sábado, 27 de outubro de 2012

“PARA SERMOS CURADOS POR JESUS PRECISAMOS PERSEVERAR NA FÉ”.





O ato de fé exige que superemos nosso próprio egoísmo. O cego de Jericó é curado por Jesus. Soube superar-se para receber a graça de ser curado. Nós somos peregrinos nesta vida e a fé nos ajuda a descobrir o que Deus quer de nós. Somos convidados a sairmos de nossa cegueira para concretizarmos a vontade de Deus em nossa vida. O amor verdadeiro é provado na superação de nossa pequena vontade em favor da verdadeira realização para a qual fomos criados. A pior cegueira é aquela que nos faz ver as coisas do mundo acima das coisas de Deus.





EVANGELHO (Mc 10, 46-52):

Naquele tempo, Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. Quando ouvir dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

   


“O que queres que eu te faça? O cego respondeu: Mestre, que eu veja! Jesus disse: Vai, a tua fé te curou”.

Esta passagem do evangelho é cheia de significado para nós. Percebemos, em primeiro lugar, a auto-superação do cego. Mesmo diante das críticas das pessoas que estavam ao seu lado, ele é movido por uma força interior que lhe diz que Jesus é capaz de lhe curar de sua cegueira interior e exterior. Aí percebemos que precisamos criar uma forte motivação para sermos salvos. Lutar contra nossas limitações para vivermos o que o Senhor nos pede. Ele quer a nossa verdadeira realização. Não só nos bens temporais, mas em primeiro lugar nos bens eternos. Por esta razão percebemos que a preocupação de Jesus está ligada mais a fé do cego do que de sua deficiência física.
A situação do cego é muito semelhante a situação que vivemos hoje. Precisamos dar o primeiro passo para nossa conversão em favor da Graça de Deus que sempre quer nos levar ao encontro do eterno. Não podemos ouvir as falas que dos que estão ao nosso lado que muitas vezes nos impedem de darmos o passo decisivo para nossa santificação.
A confiança na cura, a fé como aceitação real do amor de Deus nos faz superar nossas limitações. O cego pede para Jesus a graça de “ver”. A visão não só física, mas a visão do amor que Deus tem pelas suas criaturas. Nós até podemos ter boa visão exterior, mas podemos estar cegos na visão interior da realidade sobrenatural de nossa existência. Quando nos entregamos a Deus sem nenhuma restrição somos curados de todos os males. A nossa parte física até não é tão importante como a nossa consciência de que somos amados pelo nosso Criador, a grande realidade de que Deus não se esquece de suas criaturas.
A fé está associada a nossa entrega e ao nosso processo de perdão. Muitas vezes nos acusamos de nossas próprias faltas. Somos nossos próprios acusadores e nos esquecemos que Deus nos ama como somos e que devemos nos recuperar a partir de seu amor. A maioria das pessoas é doente por não se reconhecerem amadas.
A cegueira pode ser o estar de acordo com a maioria que se afasta dos princípios fundamentais da vida. Hoje estamos sendo dominados pelas imagens e pelas vozes que nos jogam para trás do objetivo de nossa vida. Estamos sendo seduzidos pelo transitório. Quando somos movidos pela fé somos capazes de vencer todos os obstáculos que surgem em nossa vida para irmos ao essencial. Quando amamos de verdade somos uma bomba de força que jamais poderá ser detida.
O ato de fé do cego fez que Jesus parasse e realizasse o milagre. Podemos perceber que Deus está sempre a nossa disposição se formos conscientes em relação ao essencial. O comodismo não nos leva a nada. Precisamos fazer sempre o que o Senhor nos pede, sairmos de nós mesmos para nos superarmos. O desafio de nossa vida consiste em não nos conformarmos com nossa condição. Devemos sempre lutar pelo melhor e pela prática do bem dentro da comunidade.


“Senhor Jesus aumentai a nossa fé para sermos curados da cegueira de nosso egoísmo”.

Padre Giribone - OMIVICAPE

domingo, 21 de outubro de 2012

“A RESPONSABILIDADE MAIOR CABE AO QUE SERVE MAIS”.




