segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

SANTA MÃE DE DEUS


 


“SE CRERMOS QUE JESUS É DEUS, MARIA É MÃE DE DEUS E INTERCEDE POR TODOS NÓS”.

Iniciamos o novo ano com a solenidade da Mãe de Deus. A devoção a mãe de Jesus como nossa mãe começou desde o momento em que Jesus a entregou a nós quando doava sua vida para nos salvar (Jo 19, 26-27). Os cristãos da Igreja Primitiva sempre cultivaram uma grande devoção a Maria, pois foi através de seu sim que nos foi dado o Filho de Deus. A primeira afirmação dogmática sobre Maria a declara Mãe de Jesus que é Deus e nossa Mãe (Concílio de Éfeso 431). Maria é a grande intercessora e o exemplo de obediência que nos leva ao encontro de Jesus. Quando os cristãos perderam a noção da presença de Maria no projeto de salvação de Deus começaram a acontecer todas as divisões entre as igrejas cristãs. Quando perdemos a mãe nos dividimos. Quando seguimos o exemplo de humildade, obediência, oração e fé de Maria nos tornamos verdadeiros discípulos e missionários de Jesus.


Evangelho (Lc 02, 16-21):


Naquele tempo, os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria, José e o recém-nascido deitado na manjedoura. Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Quanto a Maria, guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.


“Maria guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração”.


Deus nos ama com um amor inefável e misterioso. Jamais poderemos nesta vida entender o seu plano de amor por nós porque Ele nos ama como Criador e não como criatura. Deus tem sua própria forma de se comunicar conosco sendo ouvido só por aqueles que são humildes e abertos ao seu mistério. Ele deseja profundamente que façamos parte de sua felicidade. Dentro deste plano de amor está a figura de Maria. Ela é a serva do Senhor. Faz parte deste mistério de salvação. O sim que Maria proferiu ao plano de Deus dentro da obscuridade do que seria de seu futuro é algo extraordinário. Aceitar ser a mãe do Salvador era um grande privilégio acompanhado de um grande sofrimento e da sua futura glorificação. Fazer o que Deus nos pede é ir contra o nosso próprio projeto que muitas vezes pensamos ser o mais perfeito para a nossa vida. Devemos lutar constantemente contra nós mesmos para descobrir o que o Senhor quer de nós e tentar, com as nossas limitações, fazer a sua vontade.
É difícil guardar todas as coisas em nosso coração. Muitas vezes falamos mal de nossos irmãos. Sentimos ciúmes de seus sucessos. Estamos em um mundo agitado pela competição. Todos querem ser mais do que os outros. Há falta de solidariedade em todos os âmbitos da sociedade. Maria é uma mulher solidária. Dá-nos um grande exemplo que só seremos felizes fazendo os outros felizes. Seremos livres quando nos libertarmos para libertar os outros.
Muitas vezes como cristãos católicos somos criticados pela nossa devoção a mãe de Jesus. Muitos pregadores menosprezam esta atitude afirmando que só Jesus salva. Isto realmente é verdade, mas Maria “participa” da salvação que Jesus nos traz. Ela foi entregue por ele a nós no momento em que dava à vida para nos salvar. Ela é a nova Eva, a nova mãe que trás a salvação a humanidade.
O mistério de Cristo passa pelo mistério de Maria. As mulheres receberam de Deus o dom de gerar vida. Isto não pode ser esquecido pela humanidade. O mundo atravessa um período obscuro de individualismo por falta da figura da mãe. É ela que transmite afeto para o filho, lhe prepara para o mundo com sua afetividade. Os meios de comunicação sabem disto por isto desfazem a figura da mãe para poderem dominar a humanidade fazendo que se torne dependente do consumismo por ele pregado. Um falso feminismo afasta as mulheres de seu sentido mais profundo que é a maternidade.
 São diversos os fatos que comprovam o grande amor de mãe que Maria tem por toda à humanidade. As diversas aparições e milagres que aconteceram e acontecem constantemente comprovam esta realidade. O verdadeiro devoto de Maria jamais se perderá nas ilusões que o mundo apresenta.
Devemos seguir o exemplo de Maria para sermos felizes. Quando nos tornamos devotos de Maria, automaticamente fazemos o que Jesus nos pede. Quando amamos Maria, amamos a presença de Jesus no Santíssimo Sacramento e na Palavra.



 “Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, intercedei a Deus por nós”.




quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

SAGRADA FAMÍLIA




“A SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ NOS MOSTRA A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA PARA A FORMAÇÃO INTEGRAL DA PESSOA”.

