“DEUS UNIU O HOMEM E A
MULHER PARA QUE O MUNDO FOSSE MELHOR”.
O matrimônio é uma instituição divina. Deus criou o
homem e a mulher para se unirem no milagre da criação e da formação afetiva de
novos seres humanos. A família é a célula mãe da sociedade. O inimigo de Deus
sabe da importância do matrimônio e do sacerdócio. Percebemos hoje o ataque
explícito dele em relação a estas duas fontes de realização plena da pessoa. O
que seria do mundo sem a família e sem o sacerdócio? Vamos rezar neste mês
missionário para que todos possamos assumir nossa consagração batismal e darmos
testemunho da nossa fé no Cristo Vivo e Ressuscitado presente em nossa vida.
EVANGELHO (Mc 10, 02-16):
Naquele tempo, alguns fariseus se
aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem
divorciar-se de sua mulher. Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” Os
fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e
despedi-la”. Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que
Moisés vos escreveu este mandamento. No entanto, desde o começo da criação,
Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os
dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o
que Deus uniu, o homem não separe!” Em casa, os discípulos fizeram, novamente,
perguntas sobre o mesmo assunto. Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua
mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher
se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”. Depois
disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as
repreendiam. Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai vir a mim as
crianças. Não as proibais, porque o reino de Deus é dos que são como elas. Em
verdade vos digo: quem não receber o reino de Deus como uma criança, não
entrará nele”. Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
“Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!”
O plano de Deus em relação ao homem é que ele
participe de sua felicidade. Somos criados a imagem e semelhança de Deus para
participarmos plenamente de sua realização. Jesus Cristo, verdadeiro Deus e
verdadeiro homem veio nos afirmar os pontos necessários para nossa verdadeira
realização. A família é uma instituição divina, nela crescemos e nos formamos
nos principais valores que são essenciais para nossa vida. Em nossa família
crescemos em nossas relações afetivas e somos capazes de sair de nosso egoísmo
para irmos de encontro às necessidades de nossos irmãos.
A pessoa jamais
será feliz fazendo o seu plano ser diferente do plano de Deus. Ele criou o
homem e a mulher para serem felizes dentro de seu plano de amor. Tanto um como outro
não vivem numa competição, como muitas vezes somos forçados a pensar através da
“ditadura do relativismo” apresentada pelos meios de comunicação, mas sim uma
auto complementação. A mulher é tirada, simbolicamente, da costela do homem
para que os dois possam caminhar juntos, para que os dois possam crescer
juntos, favorecendo a vida de outros seres humanos. Não existe amor sem saída e
despojamento por isto hoje está muito difícil de entender o que significa amor.
Sem a perda de algo não poderemos nos unir ao Senhor. Todo gesto de amor é um
gesto de perda que se torna um grande ganho como vemos no gesto de Jesus no
Calvário quando deu sua vida para nos salvar.
Jesus não está
brincando quando diz que o matrimônio é indissolúvel. A bênção de Deus
permanece com aqueles que assumem este sacramento. O que é abençoado por Deus
não pode ser desfeito pelo homem. Há uma grande diferença dos que são
abençoados para viverem juntos e os que assumem uma vida independente da bênção
de Deus. O amor de Deus por nós não é relativo. Ele é fiel à busca de
realização de suas criaturas. As coisas sagradas são diferentes do que é
mundano. Por esta razão toda vocação exige uma preparação e uma convicção
interior.
O mundo em que
vivemos é cheio de infidelidades porque as pessoas ainda não descobriram o
sentido mais profundo de suas vidas. Preferem viver no imediatismo, nas
relações superficiais do que uma relação de profundidade e comprometimento onde
uma pessoa deve saber “perder” para a outra.
Jesus valoriza a
presença das crianças. Devemos ser semelhantes a elas se queremos alcançar a
felicidade em nossos relacionamentos. As crianças estão mais abertas ao
mistério pela sua própria pureza e fragilidade. O que mais impede as pessoas de
se relacionarem é o orgulho e a vaidade. Ninguém quer abrir espaço para o outro
ganhar e com este estilo de vida ninguém cresce.
O homem é incapaz
de ser feliz por suas próprias forças sem o relacionamento com o mistério de
Deus. Devemos tomar consciência de que estamos indo em direção ao Eterno. Somos
peregrinos nesta vida. Não podemos nos apegar a nada que prejudica nossa
comunicação com aquele que justifica nossa existência.
Uma pessoa que
cresce dentro de uma família onde são cultivados todos os valores essenciais é
capaz de enfrentar as dificuldades que todos passamos ao nos desenvolver.
Precisamos rezar muito pelos nossos jovens que se preparam para o matrimônio.
Rezar para que sejam cada vez mais conscientes do grande compromisso que irão
assumir.
“Senhor Jesus Cristo que sejamos seus servos na simplicidade e no amor”.