O mês de outubro é dedicado as missões, especialmente neste domingo em que rezamos e fazemos nossa doação aos missionários que são verdadeiros heróis na divulgação da Boa Nova de Cristo. O conceito de missão e de missionário está mudando devido aos grandes desafios que se apresentam em nossa sociedade. Hoje devemos evangelizar os evangelizados. Anunciar o Cristo vivo aos que ainda não tem uma fé que brota de uma experiência interior. O santo batismo que recebemos nos compromete com uma vida de expansão do Reino de Deus em todos os locais aonde Jesus Cristo ainda não é conhecido.


EVANGELHO (Mc 10, 35-45):

Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”. Ele perguntou: “O que quereis que eu vos faça?” Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!” Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que eu devo ser batizado?” Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”. Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João. Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.


“Quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.

O trabalho solidário faz parte essencialmente da vida do cristão. Como cristãos não buscamos “lucro” ou grandes vitórias apoteóticas. Estamos a serviço do Senhor em todas as circunstâncias de nossa vida. Não importa o nosso cargo e o que fazemos, mas sim o “como fazemos”. Para sermos grandes deveremos ser os servos de todos. Parece que esta afirmação não interessa muito em um mundo de competição onde as relações comerciais sufocam tremendamente as relações de fraternidade e solidariedade. Seremos felizes se nossa vida estiver construindo a felicidade de nossos irmãos. A idéia de Cristo não bate com a lei daqueles que querem levar vantagem em tudo. Somos felizes obedecendo a Deus e ajudando as outras pessoas a fazerem o mesmo. O missionário é aquela pessoa apaixonada por Cristo e pelo seu Reino. Por causa desta grande alegria interior quer levar os outros a viverem a paz interior.
Quando seguimos a Cristo de verdade somos convidados por ele a beber seu cálice. O que será que isto significa para nós? Vamos passar pelo desprezo do mundo, pela solidão do seguimento, aparentemente seremos derrotados várias vezes. O que irá nos guiar é a luz do amor de Deus que sentimos no fundo de nosso coração. É esta luz que deve ser o referencial de nossa vida. A felicidade que Deus nos transmite é muito maior que as alegrias momentâneas que alimentam a sociedade moderna. Somos desafiados a olhar para dentro de nosso coração e sairmos de nosso próprio egoísmo. Aqui neste mundo não vamos encontrar nada permanente. Ele está reservado para nós no Céu.
O serviço do cristão acontece dentro da humildade e da fé. Somos simples instrumentos do verdadeiro “Dínamo” que produz amor e felicidade. Todo cristão batizado é missionário. O nosso batismo é um compromisso de entrega ao amor de Deus que se expande em nossa vida. Somos convidados a transmitir as verdades fundamentais de nossa fé a todas as pessoas que nos encontrarmos especialmente pelo nosso testemunho. Os cristãos devem ser reconhecidos pela alegria de ter encontrado o amor de Deus em seus corações e devem anunciar este amor a todos, inclusive aos que já são batizados.

 “Fazei Senhor Jesus que possamos nos sentir evangelizadores de nossos irmãos a partir da alegria de nossa experiência convosco”.

Padre Giribone - OMIVICAPE


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

SANTA TERESA DE JESUS


 

1) ESPIRITUALIDADE  TERESIANA:

Antes de iniciarmos algo sobre a espiritualidade teresiana, se faz necessário uma definição mais próxima do que é espiritualidade numa visão cristã dentro da atualidade de hoje.
         Depois  que Cristo subiu aos céus, já se sabia que o Espírito Santo iria vir para transformar os corações dos Apóstolos. Todos estavam ansiosos pela manifestação do Paráclito. A narração do texto dos Atos(Cap. 2), nos apresenta uma transformação dos discípulos de Jesus. Eles estavam com “medo” e de repente se tornaram novas pessoas com uma capacidade desconhecida. De pessoas isoladas em seu mundo particular, se tornaram homens universais. Por esta razão, podemos afirmar que a experiência de Deus é sempre transformante. Quem experimenta  Deus recebe uma força especial que faz que “passe a mar de verdade a partir do sentimento de sentir-se amado”.
         Poderíamos definir espiritualidade cristã como tomada de consciência do amor de Deus por nós. Relação profunda entre Criador e criatura. Há três fatos de maior relevo no cristianismo que são: A Encarnação(Cristo faz parte de nossa vida), A Ressurreição(Cristo vence a morte) e Pentecostes(o Espírito Santo vem e nos ensina a amar). Com estas três realidades, os primeiros cristãos criaram a certeza de que Deus não está longe e que suas existências tinham um sentido profundo.
         A partir da experiência apostólica, podemos afirmar que espiritualidade é todo o esforço que fizemos para permitir que Deus nos ame. Inicialmente, parece ser algo fácil, mas este esforço é um desafio para toda vida. Na realidade o protagonista da vida espiritual não somos nós, mas a graça de Deus.
         A espiritualidade teresiana é algo espetacular e inédito. Precisamos entrar dentro de nós mesmos e perceber o telefone que temos em ligação direta com Deus. As pessoas do mundo moderno são massacradas pelo imediatismo, não podendo nunca se conhecer de verdade. Precisamos nos enxergar como Deus nos enxerga.
         No período que viveu Santa Teresa, havia uma inflação de espiritualidade, isto provocava uma grande confusão na questão de como acontece o nosso verdadeiro relacionamento com Deus. Ela procurou informações do que lhe sucedia  com muitos livros e com os especialistas de seu tempo. Começou a valorizar a oração de recolhimento, onde todas as coisas são como que silenciadas para se perceber Deus em nosso interior.
         O ponto chave na vida de Teresa foi, sem dúvida alguma, a oração, que foi definida por ela no livro da Vida capítulo 8 nº 5: “oração mental, a meu parecer, é um trato de amizade, estando muitas vezes a sós com quem sabemos que nos ama”. Santa Teresa considera sua relação com Deus uma amizade. Quando somos amigos de alguém, vamos aos poucos, nos transformando de acordo com aquele que amamos.
         Santa Teresa foi muitas vezes tentada a se afastar da oração por um falso orgulho ou por falsa humildade(V 7, 1). Ela nos ensina que devemos perseverar sempre na oração, independente de nossos sentimentos. Jamais podemos abandonar a oração, pois ela é o meio eficaz para nossa transformação.
         “Converter-se é voltar a oração”. Não importa nossa situação moral diante de Deus, devemos nos colocar com toda humildade e pedir que Ele nos transforme. A verdadeira amizade exige gratuidade. Hoje queremos negociar com Deus, por esta razão logo desistimos da oração.
         A oração não é uma prática isolada, mas sim conseqüência de toda uma vivência cristã. A vida é o termômetro da oração que existe ou falta na vida do cristão. “Crer é um constitutivo do homem”, eu preciso crer nos sinais do amor de Deus em minha vida, para aumentar o meu relacionamento de amizade com Ele. O Ato de Oração tem como função realizar a presença., é uma exigência intrínseca da amizade, não é questão jurídica.
         “De acordo com teu amor, se fará presente a pessoa amiga”. O Ato de Oração, ou de presença, vem de acordo com o amor que busca presença. A oração é antes de tudo, uma forma de ser do que algo para se fazer. A prática daquilo que rezamos vem como conseqüência do estilo de oração que temos.
         “O que nos obriga amar é a consciência do amor”. Teresa nos ensina que todos somos dotados pelo amor de Deus. Saber-se amado é a força dinamizadora. Oração é afetividade(deixar-se afetar),  integral com aquele que nos ama, é uma forma de ser livre e consciente. A oração  é sobrenatural porque Deus é que atua(1M 2, 7). A distração na oração não é falta, mas sim fruto de nossa debilidade, a oração mais mal feita é a que não fazemos.
         Tudo que Santa Teresa nos ensina tem base na sua experiência. Por esta razão ela era amiga da verdade e nos deixou como herança tudo que teve que enfrentar parta alcançar a união com Deus e percebê-lo em seu interior.
         Muitas vezes imaginamos que a espiritualidade é algo fora da vida. Santa Teresa foi marcada por várias amizades humanas, que foram, aos poucos, sendo transformadas em amizade com aquele que merece toda a nossa atenção. Se nossa relação com Deus é de amizade, ela deve ser sustentada pelo diálogo. A novidade teresiana vai por esta linha: começo a viver a vida do amigo, me interesso por tudo aquilo que faz parte de sua vida. O meu amor particularizado(manchado pelo egoísmo), passa a se tornar universal.
         Todos escritos de Santa Teresa são conseqüência de seu relacionamento com Deus, com a busca da verdade última., por esta razão, ela teve que se vencer, se enfrentar várias vezes. A vida espiritual não é alienação, mas compromisso com a realidade, é transformação pessoal que se expande para fora.
         O encontro com a nossa verdade faz-nos sofrer, assim como esta saída de nós mesmos, isto exige de nossa parte uma profunda experiência de perdão e aceitação da misericórdia de Deus.
         A oração transformante, nem sempre é gostosa como muitos cristãos hoje querem que seja. A contemplação é uma exigência de transformação que sempre trás consigo dor e sofrimento. A partir desta realidade que Santa Teresa nos fala da necessidade de uma determinada determinação para nunca deixar de lado a tentativa de progredir na vida espiritual. Muitas pessoas se afastam da oração porque se baseiam demais nos sentimentos que ela produz.
         Os fatos sobrenaturais na vida de Teresa devem ser relativisados pelo aspecto dinâmico do amor que ela sentiu e transformou sua vida. Vamos nos transformando naquilo que amamos.
         O desafio teresiano para nós hoje é fundamental. Qual é o tempo que estou dedicando ao diálogo com Deus. Como estou vivendo o carisma teresiano(vida de oração e comunidade), dentro da realidade que vivo?
         “A perfeição na oração não está no pensar muito, senão no amar muito” (4M 1, 7).