Após o Natal, celebramos a Festa da Sagrada Família de Nazaré. São poucos os dados que temos sobre a infância de Jesus, mas o que os evangelhos nos trazem juntamente com a Tradição da Igreja, são suficientes para sabermos que a vida de Jesus com sua família é um grande exemplo para nós. Percebe-se que hoje vivemos numa profunda crise de relacionamento humano porque abandonamos o essencial e nos detemos no superficial de nossas vidas. A vida familiar nunca sairá da moda porque ela é responsável pela formação da pessoa. Sem família nos perdemos, não somos preparados para a vida nos fechamos no egoísmo. É interessante perceber que nossa sociedade tem dois pesos e duas medidas. Ela desaprova as coisas erradas que acontecem, mas aprova a doença na fonte da formação das pessoas que acontecem na família. Nós somos uma extensão da mesma. Quanto mais estruturada ela for mais caráter iremos ter no futuro.



EVANGELHO (Mt 02, 13-15.19-23):

Depois que os magos partiram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”. José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, entrou na terra de Israel. Mas quando soube que Arquelau reinava na Judéia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galiléia, e foi morar na cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado nazareno”.



“Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel”.

Deus exige de José que se levante duas vezes conforme nos narra o evangelho. Quando procuramos fazer a vontade de Deus precisamos sair de nós mesmos. Percebemos na atitude de José um interesse pela sua esposa e pelo seu filho. A família é uma instituição divina. É o ambiente apropriado onde aprendemos o amor e o respeito ao próximo. Tanto Maria como José tinham uma preocupação com a realização do plano desconhecido e misterioso de Deus. Não existe amor quando não há saída e desapego. Temos que sair de uma situação para irmos para outra. O amor verdadeiro é dinâmico. Ele nos transforma e nos faz agentes de transformação.
A grande mídia tenta afirmar que o casamento é uma instituição fracassada. Em crise. Algo do passado que não existe mais. Acredito que seja porque ainda não estamos preparados para o sofrimento que a exigência do verdadeiro amor inclui. Não queremos perder nada. Na visão atual de “casamento” o homem e a mulher buscam a si mesmos na pessoa do outro se esquecendo que toda vocação deve se voltar para fora de si. Deve nos levar a um relacionamento com Deus e ao encontro do outro. O matrimônio é uma vocação que se transforma em sacramento que nos prepara para a fundação de uma nova família. Por esta razão podemos perceber claramente que a família é sagrada na sua origem através do projeto de Deus. O homem e a mulher passam a ser uma só carne. Um novo projeto abençoado por Deus que dará origem a novos seres humanos.
O Senhor continua nos exigindo uma atitude de prontidão para o seu plano. A felicidade só é possível na tentativa de realizarmos o nosso próximo. Percebemos que no movimento egoísta em que vivemos em nossa sociedade o ser humano se perde. Quando alguém não teve experiência familiar se torna uma pessoa sem raízes sujeita a todos os percalços do individualismo. A pessoa presa pela doença da dependência química inicia sua trajetória normalmente pelo desconforto que sente em sua própria família.
Herodes representa aqueles que querem destruir as famílias. Querem reduzir o homem a escravos de seu mágico domínio como percebemos nas relações comerciais de compra e de venda que transformam a pessoa em egoísta. Infelizmente a maioria dos meios de comunicação reduz o ser humano a objeto de consumo. A pessoa não se satisfaz mais com nada, vive numa busca incansável sem saber do quê. Quer sempre ir a busca de alegrias momentâneas para esconder sua grande crise existencial. Todo poder nos é dado para ajudarmos os outros. Herodes era um rei ungido para defender o povo. Ficou fechado nas ilusões de um poder humano e se deixa conduzir pelo seu próprio egoísmo. Quanto bem ele poderia ter feito se ele agisse conforme a vontade de Deus. Vemos os nossos governantes manipulados por ideologias partidárias que não visam o bem comum.
A atitude da Sagrada Família é de obediência e humildade. Dois elementos essenciais para sermos instrumentos do amor de Deus neste mundo. É pela obediência e pela humildade que crescemos em nossa vida de oração descobrindo exatamente o que o Senhor quer de nós e temos força de concretizarmos sua vontade em nossa vida. A família não é fonte de prazer e sim de felicidade quando vivida conforme o projeto de Deus. Quando procuramos obedecer ao que o Senhor nos pede vamos encontrando outro sentido para nossas vidas. Não podemos fazer só aquilo que gostamos, pois o amor exige muito mais do que isto. Aquele que ama sofre pelo amado, sai de si para ir de encontro do outro.
Não podemos avaliar o grau de amor vivido pela Sagrada Família. O desejo de concretizar a vontade de Deus fez que eles tivessem a verdadeira felicidade dos filhos de Deus. Eles passam a ser um grande modelo para todas as famílias de todos os tempos.


