nossos pais. A figura do pai é importantíssima para o desenvolvimento do caráter dos filhos. A família é uma instituição divina. Ela é insubstituível na formação da pessoa, especialmente na área afetiva que define o comportamento futuro dos filhos. Os cristãos devem fazer o possível para salvar as famílias do grande mal do relativismo que leva o ser humano a viver uma vida ridícula em relação aos seus princípios fundamentais. Somos administradores dos dons que Deus nos dá. Temos que multiplicá-los para sermos instrumentos de salvação para nossos irmãos. Precisamos tirar de nossos lares especialmente a má influência da mídia que tenta destruir as nossas famílias. Existem interesses desconhecidos por nós que querem destruir a família para enfraquecer nossa sociedade para que sejamos sempre dominados por uma minoria.

 

EVANGELHO (Lc 12, 32-48):
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o reino. Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu Senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o Senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”. Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?” E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o Senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade eu vos digo: o Senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, o Senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. Aquele empregado que, conhecendo a vontade do Senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito será exigido!

“A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito será exigido!”

Na realidade, a Boa Nova da salvação é uma grande responsabilidade. Quando tomamos consciência da presença salvífica de Deus em nossas vidas, somos responsáveis pela propagação desta verdade em todas as partes do mundo. A transmissão da experiência de Deus é algo que nos compromete inteiramente.
Nós seres humanos podemos nos comparar com uma “bomba” de afeto. As bombas mecânicas recebem o líquido e o expandem para fora. Nós “precisamos” nos sentir amados para depois amar. Necessitamos do amor em três dimensões básicas: devemos nos sentir amados pelo Criador para nos amar e amar os nossos semelhantes. Quando nos fechamos a esta realidade estamos morrendo para o sentido mais profundo de nossa existência. O verdadeiro tesouro de nossa vida consiste na abertura de nosso ser para a realidade da presença de Deus e dos irmãos.
Transformamo-nos naquilo que amamos. Se amarmos a superficialidade, nos tornamos, automaticamente, pessoas superficiais e como consequência somos facilmente manipulados, dominados pelo relativismo da grande mídia porque não temos outra opção para vivermos. Hoje estamos sobre o domínio dos meios de comunicação, que nos ditam o que é mais importante para nós sem nenhum discernimento. O inimigo de Deus é especialista em criar “falsas necessidades”. A pessoa humana está sendo resumida em máquina de consumo que deve comprar e vender. No momento que amamos o que existe de profundo em nossa vida selecionamos os valores, para isto necessitamos da ação do Espírito Santo em nós. Vamos descobrindo o essencial começando a escolha do que realmente nos interessa.
A pregação de Jesus não consiste no fechamento em nós mesmos. Fomos feitos para nos abrirmos diante de Deus e de nossos irmãos na vida solidária sobre a ação do Espírito Santo. Somos desafiados a viver o encontro com o outro. O egoísmo é um caminho de morte e tristeza.
O estado depressivo que vive a nossa sociedade nos arrasta a mais profunda solidão. Recebemos o batismo para sermos antídotos de toda esta situação. Precisamos nos comunicar abrir os nossos corações à verdade que nos tornará livres.


"Senhor Jesus que possamos encontrar o verdadeiro tesouro em nossas vidas, partilhando vosso amor com todas as pessoas que nos encontrarmos”.