2) JESUS   E   TERESA:

Teresa era uma pessoa de profunda sensibilidade, carregada de uma hiper afetividade e dinamicidade. Nós somos desafiados a partir da experiência teresiana, a nos conhecermos melhor. Há pessoas hoje que tem muitos valores, mas infelizmente enterram tudo o que possuem por causa do medo ou das críticas ou da preocupação de não acertar.
         Por que nós nos chamamos de cristãos? Nós acreditamos existencialmente na presença de Jesus ressuscitado no meio de nós?
         Teresa se sentiu cristã no momento que teve um encontro pessoal com Cristo, sentiu que Ele precisava de seu consolo. Podemos perceber isto quando ela narra no livro da Vida sua conversão definitiva( V 9, 1): “entrando um dia no oratório, vi uma imagem que haviam trazido para guardá-la, haviam trazido ela para alguma festa que teríamos em casa. Era de um Cristo muito chagado. Quando a vi me cortou o coração, porque representava bem o que passou por nós todos. Foi muito forte o que senti do mal que havia sofrido em suas chagas, que meu coração parecia a mim que partia...supliquei-lhe que me fortalecesse de uma vez para que nunca mais o ofendesse”. A partir deste momento, Teresa irá canalizar todo seu amor para quem realmente o merecia. A experiência de Jesus para Teresa é bastante comprometedora, envolve toda sua vida, não é algo teórico. O conhecimento de Jesus Cristo é sempre comprometedor.
         Teresa nos ensina que não podemos receber o Evangelho sem receber a Boa Nova, ou seja, preciso ser transformado. Qual é a medida de nosso amor? Nós temos consciência de nossa universalidade que nos foi dada no dia de nosso batismo? Vamos parar um momento e vamos nos analisar percebendo em que aspecto de meu seguimento de Jesus eu preciso mudar.
         A vida evangélica é uma luta contra nós mesmos. Teresa deixou uma vida de comodismo, relativamente boa, do convento da Encarnação(Ávila), onde viveu vinte e sete anos, para se tornar uma reformadora. A sua relação de intimidade com Cristo fez que ela propagasse a sua experiência para fora. Jesus entra e nos tira, todos somos transmissores do amor. Quando não realizamos isto, estamos morrendo e fazendo os outros morrerem.
         A experiência cristológica de Teresa nos leva a uma vida de oração e comunidade dentro da vocação que cada um assumiu. Ela sentiu que Jesus estava sozinho e precisava de seu consolo, de sua amizade. A partir daí ela quis estar mais com Ele, considerou que necessitava de sua ajuda.
         Jesus está me chamando? Qual é a resposta que dou com minha existência? O fato dele ter sofrido tanto por mim não altera minhas atitudes? O fato dele ter ressuscitado e  estar presente na Eucaristia não servem de ponto de referência para minha vida? Teresa queria fundar muitos conventos para que Jesus estivesse em muitos sacrários sendo adorado por suas irmãs. Isto numa época em que o protestantismo começava  vingar.
         A medida que o grau de oração aumentava em Teresa, o seu conhecimento e amor por Cristo aumentava na concretização da Vontade de Deus. Conhecer a Jesus é divulgá-lo sem competição. Jesus não é um herói, mas é uma pessoa que ama e quer ser amado em nós. Somos cristãos porque acreditamos na revolução do amor.