“Jesus, Maria e José ajudai-nos a viver a nossa vida na partilha e solidariedade”.



segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

NATAL DO SENHOR



“NO MISTÉRIO DO NATAL RECORDAMOS O GRANDE MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO DO VERBO”.

A celebração do nascimento de Jesus é sempre um momento de muita alegria que invade o coração dos cristãos do mundo inteiro. Natal é uma celebração onde as famílias se reúnem em torno de Jesus que nasce pobre para nos enriquecer. Deus se fez homem para que possamos ter a oportunidade de uma convivência com o divino. A partir do mistério do Natal começamos a ver nossa vida de forma diferente. A divinização do humano em Cristo nos leva a uma dimensão mais solidária e fraterna. Nesta solenidade pensamos no gesto profundo de amor e pobreza que o Senhor teve para conosco em querer viver como nós. Jesus nasce pobre para nos indicar que é pela santa humildade que alcançaremos a felicidade. A busca do essencial nem sempre se encontra no que vemos, mas no mais profundo centro de nosso ser.


EVANGELHO (Lc 02, 01-14):

Aconteceu que, naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento de toda a terra. Esse primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade natal. Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. O anjo, porém, disse aos pastores: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura”. E, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão da coorte celeste. Cantavam louvores a Deus dizendo: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.



“Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um salvador, que é o Cristo Senhor”.

A festa do Santo Natal é uma grande lição de humildade porque não somos nós que recorremos ao imenso amor de Deus. É Ele que toma iniciativa. Vem até nós para nos reconciliar com o Pai. Vem pobre para nos enriquecer. A mensagem da gruta de Belém é de grande atualidade para o homem moderno inserido em seu próprio egoísmo. Lutando por um desenvolvimento que na realidade está lhe afastando de seus princípios vitais. Percebemos que a verdadeira realização ultrapassa o sucesso material. Jesus nasceu em uma gruta pobre para nos dizer que o essencial está longe do que nós olhamos materialmente. Existe o imperecível que está acima do perecível.
A paz e a alegria interior que nos levam até a felicidade são os grandes ideais que devemos buscar em nossa peregrinação. Muitos têm tudo e não tem nada, pois o que temos de essencial é a paz que nasce dentro de nosso coração. As coisas materiais desviadas de sua função se tornam para nós maldição e não bênção.
Os anjos anunciam o grande objetivo da vinda de Cristo: são novos valores que nascem em favor da pessoa deficiente em sua autonomia. O fenômeno do Natal de Jesus é uma luz que resplandece na escuridão do egoísmo humano. É a esperança de vencermos a nós mesmos para concretizarmos a vontade de Deus em nossas vidas.
Jesus nos mostra no presépio que não adianta apegos as coisas transitórias.  É interessante percebermos que Jesus nasce e morre pobremente para depois ressuscitar. O início e o fim da vida terrena de Jesus se resumem na palavra “desapego”. Para sermos glorificados e entrarmos na presença inefável de Deus não podemos ter nada que nos impeça de visualizarmos o essencial. A vaidade e o orgulho destroem a pessoa, lhe desviam a atenção para as coisas perecíveis.
Somos peregrinos em direção ao eterno. Deus se doa por nós que somos fragilizados pela mancha do pecado original. Ele prova que ama suas criaturas. O amor não é mais uma subida como pensavam os gregos. Jesus nos mostra que ele também é uma perda (descida) para se alcançar a vitória. Deus vem até nós. Desce para que nós possamos subir.
Devemos reunir as nossas famílias para rezarmos nesta festa e pedirmos à paz que vem do Senhor. Lutar pelos valores que nos unem e nos fortalecem no essencial. A realidade nos mostra uma grande crise nas instituições. Esta acontece porque o homem não sabe dar razão para sua existência se apegando ao que não é essencial. O cristão deve lutar pelos valores e pelas estruturas que os mantêm firmes na esperança. Não podemos perder a alegria que provém de nossa crença em Deus e no seu infinito amor por nós. Ele nos ama com um amor cheio de ternura e humildade. Vêm numa gruta aonde os animais se abrigavam a noite. Não veio em um palácio cheio de riquezas. Isto nos prova que o que vale é o nosso interior. A conexão com Deus é que nos traz a paz.
Natal é um tempo de abertura ao Espírito Santo. Tempo de oração e reconciliação. Maria nos dá o exemplo no sentido que devemos aceitar a vontade de Deus em nossa vida. Nós não sabemos o que é melhor para nós. Sem Deus a nossa vida perde sentido. Passamos a nos ocupar com o que não é essencial. Desviamo-nos do bem e obedecemos ao que a ditadura das relações comerciais e do relativismo nos impõe.
A lição de humildade do Natal é muito importante para nós na medida em que nos ensina a apreciar o que tem sentido para a nossa vida. Não importa os nossos títulos e honrarias se o nosso coração não estiver cheio de amor e de paz. Como cristãos sempre estaremos remando contra a correnteza. Sendo sempre criticados por não querermos aceitar o que a maioria aceita com tranqüilidade.
Que possamos nos preparar com alegria para este Santo Natal com o sacramento da reconciliação e com a celebração da eucaristia promovendo a união de nossas famílias.