3) TERESA  E  A  IGREJA:

O aspecto eclesiológico em Santa Teresa, é uma conseqüência de seu encontro pessoal com Cristo. Se somos cristãos, fazemos parte da grande família de Cristo. Havíamos citado na palestra anterior, que neste período havia muita pluralidade. Sem falar no protestantismo que se propagava nos países baixos, justamente nesta época em que Teresa esta mais inflamada por amor a Jesus.
         Nenhum místico, nenhuma pessoa que tem uma forte experiência de Deus põe de lado as mediações que o próprio Espírito Santo nos propõe. Amar a Igreja, segundo Santa Teresa é algo fundamental até mesmo para nossa realização humana.
         A oração teresiana está voltada para a Igreja. Ela exigia de suas filhas que oferecessem tudo em prol da Igreja e que vivessem a obediência aos superiores. Quantos irmãos nossos hoje se confundem com falsas religiões se perdem nos caminhos que conduzem a uma frágil auto satisfação.
         Se Cristo é exigente para nós, é natural que a Igreja seja também. Isto tudo está relacionado com a nossa felicidade. As críticas que se fazem a Igreja tem fonte no pensamento imediatista de hoje, onde cada um quer fazer a sua própria vontade. Muitos seguem a doutrina reencarnacionista ou de alguma seita oriental para se aliviarem a consciência, sabendo na realidade o que é certo.
         O seguimento de Cristo na Igreja não é relativo, não podemos equiparar ou comparar a Igreja com outras religiões. Deus deu a sua vida por nós em Cristo, este fato não é qualquer coisa. Se a Igreja não fosse uma instituição divina ela já teria acabado.
         “Mil muertes por la menor cerimonia de la Iglesia”(V 33, 5). A partir desta afirmação de Teresa, podemos ver que os místicos valorizam tudo o que pode lhes unir mais a Deus. Sem dúvida Teresa percebeu o caminho da União com Deus ligado diretamente com a vida da Igreja. Nenhuma experiência particular tem valor, se não for em vista do bem da Igreja, de toda a comunidade dos fiéis.
         Nas diversas fundações que Teresa realizou, ela queria incentivar suas irmãs a lutarem pelo aumento e manutenção da Igreja(F 1, 6). O espírito missionário faz parte da vida daqueles que sentem Deus mais próximos de si. Podemos nos perguntar pelo zelo que estamos tendo em relação a Igreja. Valorizamos os ensinamentos do magistério? Ou achamos que tudo seja relativo?


 PADRE GIRIBONE - OMIVICAPE































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domingo, 14 de outubro de 2012

“SOMOS FELIZES QUANDO NOS DESPOJAMOS DAQUILO QUE NÃO É PERMANENTE”.



O despojamento se faz necessário para os que querem se adentrar no seguimento de Jesus. Ele se caracteriza por uma entrega total ao Reino de Deus. Quando somos batizados nos consagramos a Deus para buscarmos constantemente a sua Vontade. Estamos sempre em processo de conversão: descobrir o que Deus quer de nós e tentar concretizar o que Ele nos pede em nossa vida concreta. O jovem rico não teve coragem de deixar de lado os bens matérias para seguir a Cristo. Devemos ter coragem de buscarmos o essencial de nossas vidas para alcançarmos os bens eternos. A nossa vida é feita de opções. Sempre devemos buscar aquilo que não passa que são os bem eternos em detrimento dos bens materiais que são somente instrumentos para fazermos o bem durante esta vida mortal.


EVANGELHO (Mc 10, 17-30):

Naquele tempo, quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele e perguntou: “Bom mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!” Ele respondeu: “Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha juventude”. Jesus olhou para ele com amor e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tu tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” Mas, quando ele ouviu isto, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no reino de Deus!” Os discípulos se admiraram com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus!” Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isto e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”. Pedro então começou a dizer-lhe: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida – casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições – e, no mundo futuro, a vida eterna”.



 


“Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tu tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” Mas, quando ele ouviu isto, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.

Nos escritos de São João da Cruz encontramos o despojamento como pré-requisito para os que querem seguir a Cristo até o ponto de sentirmos Deus dentro de nós. Nesta passagem do evangelho o jovem rico sai triste porque não conseguiu dar o passo seguinte daquilo que nem era tão importante para sua felicidade e quem sabe para milhares de pessoas que estavam dependendo de sua decisão. Percebemos que São Francisco fez justamente o contrário e o maior testemunho que dava, a ponto de converter seus companheiros, era da alegria da santa pobreza. Não é uma simples pobreza material, mas é o despojamento e o saber aproveitar das coisas materiais para fazer o bem. Esta é a grande ciência dos que querem ser felizes nesta vida. Quem obedece a Deus experimenta uma alegria nunca vista pelo mundo.
Percebemos que a “pregação” da nossa sociedade através da grande mídia vai contra a realidade do despojamento. O que importa é o momento de alegria, o futuro e as coisas interiores são abafadas pelas relações comerciais. A cruz é sinal de derrota e não de vitória. Para piorar a situações muitas religiões ainda justificam as pessoas que querem uma prosperidade e satisfação momentânea fugindo do mistério da cruz.
Enquanto somos movidos pelos nossos apegos não encontramos a raiz da verdadeira felicidade. Como é triste sermos amados por Deus e não reconhecermos o seu olhar em nossa vida. Quando cultivamos a presença de Deus em nossa vida através da santa humildade nos tornamos novas criaturas.
As pessoas hoje criam “substitutivos alienantes” para sua própria vida. Desde todo tipo de droga que causa dependência e escravidão como uma falsa religiosidade que vão de acordo com o egoísmo humano. O caminho de Jesus é sempre questionador e nos leva obrigatoriamente à conversão. O vinagre do bem não se mistura com o azeite do mal. As coisas de Deus são bem mais difíceis e misteriosas para nós. Podemos afirmar que quando estamos fazendo a vontade de Deus enfrentamos muitas dificuldades e tribulações. Inclusive devemos lutar contra nós mesmos. Este é o sintoma de que estamos certos. Existem hoje muitas pregações que falam de um falso cristo da prosperidade material, da sorte ou da reencarnação.
Precisamos de muita coragem para vencer a nós mesmos e experimentarmos concretamente em nossa vida o quanto é bom seguir a Cristo na cruz e na ressurreição. Cada momento ou processo de conversão que passamos surge um outro desafio que nos torna mais fortes e mais felizes para seguirmos em frente. Não podemos ter medo de sermos felizes. Não podemos ter medo de responder sim a Jesus. Deixar do que não é permanente para abraçarmos o que vai permanecer.
Se este jovem tivesse renunciado as coisas passageiras, provavelmente seria um dos discípulos de Jesus. Infelizmente ele ficou conhecido com o adjetivo de jovem rico. Um jovem como tantos outros que não souberam deixar as coisas passageiras para seguir a Cristo. Como acontece hoje de termos tantos jovens manipulados pela grande mídia. Procuram ser felizes do modo errado. Os cristãos tem uma grande responsabilidade de transmitir a eles aquilo que é verdadeiro e não passa. Vamos convencê-los a partir da alegria profunda que sentimos por só depender de Deus.
Jesus nos promete que se deixarmos o nada por ele receberemos o Tudo da alegria de vivermos sempre na sua presença.