“Senhor Jesus que nasceste pobre para nos enriquecer. Transformai nossos corações neste Santo Natal.”

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O MISTÉRIO DE JOSÉ E MARIA


 

“QUANDO NOS ENTREGAMOS AO SENHOR SOMOS PROVADOS EM NOSSA FÉ.”

A vida do cristão consiste em reconhecer-se amado por Deus na pessoa de Jesus Cristo. Ele é o Emanuel, Deus conosco, que nos garante a salvação a partir da prática dos valores contidos no Evangelho. Neste quarto Domingo do Advento percebemos o mistério de Deus que acontece em meio as nossas fragilidades. Maria e José vivem numa perspectiva de Fé. Eles querem fazer a vontade de Deus em primeiro lugar se esquecendo de suas próprias comodidades. A fórmula para alcançarmos a verdadeira felicidade consiste em nos esquecermos de nós mesmos e procurarmos concretizar a vontade de Deus em nossa vida. Ao nos tornarmos verdadeiros amigos de Jesus passamos a amar o que o mundo odeia e a odiar o que o mundo ama. Não somos pessimistas frente a realidade mas buscamos algo mais profundo, uma alegria permanente que culminará na eternidade.


EVANGELHO (Mt 01, 18-24):

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que a virgem concederá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.




“Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.

Não é nada fácil aceitar o mistério do plano de Deus em nossa vida. Percebemos na figura de José um homem de profunda Fé que não quer ofender ninguém. Coloca-se à inteira disposição de Deus em seu plano de amor. Estamos cheios de convenções puramente humanas baseadas em valores superficiais. José foi chamado a colaborar com Deus no grande mistério da Encarnação. Deus estava trabalhando no coração de Maria assim como no seu coração de forma simultânea. Os dois participaram de forma direta do plano salvífico de Deus.
O Senhor não viria de qualquer forma até nós. Maria recebe a graça da encarnação e José se torna o cooperador direto da obra de Deus. Seu plano passa pelas nossas limitações, mas precisa de nossa liberdade na aceitação de seu projeto. Quando nos colocamos na situação de Maria, que concebe de uma forma extraordinária e de José que aceita este fato na Fé. Este grande exemplo no faz perceber que temos muito a acrescentar em nossa vida, especialmente na descoberta do que Deus quer de nós. O maior desafio é saber ler os sinais de Deus.
Maria permanece virgem, pois para Deus nada é impossível. Para os homens limitados pelas suas vaidades, é muito difícil superar o lado humano e perceber o quanto Deus pode fazer em favor dos homens. O nada é impossível não é compreendido por aqueles que não entendem o mistério da presença do Senhor em nossas vidas.
Deus está conosco sempre, em todas as situações de nossa existência. A história mudou a partir da vinda do Emanuel. Ele vem comprovar que Deus jamais irá nos abandonar em nossa própria mediocridade. A tomada de consciência de que para Deus tudo é possível e que este possível é a medida de seu amor por nós, se torna essencial para nossa salvação.
Precisamos confiar em Deus em todos os momentos de nossa vida. Ele é responsável pelas suas criaturas. É o maior interessado pela nossa salvação. Agora precisamos tentar corresponder ao seu imenso amor. Estarmos disponíveis ao que o Senhor nos pede.
A nossa atitude de cristãos consiste em tentar viver esta vida como Jesus viveu. Colocar o bem em todas as nossas ações em primeiro lugar. José fez conforme o anjo havia mandado. Como poderemos ser felizes vivendo os nossos planos particulares desconhecendo totalmente o que Deus deseja de nós?
Não somos autores de nossa existência e de nossa realização. O Criador nos fez para Ele e não podemos teimar com nossa cegueira. Maria e José buscaram uma profunda comunicação com o Criador. Eles não quiseram fugir ao ouvir seus passos. Não encontraremos resposta para as coisas de Deus em nosso imediatismo. Quando passamos a viver uma vida de oração começamos a entender a realidade de nossa vida.
O Emanuel nos ajuda nesta peregrinação rumo ao eterno mostrando o caminho através dos valores contidos em seu ensinamento.


“Vem Senhor Jesus nos ensinar o caminho da paz e da verdadeira alegria.”