 

“Senhor Jesus Cristo ajudai-nos a nos desprender do que não tem sentido em nossa vida para podermos experimentar a verdadeira alegria de estar sempre convosco”.

Padre Giribone - OMIVICAPE

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

“NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA PROTEGEI O NOSSO BRASIL”.



O verdadeiro devoto de Maria jamais se perderá. Este ditado popular é muito importante para nós cristãos. Quando seguimos o exemplo de oração, humildade e obediência de Maria abrimos  o nosso coração para Deus nos tornando também cheios de graça. No próximo dia 12 de outubro celebramos com muita alegria a festa de Nossa Senhora Aparecida. Com o título de padroeira do Brasil. É um dia de muita alegria para nós que rezamos pela nossa nação e pelas nossas crianças. Ela nos ensina a sermos sensíveis ao projeto de amor que Deus tem para com cada pessoa.
Jesus nos deu Maria como mãe ao final de sua missão. Quando estava prestes a dar o que tinha de melhor para nós: a sua própria vida. Ele não se esqueceu da sua mãe que daquele momento em diante se tornaria a mãe de todos os que iriam assumir a doutrina do Reino de Deus (Jo 19, 25-27). Desde este mandato do próprio Senhor, Maria não se cansa de tentar nos levar à perfeição. Percebemos muitos milagres e aparições no mundo para levar as pessoas até a verdade. Uma destas tentativas é o fato dela se servir de uma simples imagem de barro para conceder tantas graças às pessoas simples que querem fazer a vontade de Deus. No livro do Gênesis vemos que Deus usou o barro, colocou seu sopro vital e o homem for formado (02, 07).  Interessante a coincidência da imagem de Aparecida ser feita de argila. A humildade de Maria nos leva a uma renovação. As coisas de Deus são simples, mas de grande significado. A humanidade fica fechada em seu próprio egoísmo e se perde em falsas ilusões. Através do racionalismo, uso da razão acima de qualquer coisa, a criatura se ilude pensando em ser criador perdendo o sentido de ser criatura.
Nossa Senhora sempre aparece nos momentos de dificuldades e perigos em nossa vida. Ela é a grande intercessora que nos ajuda a concretizarmos o Evangelho em nossa existência e a tomarmos consciência de que somos missionários. A Virgem Maria é modelo de virtude na aceitação da vontade de Deus.

 

"NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA”


Poucos brasileiros conhecem a história do início da devoção a Nossa Senhora Aparecida e o motivo de ser chamada por este nome. Vamos inicialmente apresentar alguns fatos históricos importantes.
O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do Conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá. Eles subiram o rio e lançaram as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.
Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada “Basílica Velha”. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.
A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40 m e a cúpula com 70 m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.
Existem muitos milagres comprovados que aconteceram e acontecem pela intercessão da Mãe de Jesus. Não podemos como cristãos nos afastar da devoção a Mãe de Deus. Hoje existem tantas divisões porque nos afastamos do amor da Mãe.
Na vinda do Espírito Santo em Pentecostes, Maria estava presente. Também  foi pela ação d’Ele que ela concebeu, de forma extraordinária, o Filho de Deus. Toda esta realidade é comprovada pela Sagrada Escritura. Maria é a nova Eva que nos traz a Salvação pela sua fidelidade a Deus. Quando amamos o Filho, amamos a Mãe deste Filho que nos salvou pela sua gloriosa Paixão, Morte e Ressurreição.
A devoção a Nossa Senhora é totalmente ligada ao seguimento de Jesus Cristo. Ela nos ensina a concretizar a Palavra de Deus em nossas vidas.


 

“Senhora Aparecida ajudai o povo brasileiro a nunca se afastar da verdade e da busca do Reino de Deus”.


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A INSTITUIÇÃO DIVINA DO MATRIMÔNIO



O matrimônio é uma instituição divina. Deus criou o homem e a mulher para se unirem no milagre da criação e da formação afetiva de novos seres humanos. A família é a célula mãe da sociedade. O inimigo de Deus sabe da importância do matrimônio e do sacerdócio. Percebemos hoje o ataque explícito dele em relação a estas duas fontes de realização plena da pessoa. O que seria do mundo sem a família e sem o sacerdócio? Vamos rezar neste mês missionário para que todos possamos assumir nossa consagração batismal e darmos testemunho da nossa fé no Cristo Vivo e Ressuscitado presente em nossa vida.



EVANGELHO (Mc 10, 02-16):

Naquele tempo, alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”. Depois disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o reino de Deus é dos que são como elas. Em verdade vos digo: quem não receber o reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.


“Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!”

O plano de Deus em relação ao homem é que ele participe de sua felicidade. Somos criados a imagem e semelhança de Deus para participarmos plenamente de sua realização. Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem veio nos afirmar os pontos necessários para nossa verdadeira realização. A família é uma instituição divina, nela crescemos e nos formamos nos principais valores que são essenciais para nossa vida. Em nossa família crescemos em nossas relações afetivas e somos capazes de sair de nosso egoísmo para irmos de encontro às necessidades de nossos irmãos.
A pessoa jamais será feliz fazendo o seu plano ser diferente do plano de Deus. Ele criou o homem e a mulher para serem felizes dentro de seu plano de amor. Tanto um como outro não vivem numa competição, como muitas vezes somos forçados a pensar através da “ditadura do relativismo” apresentada pelos meios de comunicação, mas sim uma auto complementação. A mulher é tirada, simbolicamente, da costela do homem para que os dois possam caminhar juntos, para que os dois possam crescer juntos, favorecendo a vida de outros seres humanos. Não existe amor sem saída e despojamento por isto hoje está muito difícil de entender o que significa amor. Sem a perda de algo não poderemos nos unir ao Senhor. Todo gesto de amor é um gesto de perda que se torna um grande ganho como vemos no gesto de Jesus no Calvário quando deu sua vida para nos salvar.
Jesus não está brincando quando diz que o matrimônio é indissolúvel. A bênção de Deus permanece com aqueles que assumem este sacramento. O que é abençoado por Deus não pode ser desfeito pelo homem. Há uma grande diferença dos que são abençoados para viverem juntos e os que assumem uma vida independente da bênção de Deus. O amor de Deus por nós não é relativo. Ele é fiel à busca de realização de suas criaturas. As coisas sagradas são diferentes do que é mundano. Por esta razão toda vocação exige uma preparação e uma convicção interior.
O mundo em que vivemos é cheio de infidelidades porque as pessoas ainda não descobriram o sentido mais profundo de suas vidas. Preferem viver no imediatismo, nas relações superficiais do que uma relação de profundidade e comprometimento onde uma pessoa deve saber “perder” para a outra.
Jesus valoriza a presença das crianças. Devemos ser semelhantes a elas se queremos alcançar a felicidade em nossos relacionamentos. As crianças estão mais abertas ao mistério pela sua própria pureza e fragilidade. O que mais impede as pessoas de se relacionarem é o orgulho e a vaidade. Ninguém quer abrir espaço para o outro ganhar e com este estilo de vida ninguém cresce.
O homem é incapaz de ser feliz por suas próprias forças sem o relacionamento com o mistério de Deus. Devemos tomar consciência de que estamos indo em direção ao Eterno. Somos peregrinos nesta vida. Não podemos nos apegar a nada que prejudica nossa comunicação com aquele que justifica nossa existência.
Uma pessoa que cresce dentro de uma família onde são cultivados todos os valores essenciais é capaz de enfrentar as dificuldades que todos passamos ao nos desenvolver. Precisamos rezar muito pelos nossos jovens que se preparam para o matrimônio. Rezar para que sejam cada vez mais conscientes do grande compromisso que irão assumir.


“Senhor Jesus Cristo que sejamos seus servos na simplicidade e no amor”.

Padre Giribone  - OMIVICAPE